FOI RUIM. POR POUCO NÃO FOI PIOR. “Por pouco, muito pouco, - TopicsExpress



          

FOI RUIM. POR POUCO NÃO FOI PIOR. “Por pouco, muito pouco, pouco mesmo”, como dizia o antiquíssimo locutor Geraldo José de Almeida, não dançamos de tricolor hoje no Maraca, diante da Macaca (é, já não tinha graça da primeira vez). O 1 a 1 foi até injusto, pois o resultado correto seria o oxo, já que não é possível dois times, mesmo esses dois horrorosos, ficarem devendo no placar. É até difícil contar e analisar a pelada perpetrada no ex-maior do mundo. Praticamente tudo de errado que dois times podem realizar, Flu e Ponte fizeram hoje. A começar da nossa escalação. Luxemba voltou a insistir com Rafinha pela lateral esquerda. De onde ele tirou a ideia de que um sujeito destro, segundo volante de origem, poderia adaptar-se àquele setor do campo, não tenho ideia. E o pior é que essa opção já fora tentada e não funcionara. Como também não funcionou Eduardo, um rapaz que, se não mudar sua forma de jogar, só terá chance de ser profissional de futebol num clube pequeno do interior paulista, onde, não sei o motivo, há sempre vaga para um canhoto estiloso e lento. Mesmo assim, talvez Eduardo como ala esquerda – já que entramos com três zagueiros - fosse menos absurdo que Rafinha por ali. Como Eduardo não aparecia, Jean tornou-se a única opção de algo parecido com futebol do meio pra frente. E sem poder contar também com Samuel e Biro. O primeiro é quase inacreditável – se Eduardo ainda pode se criar no interior de São Paulo, não vejo nenhum futuro para Samuel no futebol – e o segundo também não deve ir muito adiante, pois é leve demais para um jogo cada vez mais físico como o que está sendo jogado. Assim, sem opções ofensivas, as raras chances de gol que tivemos vieram da cobrança de escanteios, mas que acabaram nas mãos do goleiro. Como já diz o ditado, o que é ruim sempre pode piorar e o professor Luxemba resolveu dar sua contribuição para confirmar a sabedoria popular. Tirou Eduardo e pôs Julião, o que, dentro das circunstâncias não seria errado. Só que, em vez de pôr Rafinha no meio, ele o manteve na esquerda, pondo o Julião e na direita e Bruno – isso mesmo, você leu certo, Bruno – no meio. Ora, bolas...Um dos fundamentos mais fracos deste rapaz é exatamente o passe e todo mundo que o tenha visto atuar duas vezes na vida sabe disso. Alguma chance de funcionar? Não. Funcionou? Não. O resultado é que, em menos de 10 minutos, Julião foi para a esquerda. “E aí o Rafinha foi pro meio”, completará você. Não, tolinho/a...Você não conta com a astúcia do professor Luxemba. Ele manteve Bruno no meio e botou na Rafinha na lateral. Claro que não funcionou também e Luxemba tirou Bruno, pondo Marcos Jr, que foi para a esquerda com Biro indo para a direita. Enquanto isso, a Macaca punha em ação seu esquema, pois, sim, Jorginho Pastor era um treinador com um plano. Ele começou a executá-lo colocando em campo Ratão, no lugar de Leonardo, e, quase em seguida, trocando Elias por Adrianinho e Rildo por William. A ideia era aproveitar o desespero e o desconjuntamento do adversário para fazer um gol no contra-ataque. Não deu certo, mas deu – o gol saiu, foi de Ratão, mas não numa jogada trabalhada e sim de um azar de Diego, com a bola batendo em suas costas e entrando, depois ir de encontro ao poste direito. Aí, só aí, quando bateu o desespero, é que o time partiu para a pressão, passando a ter volume de jogo, e, em menos de três minutos, empatou, aproveitando que a defesa macaca é um horror e, forçada, teria entregado o ouro muito antes. Desperdiçamos a chance de chegar mais perto do número de pontos necessários para nos salvar de rebaixamento. E se não conseguimos vencer a fraca macaca, derrotar os vitórios – rápidos e bons no jogo aéreo – será ainda mais complicado. Luxemba tem uma semana inteira de trabalho, com o que de melhor temos, para, sem invencionices, arrumar um jeito de ganhar esses três pontos. Nesse ínterim – como se diz nas HQs – vamos secar, secar muito, vascus, angorás, coxas e baêas. DIEGO: Duas grandes defesas e um tremendo azar no gol. GUM: Andou falhando diante da velocidade de Rildo e quase entregou o ouro. O esquema de três zagueiros o prejudica muito. FÁBIO até entrou bem, dando firmeza à defesa e melhorando a saída de bola. LEUSÉBIO: No primeiro tempo, errou duas saídas de bola que nos levaram ao desespero, mas depois parou com isso e acertou mais do que errou. EDINHO: Dos poucos que se salvaram. Apesar de todas as suas limitações, ainda é o melhor zagueiro que temos (não conto o Elivélton, pois esse não joga nunca). BRUNO: Já é fraco na lateral, imagine na meia. MARCOS JR é meio enrolado, mas imprimiu velocidade, dando trabalho pelos dois lados do campo. Foi seu o bom cruzamento que deu no nosso gol. RODRIGO BITTENCOURT: Errou a cinco primeiras jogadas que fez na partida, mas não foi o desastre que esse começo anunciou. No segundo tempo, até acertou dois passes de média distância seguidos! JEAN: Ele e Cavalieri é que fazem este time ser u tico melhor do que aqueles dos sombrios anos 90. Procurou organizar a equipe e ainda chegou na área para finalizar. Mas sozinho é impossível fazer algo de realmente bom. EDUARDO: É muito lento, sem decisão. Parece que nunca sabe bem onde está e o que está fazendo ali. JULIÃO chegou a fazer alguma coisa na sua posição, mas quando foi para a esquerda, nada acertou. RAFINHA: Outro xeremboy que está sendo queimado em fogo lento pelo professor Luxemba. Não tem cacoete de lateral – não sabe, por exemplo, que centros não são iguais a passes -, mas, na direita, vai menos mal, por ser destro, pelo menos. BIRO-BIRO: Ao ficar fixo, rente à lateral, facilita a marcação. Quando isso ocorre pelo lado esquerdo, então, não joga, pois sempre corta para o meio, onde o espera pelo menos mais um marcador. Na direita, ao menos, tem duas opções – a entrada em facão ou a ida ao fundo – e por isso melhora um tiquinho. SAMUEL: É...Inenarrável...Ele é alto, mas não ganha na cabeça por não ter tempo de bola; ele é grande, mas não aguenta um tranco e vive no chão; ele é rápido, mas não tem técnica alguma e por isso perde a bola quando chega nela, isso se consegue dominá-la. Ou seja, não pode jogar futebol. LUXEMBA: A parada de uma semana pode lhe fazer muito bem. Terá tempo de, primeiro, botar a cabeça no lugar e parar de tentar coelhos da cartola, pois eles sempre saem defeituosos – vesgos, coxos, com dedos a menos. Depois disso, poderá armar um time minimamente eficiente na construção de jogadas de gol e também com alguma noção de marcação. ====================================================================================== Ivson
Posted on: Sun, 20 Oct 2013 00:49:06 +0000

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