FULVIA, FULVIA ser dedos de seda e prata recolhendo a gema - TopicsExpress



          

FULVIA, FULVIA ser dedos de seda e prata recolhendo a gema calma (Wilson Bueno, Pincel de Kyoto) Ontem estive em Santa Fé do Sul. Visitei a Fulvia e a mãe dela, a Célia. Levei uma fotografia, de 2005, em Três Lagoas, onde estão lado a lado, a Fulvia e o Wilson Bueno: uma singela lembrança; quando ela começava o Mestrado estudando a literatura do paranaense. Fiquei por ali, um pedaço da tarde. Profundo e tocante reencontro. Wilson Bueno foi assassinado em maio de 2010. Escondeu-se na noite. Não me responde mais. Deixou os livros onde leio e releio a vida em permanente renovação; a literatura nas suas formas em permanência. A Fulvia cerca de um ano de cama, movimenta mais que os olhos: um avanço. Pelas informações médicas amplia alguma forma de consciência. Expressou um registro de minha presença pelo olhar e pela fisionomia emotivamente alterada, quando cheguei, quando conversei e quando saí. Conversei. Fiquei um pouco ali com ela: com a mãe, a dedicação em carne e em renascimento na sucessão dos minutos. Cuidado e mais cuidado; configuração do amor. Quando me despedi, a Fulvia respondeu ao meu beijo com uma expressão triste e uma lágrima mínima renovada a cada visita. Repeti a ela ─não importa como ela registrou minhas palavras─ que voltaria. O peso da dor é imenso; garantir a leveza do afeto em medidas humanas cabíveis é o penhor da esperança a refazer os sinais orientadores na caminhada. Em blog.uol.br/showposts.html?idBlog=952432.
Posted on: Wed, 11 Sep 2013 13:32:28 +0000

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