Feliz Dia dos Pais é o Cacete. Paguem a Série B! Por: Arthur - TopicsExpress



          

Feliz Dia dos Pais é o Cacete. Paguem a Série B! Por: Arthur Muhlenberg - categoria A Brasileira, Brasileiro 2013 Fonte: URUBLOG - Blog do Torcedor. globoesporte O resultado da mais recente edição do clássico mais yin-yang da civilização ocidental não podia ser outro. Como foi disputado na sagrada data religiosa do comércio calçadista – o Dia dos Pais, a chinelada educativa do Mengão Papaizão Severo sobre seu filho pequeno e esquisitão não surpreendeu a ninguém. O moleque, nascido fora do casamento, é malcriado e começou fazendo pirraça. Muito porque Wallace, todo errado, confundiu as efemérides e pensando que era o Dia das Mães encontrou uma maneira bastante eficaz de fazer com que 40 milhões de rubro-negros citassem a sua progenitora aos berros quando ao cortar um cruzamento despretensioso fez uma perfeita assistência a um seilaquenzinho tricolor. Que não recusou o presente, mandou pro barbante e colocou a reprovável agremiação burguesa de Laranjeiras em vantagem. Uma vantagem tão injusta quanto precária, porque minutos depois o Flamengo encaixou um contra ataque veloz e Brocador rolou o balão pra Elias, sempre ele, mandar pro fundo do gol e acabar com a palhaçada. Bem em campo, com mais uma opção de saída de bola com André Santos e Luiz Antônio muito seguro na contenção, o Flamengo dominava amplamente. E depois que empatou o Flamengo não deu aquela acomodada clássica, continuou dando pressão e buscando jogo. Enquanto o Florminense, como sempre aferrado às tradições, se encolhia e se comportava covardemente. Vocês sabem como é. Jogavam como se fossem um timinho sem vergonha que estivesse devendo uma ou duas Séries B à sociedade. Ora, meus amigos, o Flamengo é como eu e você, gente como a gente. E não costuma tolerar esse comportamento vil das chamadas elites nacionais, sempre encontrando atalhos para fugir ao alcance do longo braço da lei. O Flamengo paga seus impostos, equaciona suas dívidas, obtêm certificados de sua lisura comercial e não poderia jamais deixar de demonstrar dentro de campo as vantagens de ser uma entidade do bem, gerida para o bem comum e para o engrandecimento do desporto nacional. Fomos pra cima delas com a coragem e a confiança daqueles que não precisam fugir dos credores. A um dado momento da partida o interminável Léo Moura, em mais uma evidência de ressureição, deu uma arrancada, meteu uma caneta no basbaque mal vestido que se interpôs em sua trajetória, partiu célere em direção à linha de fundo e de lá executou o centro perfeito em direção ao bem colocado centroavante. E este, ó céus, perde o tempo da bola e tudo indica que desperdiçará mais uma chance cristalina de gol. Mas Hernane possuía recursos técnicos do qual não suspeitávamos. E surpreende o mundo com uma letra e um calcanhar tão sutis para vencer o arqueiro floral, que a bola cruzou a meta tão devagarinho que até roçar mansamente a rede toda a antipatia que ainda se cultivava contra o Brocador tinha acabado. Por favor, releiam a última frase. Brocador fez um gol de letra no Fla-Flor. De letra! Fim da etapa inicial e o Flamengo foi pro vestiário sob aplausos da torcida e um olhar cheio de hum-hums de Mano Menezes, muxoxos que eram da mais pura aprovação. E não voltou de lá piorado, pelo contrário, o Flamengo voltou mais inflamado, correndo e bufando no cangote das meninas, que sem alternativas, distribuíram unhadas, bordoadas e bicudas sem qualquer critério, se aproveitando da pusilanimidade do árbitro, incapaz de falar grosso. Jogo interdivisional é sempre essa vergonha na arbitragem. E assim os minutos foram passando, o Flor se desmilinguindo em campo, o Flamengo apertando e criando chances. Apesar dos tricolores não oferecerem nenhum perigo a torcida se impacientava. Profunda conhecedora das próprias fraquezas, a torcida sabia que era fundamental fazer logo mais um gol para neutralizar os efeitos desastrosos de um gol nos minutos finais, imperícia esportiva na qual, lamentavelmente, nos tornamos especialistas nesse campeonato. E o terceiro gol até que enfim chegou, numa jogada confusa na área das flores, em que a bola novamente chorou pra entrar depois de um biquinho do Brocador, craque em ascensão. Depois do terceiro o Flamengo tentou cozinhar o jogo, mas a incrível falta de traquejo em gastar a bola não é culpa dos nossos esforçados mulambos, esse defeito do Flamengo é genético. Somos assim, pra frente por natureza. Por isso ninguém estranhou o frango que encerrou as festividades do Dia dos Pais no Maracanã. Ficamos putos, mas não estranhamos, Felipe é que nem aquela namorada safada do seu melhor amigo, não dá pra confiar nem quando ela tá toda certinha. A torcida do Flamengo saiu do Maracanã fazendo festa, como era de se esperar. Feliz por vencer mais um clássico regional e por poder cortar cruelmente a onda dos pequenos cariocas que desconhecem seu lugar na cosmogonia do futebol mundial. Esse ano elas só levaram sacode. Que 2013 continue assim, fiel às nossas mais caras tradições. Que enquanto a favela comemora suas vitórias o silêncio na Le Boy seja ensurdecedor. Os 3 pontos vieram em boa hora e tiram um pouco de pressão de cima do time. No meio da tabela, com saldo de gols positivo e sem as pequenas criaturas que habitam os pântanos da Z4 a nos fustigar os calcanhares não há motivo psicológico para que o Flamengo não se apresente honrosamente no Serra Dourada e confirme sua recuperação no campeonato. Tudo indica que agora vai. Mas conhecendo o Goiás e conhecendo o Flamengo como eu conheço seria desonesto de minha parte não dividir a grande dica para a quarta-feira à noite: um bom cineminha pra evitar o stress. Parabéns aos papais rubro-negros. Mengão Sempre. P:S.1: Antes do jogo, o Gustavo, blogueiro da Flupress, estava cheio de confiança nos réprobos de camisa feia e, inconsequentemente, apostou comigo uma caixa de geladas a ser paga amanhã. Com o detalhe de que o perdedor, como uma forma de demonstrar imensa humildade e desimportância, além de pagar a despesa deverá assistir à degustação do prêmio trajando a camisa do foguinho. Hahahaha, não consigo sequer imaginar uma forma mais humilhante de auto-depreciação. Tirarei fotos desse mico e posto aqui depois. Separa o dinheiro e o trapo aí, freguês. P:S.2 : Mas antes de beber com dinheiro dos tricolor vou estar no Beat Bom de Bola, o programa dos amigosRica Perrone e Marcelo Adnet, na Rádio Beat 98 FM – Rio, pra dar mais uma esculachada na playboyzada. Espero que quem tiver de bobeira às 8:30 da noite dê uma moral pro tio.
Posted on: Wed, 14 Aug 2013 02:51:30 +0000

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