Fórum social colombiano sobre drogas ilícitas termina - TopicsExpress



          

Fórum social colombiano sobre drogas ilícitas termina hoje Bogotá, 26 set. (Prensa Latina) - Cerca de 1.200 representantes de setores políticos e sociais concluirão hoje nesta capital uma jornada de discussões dedicadas a elaborar propostas de solução à problemática dos cultivos ilícitos. Essas propostas serão enviadas ao Governo e às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP). O encontro, organizado a pedido da mesa de diálogo entre as partes, abriu um espaço ao debate amplo e plural a partir da sociedade civil sobre este flagelo, que tem castigado fortemente os colombianos há várias décadas. Ontem, os delegados trabalharam a portas fechadas em 21 grupos divididos em três grandes mesas para apresentar hoje um documento final com as propostas que farão chegar a Havana, sede permanente do diálogo de paz desde novembro do ano passado. Durante dois dias emergiram propostas de diversos setores sociais, como a de criar programas de substituição gradual de cultivos de uso ilícito, única alternativa que restou aos camponeses para sobreviver frente ao abandono total do Estado, como eles mesmos afirmam. A produção, o consumo, a comercialização e o tráfico de drogas foram vários dos eixos do fórum, que contou com convidados como o catalão Josep Rovira, especialista em redução de danos relacionados à heroína, e o representante do Escritório da ONU contra a Droga e o Delito para o Brasil e o Cone Sul, Rafael Franzini. É preciso parar com a eliminação por via aérea de cultivos ilícitos na Colômbia, expressou em uma intervenção o analista de segurança do Escritório de Washington para a América Latina (WOLA), Adam Isacson, que recordou que entre 1996 e 2012 foram destruídos no país 1,64 milhões de hectares. A comunidade indígena também esteve presente para expressar sua posição frente a este tema e reafirmar o caráter sagrado da folha de coca para esses povos, como afirmou à Prensa Latina o Conselheiro Maior da Organização Nacional Indígena, Luis Arias. Os camponeses, por sua vez, defenderam que se deve repensar as políticas antidrogas, que é preciso uma reforma agrária integral que democratize a propriedade da terra e programas de financiamento através de um fundo nacional, entre outras coisas. O fórum terá sua segunda e última fase de 1 a 3 de outubro, no departamento do Guaviare, no sul, com representantes de organizações camponesas, empresariais, indígenas e afrodescendentes das regiões mais afetadas pela produção, consumo e tráfico de drogas. O primeiro fórum convocado pelo Governo e pela guerrilha aconteceu um mês após a instalação do processo de paz e abordou o desenvolvimento agrário integral. Em abril, realizou-se outro sobre a participação política, o segundo ponto da agenda, e contou com 1.600 pessoas que esboçaram mais de 400 propostas.
Posted on: Thu, 26 Sep 2013 20:47:45 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015