GAIVOTAS DO PORTO SÃO RESERVATÓRIOS DE BACTÉRIAS - TopicsExpress



          

GAIVOTAS DO PORTO SÃO RESERVATÓRIOS DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES As gaivotas de pata amarela que invadiram o centro do Porto são um reservatório de bactérias multirresistentes, avisa um professor de Segurança Alimentar no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, alertando para o homem deixar de alimentar aqueles pássaros, avança a agência Lusa. O estudo científico, intitulado “Gaivotas e praias são reservatórios para bactérias multirresistentes”, concluiu que as fezes das gaivotas, recolhidas nas praias do Porto e de Matosinhos entre Dezembro de 2007 e Abril de 2008, tinham uma “elevada prevalência de salmonelas”. O estudo também revela que as gaivotas estavam a excretar bactérias multirresistentes”e o que impressionava mais era a sofisticação dos genes que essas bactérias tinham e que lhes davam um nível de resistência muito elevado aos antibióticos que são usados só ao nível hospitalar, acrescentou o professor de Segurança Alimentar no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), no Porto. Para prevenir perigos para a saúde pública, designadamente nas zonas costeiras, o investigador aconselha a população em geral a deixar de dar alimento àquelas aves marinhas, mas salienta que também é necessário tratar bem os efluentes e tomar de forma prudente antibióticos. “É preciso tomar os antibióticos de uma forma muito prudente, é preciso tratar muito bem os efluentes, porque entram na orla costeira nas zonas de estuários dos rios e (…) e é preciso que o ser humano não alimente estas aves para não criar desequilíbrios populacionais de outras aves da orla costeira”, explica. O que nós estamos a lançar para o meio ambiente, não é diluído nesse meio ambiente, havendo espécies, como as gaivotas, que ficam como reservatório e depois ampliam e devolvem às áreas que os humanos ocupam esses mesmos problemas que estamos a gerar, adiantou o veterinário. “A devolução dessas bactérias pelas gaivotas é feita na orla costeira, mas também os espaços urbanos, acabando por disseminar esses microorganismos por toda a cidade”, explica, adiantando que “quem faz recreio no Porto ou quem consome refeições ao ar livre está mais exposta por essa via”. As gaivotas são aves migratórias que fazem migrações até à Escandinávia e há dificuldades em saber onde é que as gaivotas foram infectadas com esses microorganismos.
Posted on: Thu, 11 Jul 2013 17:51:36 +0000

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