GENTE EM BUSCA DA GENTE: ALIMENTE A MULTIDÃO! Deus sempre se - TopicsExpress



          

GENTE EM BUSCA DA GENTE: ALIMENTE A MULTIDÃO! Deus sempre se preocupou em alimentar a sua criação. O alimento gera energia para o trabalho. O alimento simboliza a ação. E a recíproca é verdadeira, a falta de alimento gera fraqueza e estagnação. A fome simboliza a inércia. Deus criou o ser humano dependente do alimento. Não é uma falha do Criador, mas uma forma de manter a criação em seu devido lugar, pois tal dependência a torna centrada na relevância da vida. Todo ser vivo precisa de energia para viver. Analogicamente, os seres humanos criaram máquinas que, assim como a humanidade, dependem de alimento para viver, dependem de energia para funcionar. É impressionante a similaridade com a Igreja. O ministério pastoral é uma fonte de alimento. A igreja é o corpo pensado e criado por Deus para a proclamação do Seu reino, e os responsáveis por esta abençoada agência preocupam-se, entre outras atividades, com o alimento para a multidão. Entretanto, é comum pensarmos na alimentação de Deus apenas em termos materiais. É verdade que o texto de Mateus 14.13-21 narra literalmente a transformação de cinco pães e dois peixes em comida para cinco mil homens (além de mulheres e crianças). Mas, sinceramente, não me parece coerente acreditar que foi só isto que aconteceu naquele dia e naquele lugar. Você também não pensa assim? Para Deus é menos complicado criar matéria do nada do que transformar o coração humano. Por favor, não assuste com esta declaração. Deus não é impotente para mudar a humanidade, certamente Ele conhece várias maneiras de fazer isso. Mas o ser humano recebeu do próprio Deus a liberdade para seguir ou desviar do caminho que conduz ao Criador (Dt 30.1-20). Mais do que multiplicar pães e peixes, Jesus entendeu ser necessário trabalhar os corações avarentos. Será que em meio a toda aquela multidão, haveria somente cinco pães e dois peixes? Acho que não. Sempre que analiso o meu ministério pastoral e o quanto ainda preciso incentivar, motivar e orientar pessoas ao trabalho, penso em como Jesus conseguiu alimentar tanta gente com tão pouco. Mas sempre que penso, volto a lembrar do que já sei. Jesus executou alguns gestos que o auxiliaram no ministério de socorro às “ovelhas sem pastor”. Jesus primeiro procurou a multidão para então compreendê-la, deu um passo à conformidade para então poder ensiná-la. Na liderança pastoral, não podemos esquecer estes gestos do Mestre. Mais ainda, o texto mostra que Jesus alimentou a multidão. Além de certificar que os pobres que sempre teremos conosco (Mt 26.11), além de mostrar que a igreja é uma agência de esperança aos marginalizados, e além de deixar claro que a igreja deve “fazer diferença” à sua volta e contrastar com a sociedade comum, Jesus alimentou a multidão para mostrar o quanto ela pode sim ter força para trabalhar em prol da expansão do Reino de Deus neste mundo mal. Parece simplório, mas alimentar a multidão significa deixar claro para o próprio povo que a comida é necessária. Jesus deve ter pensado: “Se é isto que temos, é isto que comeremos”. Quantos homens em meio àquela multidão não tinham um pão ou um peixe escondido em suas vestes? Quantos não se sentiram constrangidos por guardarem comida para mais tarde enquanto viam Jesus partindo um punhado de pães e míseros dois peixes? Quantos, prestes a serem alimentados, não perceberam que faltaram com a sua parte? Quantos, ao serem alimentados, suportaram em si a humilhação de ter que dividir pouca comida com tanta gente, sabendo que poderiam ter contribuído com um pouco mais? Meu amigo pastor, os teus líderes têm oferecido pouco? Os teus líderes têm escondido comida em suas vestes enquanto você ergue aos céus o pouco alimento oferecido? Quando perguntas o que há para comer, aparecem apenas cinco pães e dois peixes? É assim também contigo? Então “estamos no mesmo barco”, não apenas eu e tu, mas no mesmo barco com Jesus e os discípulos, o mesmo barco que os levou para um lugar deserto. O mesmo barco que ancorou na praia cercado por uma multidão “faminta”. Tenho certeza que havia mais comida naquela multidão. Não é possível haver apenas cinco pães e dois peixes em meio a dez mil pessoas. Alguns líderes da tua igreja podem estar escondendo comida, esperando para ver como conseguirás alimentá-los. Mas não te constranjas. Pegue o pouco alimento entregue em tuas mãos e erga-o aos céus, agradeça, e reparta-o com os presentes. Deus tocará no coração de cada um que esconde a comida, e no final do dia, alguém chegará próximo de ti e te dirá: “Pastor, todos comeram e ficaram satisfeitos, e ainda recolhemos doze cestos cheios de pedaços que sobraram” (Mt 14.20). Deus quebrantará o coração avarento. Apenas faça o teu trabalho. Alimente a multidão.
Posted on: Sun, 17 Nov 2013 00:02:17 +0000

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