Gostaríamos de deixar aqui nosso posicionamento a respeito do ATO - TopicsExpress



          

Gostaríamos de deixar aqui nosso posicionamento a respeito do ATO GRITO DA LIBERDADE (https://facebook/events/230745847090026/) Todos os atos que foram feitos até agora surgiram por necessidades reais de mudanças imediatas que envolveram causas indígenas, ambientais, luta por moradia, transporte, educação, alta inflação, especulação imobiliária e latifundiária, violência policial e por aí vai. Essas pautas foram naturalmente surgindo por necessidades claras e assim nossa luta está até hoje se construindo, contando com a união dos movimentos populares que a cada dia se fortalecem e se unem mais. Dessa forma as pautas para as mobilizações de rua, as manifestações, são criadas e colocadas em prática. Com as pautas do grito da liberdade não é diferente, envolve todas essas coisas, são advindas de uma clara necessidade como pode-se observar ao lerem as mesmas logo abaixo nesse mesmo texto. Mas confessamos que muito nos preocupa quando atores globais, que nunca estiveram presentes nessa luta, antes só apareceram (alguns deles) na grande mídia fazendo propaganda para alguns partidos, aparecem agora fazendo chamada para algum ato. Além disso uma grande adesão de partidos eleitoreiros entra aí, porém com mais uma ressalva, partidos que há pouco tempo criminalizaram as lutas da rua, como no caso do PSTU que criminalizou de forma grotesca o movimento. Ou movimentos tais como UJS/PCdoB que também reproduziram discursos da grande mídia nas ruas. E ainda mais, a presença do Fora do Eixo, que mantém relações diretas com o PT em São Paulo e que se vale da sua situação como movimento cultural para justificar as suas relações escuras com o partido. Os que criminalizaram o movimento e hoje tentam pegar carona nele para se auto-promover não nos enganam e não nos representem! As pautas do ATO GRITO DA LIBERDADE são verdadeiras, partilhamos dela e acreditamos na necessidade de um ato que reúna tais pautas, mas não podemos por isso, ignorar todas as coisas que rodeiam esse evento. Nossa luta é pelo poder para o povo e acima de qualquer coisa lutaremos por isso. No que depender de nós, não repetiremos versões de uma velha história. Há alguns dias atrás fizemos uma publicação com o seguinte conteúdo: NÃO TENHAM MEDO DE QUESTIONAR. Questionem sempre, questionem tudo, independente de onde venha, independente de ser de uma fonte confiável. Nem nós, nem vocês, conseguirão sempre ter uma visão completa sobre todas as coisas que estão envolvendo essa luta. Por isso é importante se manter atento sobre tudo o que vier, inclusive se auto questionando. Estar sempre com o pensamento crítico de prontidão, foi ele que nos trouxe até aqui e é ele que deve continuar nos guiando. Lutamos por uma sociedade livre e auto-gestionada. Para isso é imprescindível que a nosso senso crítico esteja cada vez mais amadurecido, dessa forma não correremos o risco de repetir novas versões de uma sociedade tal qual não queremos mais. Só assim acharemos estratégias para dar continuidade as nossas lutas e não seremos enganados por possíveis oportunistas que podem aparecer nesse caminho. Sabemos que com essa nota possivelmente sofreremos retaliações por parte dos demais movimentos, mas o nosso posicionamento sempre foi firme quando se trata dessa luta, no que depender de nós, não permitiremos jamais que seja levado ao povo qualquer coisa sem clareza do que cerca tal situação. Ratificando: NÓS SOMOS COMPLETAMENTE DE ACORDO COM A PAUTA. Porém não conseguimos ignorar a necessidade dessa nota diante do nosso histórico de luta junto ao povo. Lembrando que as pautas do ato GRITO DA LIBERDADE são: 1) Fim das prisões políticas Ninguém deve ser detido sem que haja mandado de prisão ou flagrante delito, nem nas favelas, nem nas manifestações. Contra a arbitrariedade dos mandados de prisão. Repugnamos o uso da Lei de Segurança Nacional e da Lei 12.850 contra os manifestantes. 2) Anistia aos processados e aos presos políticos Todos os procedimentos policiais (Registros de Ocorrência, VPIs e inquéritos) e judiciais (processos), abertos arbitrariamente contra manifestantes, devem ser extintos. 3) Garantia do direito à livre manifestação Liberdade irrestrita de expressões artísticas, culturais, sociais e políticas nas ruas, praças e espaços públicos. 4) Fim da violência policial As polícias abusam de seus poderes a mando do Estado, executando negros, pobres e moradores de favela, e perseguindo violentamente os manifestantes que estão nas ruas. Exigimos o fim dos desaparecimentos forçados, do uso de armas letais em manifestações, do uso abusivo de armamentos não letais e dos autos de resistência. 5) Desmilitarização da PM Queremos o fim da Polícia Militar e a reestruturação da política de segurança do Estado. 6) Fim da pacificação armada Não acreditamos na pacificação armada das comunidades. Exigimos a revisão das práticas arbitrárias e reprodutoras de violência utilizadas pelas UPPs. Revisão da atual política de combate às drogas, visto que é uma questão de saúde e não de polícia. 7) Investigação dos crimes cometidos pelas polícias Militar e Civil através de Corregedorias independentes dos governos dos quais elas fazem parte. O Estado não deve investigar a si mesmo. Queremos uma investigação efetiva. 8 ) Democratização dos meios de comunicação Repudio à conivência da grande mídia corporativa com a violência do Estado e a distorção de fatos na tentativa de criminalização dos movimentos sociais. Faz-se urgente o fim do monopólio da mídia, representado principalmente pelas Organizações Globo. 9) Marco Civil da Internet Queremos a aprovação integral do Marco Civil da Internet, com exclusão do parágrafo 2º do Artigo 15, que garanta a liberdade de expressão, a privacidade e a neutralidade na rede. 10) Abertura de diálogo entre Estado e sociedade civil Todas as pautas das ruas e formas de expressão da revolta popular devem ser escutadas e discutidas. Lembramos que: “Todo o poder emana do povo (Constituição da República Federativa do Brasil). Lutamos, ainda, pelas pautas que estão nas ruas e alimentam o movimento há meses: Pelos direitos dos profissionais da educação e por melhorias nas condições de ensino público; pela valorização da cultura como eixo fundamental da educação do povo; por uma saúde pública melhor, universal, com mais médicos e equipamentos nos hospitais; contra as remoções; pelo direito à mobilidade urbana, com uma CPI dos ônibus idônea, por melhorias nos serviços explorados por Supervia, Barcas S.A. e Metrô, e a favor da catraca livre. Contra os gastos abusivos com a Copa e as Olimpíadas; contra as privatizações; contra a corrupção, desvio de verbas públicas e altos impostos; por reformas políticas que possam integrar o povo às decisões políticas; pelos direitos indígenas, demarcação de terras e em apoio a Aldeia Maracanã; contra a homofobia e a violência contra a mulher; contra a venda do pré-sal e a privatização do setor petrolífero. Responsabilizamos os seguintes representantes do Estado pelos atos criminosos contra a sociedade: Dilma Rousseff – Presidente da República Federativa do Brasil José Eduardo Cardozo - Ministro da Justiça Deputado Henrique Eduardo Alves - Presidente da Câmara dos Deputados Senador Renan Calheiros - Presidente do Senado Sérgio Cabral - Governador do Estado do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame - Secretário de Segurança do Estado do RJ Martha Rocha - Chefe da Polícia Civil Coronel José Luis Castro Menezes - Comandante Geral da Polícia Militar do RJ Deputado Paulo Melo - Presidente da ALERJ Desembargadora Leila Mariano - Presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Marfan Martins Vieira - Procurador Geral do Ministério Público RJ Eduardo Paes - Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro Claudia Costim - Secretária Municipal de Educacão Wilson Risolia - Secretário Estadual de Educação Sérgio Sá Leitão - Secretário Municipal de Cultura Vereador Jorge Felippe - Presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro Fernando dos Santos Dionísio - Procurador Geral do Município do Rio de Janeiro Responsabilizamos os seguintes representantes de entidades internacionais pelos atos criminosos contra a sociedade: Joseph Blatter – Presidente da FIFA Thomas Bach - Presidente da COI Jérôme Valcke - Secretário da FIFA Portanto, não estamos de forma alguma desconsiderando a necessidade do ato de amanhã. Mas estamos questionando sim e deixando claro que nós, como militantes no que diz respeito as pessoas que estão por trás dessa página e como página, não deixaremos jamais de estar vigilantes. ESSA LUTA É DO POVO, ENTÃO AO POVO SEJA ENTREGUE! PODER PARA O POVO! A RUA É NOSSA!
Posted on: Thu, 31 Oct 2013 02:29:42 +0000

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