Gosto de, às vezes esconder-me por baixo das horas solitárias e deixar que minha mente se esvazie e se preencha, não do mesmo! Mas de algo que dê razão e sentido ao que me parece tão vago. É confuso tentar entender aquilo que hoje me parece tão isento de explicação. Por mais que minha mente seja consciente de que há um tempo para cada coisa, meu coração insiste em se apressar, em querer tomar a frente e deixar que o lado sentimental reine nas míseras e improváveis possibilidades... talvez seja mais um daqueles tempos de amadurecimento no qual tudo parece deslocado e fora do lugar. O tempo é uma possibilidade de encontro. As pessoas, essas que às vezes nos roubam, às vezes nos devolvem, já não são opções coerentes. O tempo se encarrega de levar consigo o que não pertence à mim, e clarear o que me parece opaco no agora. E pensar que tudo depende de uma simples decisão incomum, uma atitude inesperada. Porém, a ausência de clareza e o excesso de sentimentalismo afeta o que parece de fácil solução. Quanta coisa poderia ser diferente se não fosse o velho medo de tentar o novo. Talvez o impulso para uma rota diferente e a saída de um círculo vicioso seja a linha tênue entre a decisão e o amor próprio. Nada que deixa seu coração desconfortável, o confortará. Logo, a ideia que se encaixa perfeitamente como um abraço demorado, me parece a certeza de que o que acalenta é aquilo que faz seu ser se sentir em casa. Acho que tem muito 'talvez' nesse texto, tá faltando uma certeza, aquela certeza, falta alguma coisa... pensamentos jogados ao vento, talvez, apenas isso. Roberta Ribeiro
Posted on: Wed, 11 Sep 2013 02:12:12 +0000
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