Grupo Portucel Soporcel - divulgação de resultados do 3º - TopicsExpress



          

Grupo Portucel Soporcel - divulgação de resultados do 3º trimestre 2013 Destaques dos 9 meses 2013 (vs. 9 Meses 2012): · Volume de negócios cresce 2,5% · Exportações de € 902 milhões para mais de 110 países · Resultado líquido de cerca de € 150 milhões · Cash flow livre de € 220,6 milhões de euros · Rácio de Dívida Líquida / EBITDA de 0,7 1. ANÁLISE DE RESULTADOS 9 Meses de 2013 vs. 9 Meses de 2012 Num contexto económico particularmente difícil, o Grupo Portucel atingiu nos primeiros nove meses de 2013 um volume de negócios de € 1 137,2 milhões, traduzindo um crescimento de 2,5% em relação a 2012. Este bom desempenho deve-se essencialmente à evolução favorável do negócio de pasta, assim como ao incremento do negócio de energia, possibilitado, tal como já mencionado em divulgações anteriores, pela consolidação integral no início de 2013 da Soporgen, empresa de cogeração de gás natural no complexo industrial da Figueira da Foz, após a aquisição total do seu capital social no início do ano. No negócio do papel de impressão e escrita não revestido (UWF), as condições nos principais mercados do Grupo permanecem difíceis, já que a débil situação económica e a manutenção dos elevados índices de desemprego, particularmente na Europa, continuam a ter reflexos negativos no consumo de papel. Deste modo, verificou-se um decréscimo de cerca de 1% no volume de vendas de papel, o que, conjugado com um decréscimo de cerca de 3% no preço médio de venda do Grupo, resultou numa redução aproximada de 4% no valor das vendas de UWF, nos primeiros nove meses de 2013. A redução no preço médio resultou essencialmente de três factores: a deterioração do preço de referência no mercado Europeu e Norte Americano (o índice do mercado Europeu recuou 1,4% face a período homólogo e o dos Estados Unidos 4%), a variação cambial e o peso acrescido dos mercados de fora da Europa no mix de vendas do Grupo. O mercado da pasta branqueada de eucalipto (BEKP) tem-se mantido sustentado ao longo do ano, tendo o Grupo registado um bom desempenho, quer ao nível dos volumes vendidos quer no que respeita aos preços. Deste modo, o volume cresceu cerca de 26%, resultante do excelente desempenho produtivo e da redução de stocks. O preço médio de venda ficou ligeiramente abaixo do verificado no período homólogo, tendo o índice de referência do PIX, FOEX BHKP em euros, registado um acréscimo de cerca de 4%. Na área de energia, a produção bruta de energia eléctrica situou-se em cerca de 1.750 GWh, o que representa um incremento de mais de 23%. Tal como já referido, este valor não é comparável com o do ano anterior, já que inclui a produção da Soporgen. As vendas de energia totalizaram cerca de 1.600 GWh tendo o seu valor sido afectado negativamente pela redução na tarifa da cogeração da fábrica de Cacia, fruto das reduções já concretizadas pelo Governo nos preços de energia a partir de biomassa. Em linha com o verificado no 1º semestre, os custos registaram um aumento material nos primeiros nove meses de 2013, devido em grande medida à consolidação integral da Soporgen nas contas do Grupo, que se reflectiu principalmente nos custos com o gás natural. Também se verificou um acréscimo nos custos de aquisição de madeira e de eletricidade. Por outro lado, registou-se uma evolução favorável dos custos com pessoal. Neste cenário, o EBITDA consolidado foi de € 260,1 milhões, o que representa uma redução de 8,0% relativamente a igual período do ano anterior e traduz uma margem EBITDA / Vendas de 22,9%, inferior em 2,6 pontos percentuais à registada no ano anterior. Os resultados operacionais situaram-se em € 183,7 milhões, menos 13,9% que no ano anterior. Importa, no entanto, referir que os resultados operacionais nos primeiros nove meses de 2012 foram positivamente influenciados pela reversão de provisões num montante de cerca de € 9,5 milhões. Os resultados financeiros foram negativos em € 15,7 milhões, comparando com um valor também negativo de € 12,9 milhões em 2012. O agravamento dos resultados financeiros deve-se em grande medida ao aumento da dívida bruta, para garantir uma flexibilidade financeira adequada, através da manutenção de elevados níveis de liquidez, e à diminuição da taxa de remuneração da liquidez excedentária. O resultado líquido consolidado do período situou-se em € 149,7 milhões, menos 6,5% que no período homólogo do ano anterior, positivamente impactado pela reversão de provisões de cariz fiscal e pelo reconhecimento de incentivos fiscais, apesar de se manter uma taxa efectiva de imposto corrente de cerca de 23%. 3º trimestre de 2013 vs. 2º trimestre de 2013 O volume de negócios no terceiro trimestre registou uma redução de cerca de 4,5% relativamente ao segundo trimestre, em linha com o comportamento verificado em anos anteriores e que reflecte o abrandamento da actividade nos meses de Verão e a consequente menor produção, por via das paragens planeadas para esta época de menor procura. O negócio do papel foi particularmente afectado, já que, para além da redução sazonal da procura, ocorreu também no período a chegada ao mercado europeu de mais capacidade de papel UWF, resultante quer do rearranque da fábrica de Alizay, em França, quer do início de actividade de novas capacidades na Rússia e na Ásia. As vendas de papel neste trimestre ficaram assim cerca de 5% abaixo das vendas do trimestre anterior. Em 2012, a redução entre o terceiro trimestre e o segundo trimestre foi ainda mais acentuada, situando-se em 8%. No negócio da pasta, o Grupo registou um desempenho positivo em termos de volume de vendas, com um aumento de 3%, possibilitado em grande medida pelo bom desempenho produtivo referido anteriormente. O volume de pasta vendida foi, aliás, o maior registado nos últimos 4 anos. No entanto, dada a descida dos preços da pasta BEKP, que se verificou ao longo do Verão, as vendas em valor acabaram por registar um decréscimo de 6,8% relativamente ao trimestre anterior. Na energia, assistiu-se ao longo do 3º trimestre à normalização da produção na turbina a vapor de Setúbal, na sequência da reparação efectuada após a avaria ocorrida em Março, tendo neste período ocorrido também as paragens anuais de manutenção programada nas instalações da Figueira da Foz e de Setúbal. Quer o volume, quer o valor das vendas de energia, registaram um crescimento de cerca de 7%. O EBITDA totalizou € 85,1 milhões e a margem EBITDA / Vendas situou-se em 22,3%, sensivelmente em linha com a margem do trimestre anterior. Os resultados operacionais atingiram € 58,9 milhões, menos 11,4% que no trimestre anterior. O resultado líquido cifrou-se em € 52,0 milhões, valor inferior em 1,8% ao registado no trimestre anterior. 2. ANÁLISE DE MERCADO 2.1 Papel UWF O comportamento do mercado de UWF no terceiro trimestre foi condicionado pela frágil situação económica na Europa, com incidência directa nos níveis de desemprego, que permanecem em patamares preocupantemente elevados (afectando mais de 26 milhões da sua população activa), e sem evolução positiva, e pelo habitual abrandamento sazonal de Verão nos principais mercados papeleiros do Grupo. Em termos acumulados, o consumo de UWF na Europa diminuiu, embora a um ritmo menos acentuado, tendo globalmente decrescido cerca de 2%, embora o consumo de papel de escritório tenha estabilizado face ao período homólogo. Esta evolução surpreende pela positiva, dada a contração no consumo privado e público que se tem verificado na economia Europeia. Manteve-se o aumento da importação de papel proveniente de fora da Europa, o que tem consequências negativas ao nível do mix de papéis no mercado e consequentemente dos preços médios, dada a sua inferior qualidade em relação à média dos produtores europeus. Neste contexto, e incluindo o efeito do arranque da fábrica de Alizay já mencionado, assumindo a sua capacidade a 100%, a taxa de utilização de capacidade da indústria situou-se, no período, a um nível médio de cerca de 88%. Também nos EUA se registou uma diminuição de quase 3% no consumo de UWF relativamente ao período homólogo, apesar de alguma recuperação da atividade económica entretanto verificada. Tal como na Europa, o consumo de papel de escritório nos EUA denotou melhor desempenho, registando pela primeira vez nos últimos 6 anos, um significativo crescimento de 2%. No Norte de África e no Médio Oriente, países chave da presença do Grupo, continuou a instabilidade política e económica, o que, combinado com a grande agressividade de produtores de outras áreas geográficas, tornou a situação competitiva muito difícil. Acresce a maior disponibilidade dos produtores Europeus para colocarem volume fora da Europa, dada a baixa taxa de ocupação no mercado interno, bem como a evolução cambial do USD face ao EUR, que penalizou as vendas do Grupo nestas regiões. Neste contexto, o desempenho do Grupo revela uma quebra no valor de vendas de papel de cerca de 4%, com uma redução de 1% no volume colocado. Todavia, em termos trimestrais, a Portucel alcançou um crescimento no volume vendido de cerca de 2% face ao período equivalente de 2012, atingindo o maior volume alguma vez vendido pelo Grupo em período homólogo. A quebra no volume vendido foi mais acentuada na Europa, tendo sido parcialmente compensada pelo crescimento de vendas noutros mercados internacionais. As vendas de marcas próprias continuam a progredir no seu peso no total das vendas de produtos transformados em folhas, pilar de estabilidade e rentabilidade para o Grupo, tendo crescido um ponto percentual no total do negócio e quatro pontos percentuais na Europa. Em particular, o crescimento de 4% no volume vendido da marca Navigator na Europa demonstra uma vez mais a força da marca e a sua resiliência a condições adversas de mercado. 2.2 Pasta Apesar do terceiro trimestre ser o período do ano em que, tradicionalmente, se verifica uma diminuição da actividade nos mercados do hemisfério norte, em 2013 manteve-se a tendência de um aumento global da procura de pasta que, de acordo com informação divulgada pelo PPPC W-100, em Agosto se situava em 3,5% (1,233 milhões de toneladas) face ao período homólogo de 2012. Esta situação foi possível devido à recuperação da procura do mercado chinês, ocorrida precisamente ao longo deste trimestre, posicionando-o como o mercado com o segundo maior aumento da procura até Agosto (6,6%) e o mais expressivo em termos do total do volume colocado, praticamente ao mesmo nível percentual do mercado norte-americano (6,7%), que tem sido mais estável ao longo do ano. É expectável que nos próximos meses o mercado chinês continue a assumir o seu papel de principal driver do lado da procura no mercado da pasta. No que se refere aos preços, e como se previa, verificou-se uma certa retração no BEKP no terceiro trimestre, reflexo também da desvalorização cambial face ao USD de moedas de países com posição de relevo na produção de pasta de fibra curta, como Brasil, Indonésia, Uruguai e Chile, cujos produtores locais estão assim menos pressionados pelo nível de preços na moeda norte-americana. No entanto, em consequência de vários factores, tais como o equilíbrio que se verifica entre oferta e procura da fibra longa, o aumento global da procura de pasta, que tem mantido os stocks ao mesmo nível do ano passado, e o atraso no arranque de um dos novos projetos sul-americanos de produção de BEKP, assistiu-se a uma vaga de anúncios de aumentos de preços, quer para a fibra longa quer para BEKP, em todos os mercados de referência: Europa, China e América do Norte. Com este enquadramento, as vendas de pasta BEKP do Grupo no terceiro trimestre de 2013 aumentaram 47% em relação ao período homólogo de 2012. Considerando o conjunto dos três primeiros trimestres do ano, e tal como já referido, as vendas de pasta BEKP do Grupo aumentaram em 26% face ao período homólogo de 2012. Parte deste crescimento de vendas foi canalizado para mercados fora da Europa, que aumentaram a sua importância relativa, mantendo-se, no entanto, uma percentagem muito elevada do volume de vendas nos mercados europeus, onde se posicionam as empresas papeleiras de maior qualidade e exigência técnica e nas quais as qualidades intrínsecas e diferenciadoras da pasta globulus são mais valorizadas. Em termos de vendas de pasta BEKP por segmentos papeleiros, verifica-se que o Grupo continua a deter uma posição de liderança no fornecimento ao segmento de papéis especiais, indubitavelmente o de maior valor acrescentado, que representaram cerca de 60% do seu volume de vendas até Setembro. 3. DESENVOLVIMENTO Relativamente ao desenvolvimento do projecto integrado de produção florestal, de pasta de celulose e de energia em Moçambique, a Portucel irá assinar amanhã um contrato de consultoria com o IFC, International Finance Corporation, o organismo do Banco Mundial que lida com o sector privado. Este contrato tem como objetivo reforçar a sustentabilidade das operações florestais da Portucel em Moçambique, nomeadamente através de estudos de impacto ambiental e social e de planeamento e desenvolvimento de projetos nas comunidades locais, bem como na implementação de investimentos na comunidade e no fomento do tecido empresarial. Este contrato de consultoria com o IFC constitui o primeiro passo numa colaboração que se pretende seja duradoura, e que permita ampliar o impacto dos investimentos da Portucel no desenvolvimento de Moçambique e a criação de oportunidades partilhadas de crescimento nas zonas concessionadas. A assinatura deste contrato reflecte assim o empenho do Grupo no desenvolvimento de uma base florestal em Moçambique de acordo com as normas internacionais mais exigentes em matéria ambiental e social. Para além de prestar serviços de consultoria, o IFC está a ponderar a aquisição de uma participação nas operações da Portucel em Moçambique, de forma a potenciar o desenvolvimento deste projeto. O projecto integrado de produção florestal, de pasta de celulose e de energia está avaliado em 2,3 mil milhões de dólares e prevê a criação de cerca de 7.500 postos de trabalho, consistindo a primeira fase em novas plantações de eucalipto numa área de até 60.000 ha. Em termos operacionais e, no seguimento dos Estudos de Pré-Viabilidade Ambiental e Definição de Âmbito e Termos de Referência, os quais foram aprovados pelo Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental, estão agora a decorrer, e em fase avançada, os Estudos de Impacte Ambiental e Social. Está também a decorrer em Moçambique o processo para a construção de cinco viveiros de produção clonal, com uma capacidade global de produção que poderá atingir 30 milhões de plantas anualmente. Os estudos no domínio dos processos logísticos, tanto do abastecimento da matéria-prima e outros factores de produção à fábrica, como da expedição da pasta de celulose de eucalipto, estão agora na sua fase final, permitindo apreciar os méritos relativos das diferentes alternativas em apreciação. No âmbito da protecção florestal, o Grupo investiu este ano mais de 3 milhões de euros na prevenção e apoio ao combate aos incêndios florestais, numa estratégia que privilegia as iniciativas preventivas, destacando-se as acções de gestão e de partilha de conhecimentos adquiridos no domínio da investigação científica. Os valores investidos no programa de prevenção e apoio ao combate aos incêndios florestais continuam a posicionar o Grupo como a entidade privada que mais contribui para o esforço nacional de redução do risco de incêndio. A estratégia seguida tem permitido que as florestas do Grupo venham registando uma sinistralidade bastante inferior à média nacional. Todavia, em 2013, devido ao grande incêndio de Trás-os-Montes que percorreu cerca de 15 mil hectares, as áreas próprias afectadas foram mais expressivas, apesar de os valores de sinistralidade terem sido pouco significativos. Das cerca de 1.000 ocorrências que ameaçaram as áreas do Grupo e que foram alvo de intervenções de combate, só cerca de 10% é que provocaram danos. É de salientar que se confirmou a tendência para a esmagadora maioria das intervenções dos meios próprios disponíveis ser feita em propriedades vizinhas ao património do Grupo, o que na prática se traduz num serviço público de apoio ao sistema nacional de defesa contra incêndios. É também de salientar que esta actividade em prol da comunidade, que se repete ano após ano, não tem qualquer compensação, não obstante o reconhecimento do seu elevado valor social e ambiental. 4. SITUAÇÃO FINANCEIRA No final do terceiro trimestre a dívida líquida remunerada totalizava cerca de € 264 milhões, uma diminuição de cerca de € 100 milhões em relação ao final do ano de 2012, o que, considerando o pagamento de € 115 milhões de dividendos relativos ao exercício de 2012 durante este período, denota a boa capacidade de geração de fundos do Grupo. A política financeira da Portucel tem-se pautado pela manutenção de rácios de endividamento conservadores, pela adequação das maturidades da dívida às características dos seus activos, e por garantir uma flexibilidade financeira adequada através da manutenção de elevados níveis de liquidez. Nesse sentido, a após o reembolso de um empréstimo obrigacionista no montante de € 200 milhões, em Maio do presente ano, a Portucel procedeu, também em Maio, a uma emissão de € 350 milhões de obrigações nos mercados internacionais, pelo prazo de 7 anos. Esta operação permitiu alongar significativamente a maturidade média da dívida do Grupo e reforçar de forma relevante o seu nível de liquidez. No seguimento destas operações financeiras, o Grupo apresentava no final de terceiro trimestre disponibilidades no montante de € 594 milhões e, ainda, linhas contratadas e não utilizadas de cerca de € 20 milhões em empréstimos bancários e € 50 milhões em papel comercial. A dívida bruta no final de Setembro de 2013 situava-se em € 857,3 milhões, ascendendo a dívida com vencimento até final de 2014 a € 84,1 milhões. A autonomia financeira no final de Setembro era de 51,7% e o rácio Dívida Líquida / EBITDA era de 0,7 mantendo-se em níveis muito conservadores. 5. MERCADO DE CAPITAIS Depois da recuperação evidenciada pela maior parte dos mercados accionistas durante o mês de Julho, os índices europeus voltaram a registar uma nova correcção ao longo de Agosto. Já em Setembro, os mercados ficaram mais animados, com a divulgação de dados económicos que fortaleceram um cenário de recuperação para a zona Euro. Neste enquadramento, o índice PSI20 consolidou os seus ganhos, acumulando no final do terceiro trimestre uma subida de 5,3% face ao início do ano. Embora positivo, o desempenho do índice português foi dos mais fracos entre as bolsas europeias, já que os índices francês, alemão e espanhol registaram valorizações entre 12 e 15%. O índice de Londres voltou a destacar-se com um ganho de 22,7%. O desempenho acumulado das principais empresas do sector de pasta e papel nos mercados de capitais nos primeiros nove meses de 2013 foi também positivo, em particular entre os principais produtores de pasta. As acções da Portucel atingiram um valor máximo de € 2,9 durante o mês de Fevereiro, sofrendo uma correcção nos meses seguintes, com um mínimo de € 2,243 em 24 de Junho. Desde então, a sua cotação teve uma evolução positiva, situando-se, em 30 de Setembro, em 2,686€/acção, o que representa um ganho de 17,8% face à cotação de 31/12/2012. Em termos de volume de transacções, apesar de algum incremento registado nos meses de Junho e Julho, nos quais o volume médio se situou em cerca de 7,5 a 8,0 milhões de acções, o volume transaccionado voltou para níveis bastantes reduzidos no final do Verão (cerca de 3,0 a 3,2 milhões de acções em Agosto e Setembro). 6. PERSPECTIVAS FUTURAS Enquanto a actividade nas economias mais desenvolvidas começa a dar sinais de alguma recuperação, o crescimento na China e em outros mercados emergentes demonstra algum arrefecimento. O ritmo de crescimento da segunda maior economia do Mundo deverá diminuir nos próximos anos, como consequência da transição para um modelo económico mais suportado na procura interna. Na Zona Euro, registam-se sinais positivos na actividade económica em termos gerais, embora o nível de desemprego se mantenha elevado e se verifique pouco dinamismo no mercado de trabalho. Persistem alguns factores que limitam o crescimento económico, nomeadamente uma fraca procura interna, reflexo do processo de ajustamento financeiro público e privado, principalmente nas economias periféricas, e um ainda frágil sistema bancário que dificulta o financiamento à economia. Nos Estados Unidos, verifica-se alguma recuperação, sustentada no aumento da procura no sector imobiliário e nos bens duradouros, embora a expectativa de condições monetárias mais restritivas e a actual crise orçamental criem alguma instabilidade e incerteza. Neste enquadramento, o mercado de pasta BEKP tem-se mostrado bastante resiliente, verificando-se um crescimento da procura global e, em particular, a manutenção de uma forte procura por parte da China, factores que se deverão manter no futuro próximo. Persiste, no entanto, um elevado nível de incerteza relativamente ao impacto do arranque das novas capacidades de pasta previstas para o final de 2013 e início de 2014. Adicionalmente, a desvalorização face ao dólar das moedas dos principais produtores mundiais de BEKP, aumentando a sua competitividade, assim como a evolução da relação cambial directa entre o euro e o dólar, são factores que poderão impactar o equilíbrio neste mercado. No mercado de papel UWF, verificou-se recentemente uma menor redução na evolução do consumo aparente na Europa, após um longo período de quedas mais acentuadas, tendo o segmento de papéis de escritório, em particular, continuado a registar uma notável resiliência. No entanto, e não obstante esta evolução do consumo e dos sinais positivos que surgem nas economias mais desenvolvidas, nomeadamente na Europa e nos EUA, o elevado nível de desemprego prevalecente e o lento ritmo de recuperação económica que se estima para estes mercados continuarão a afectar negativamente o consumo de UWF. Em paralelo com a situação económica atrás descrita, a pressão sobre as taxas de utilização da capacidade da indústria, em virtude da maior oferta disponível, bem como uma eventual tendência para o downgrading de qualidade fruto da maior penetração dos produtores asiáticos, poderão aumentar o nível de incerteza sobre a evolução do mercado no futuro próximo. Neste enquadramento, o Grupo mantém um esforço permanente no sentido de alargar os seus mercados e reposicionar o seu mix de produtos nos mercados tradicionais, tirando partido da notoriedade das suas marcas próprias e da elevada percepção de qualidade da sua proposta de valor. Nesse sentido, o Grupo tem aumentado de forma consistente a sua presença em novos mercados, nomeadamente em África e no Médio Oriente, os quais apresentam bom potencial de desenvolvimento, não obstante o difícil enquadramento competitivo que aí se vive. Por último, e como já divulgado pelos meios adequados, a pedido do accionista Semapa – Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, foi convocada uma Assembleia Geral Extraordinária da Portucel, SA, que terá lugar no próximo dia 28 de Outubro, e cujo ponto único da ordem de trabalhos é deliberar sobre proposta de distribuição aos accionistas de reservas da sociedade, no montante de 12 cêntimos por acção em circulação, perfazendo um total de cerca de 86 milhões de euros. Esta distribuição não terá impacto material na situação financeira da Portucel. Setúbal, 21 de Outubro de 2013
Posted on: Tue, 22 Oct 2013 09:32:00 +0000

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