Grupo RF Log New Face Informativo Publicada em 12/08/2013 AGROINDÚSTRIA REVERTE QUEDA DO ANO PASSADO E SOBE 0,4% Após dois anos de retração na atividade industrial de processamento de produtos agrícolas e pecuários, o setor reagiu no primeiro semestre deste ano e avançou 0,4% com relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que leva em consideração a produção com base nos preços do ano de comparação. Apesar da boa notícia, o número ainda ficou aquém da evolução da indústria brasileira no período, que cresceu 1,9%, segundo o IBGE. O crescimento foi impulsionado principalmente pelos resultados do segundo trimestre, quando a agroindústria avançou 5,9%, após um recuo de 6% nos três primeiros meses do ano. O setor vem registrando retração na atividade nos últimos dois anos, e nos seis primeiros meses de 2012 a queda foi de 3,9%. Essa baixa base de comparação ajudou no efeito de alta no primeiro semestre, segundo o economista da coordenação de indústria do IBGE, Fernando Abritta. Apesar disso, ele ressalta que a recuperação observada no começo deste ano é reflexo da safra recorde de grãos, que de acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) será de 186,15 milhões de toneladas para o período 2012/2013. No total, a indústria ligada à agricultura, seja no processamento ou no fornecimento de produtos à atividade, liderou o crescimento do setor, com avanço de 0,8%. Abritta destaca o desempenho das usinas sucroalcooleiras no período, que tiveram um alto crescimento, de 26,9% nos seis primeiros meses do ano, sendo 38,3% somente no segundo trimestre. O avanço é justificado pelo aumento da área plantada, pelo aumento da produção, e também pelo cenário menos apertado para o segmento. "O setor dos derivados estava recuando 36% devido a redução da área plantada e condições climáticas desfavoráveis, como seca no crescimento da planta e chuva na colheita. E o setor de cana ano passado passou por crise, com menos investimentos, menos tratos na lavoura", recordou o técnico, que acredita que a indústria sucroalcooleira continuará em trajetória de recuperação. Ele também ressalta o avanço da indústria processadora de suco de laranja, que produziu 22,9% mais no semestre. Porém, Abritta acredita que essa alta não seja duradoura, já que a citricultura terá uma safra 4% menor neste ano. Pecuária Corre em trajetória contrária o setor de processamento de grão de soja. Neste semestre, as indústrias do setor esmagaram 14,3% menos e exportaram 22,5% menos óleo de soja, bagaço e resíduos. Abritta atenta, porém, que o cenário pode mudar no segundo semestre, já que o primeiro foi focado na colheita da safra. Para a indústria ligada à atividade pecuária, o cenário também não foi tão bom. Entre janeiro e março, o segmento produziu 3,2% menos na comparação anual. No segundo trimestre, houve uma recuperação de 1,9%, mas o resultado do semestre manteve-se no polo negativo, com queda de 0,7%. A indústria processadora de bovinos e suínos foi a maior responsável pelo recuo do período, com queda de 5,1%. Segundo o economista do IBGE, os embargos fitossanitários da Ucrânia aos suínos brasileiros no semestre tiveram forte impacto sobre a demanda do segmento. Já para os bovinos, ele acredita que os altos preços das carnes e a alta da inflação no primeiro semestre fizeram o consumidor migrar da carne bovina para a de aves, que são mais baratas. Para o setor, o saldo geral da agroindústria no semestre foi positivo. "Tivemos um crescimento pequeno, mas crescemos. Acho que mantivemos o status. Foi um período difícil, de retrações internacionais, de menores compras da China", avaliou o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesario Ramalho. Ele acredita que a agroindústria deve acabar o ano no polo positivo, puxada pela expectativa de produção de 200 milhões de toneladas de grãos. "Isso significa mais tecnologia aplicada à agricultura, mais demanda."
Posted on: Mon, 12 Aug 2013 19:23:57 +0000
Trending Topics
Recently Viewed Topics
© 2015