Gênesis 32.24 A LUTA SEM FIM Proposta: diante da indigência - TopicsExpress



          

Gênesis 32.24 A LUTA SEM FIM Proposta: diante da indigência quantitativa e qualitativa de muitas vidas em termos de comunhão com Deus, vamos nos dedicar durante vários domingos a tratar do tema da oração. Podemos pensar na vida cristã como sendo o resultado de um ato e um processo. O ato foi nossa separação das trevas para a luz, a que podemos chamar de santificação. O processo é nosso é nosso esforço para viver segundo os padrões de Deus, a que poderíamos chamar de conversão. Ambos são mudança. O primeiro é uma mudança inaugural, única e irrepetível. Hoje veremos que a oração é essencialmente uma luta com Deus, contra nós mesmos e contra as forças da maldade, contra a frustração do desejo de Deus para conosco e contra a frustração de nosso propósito de servi-lO de todo o nosso coração, entendimento e alma. 2. JACÓ, UMA VIDA DE ORAÇÃO Jacó era uma pessoa de oração. Todos podemos ser pessoas de oração. Nós somos melhores que Jacó, que era egoísta (achamos que o mundo gira em nosso redor), trapaceiro (ele enganou seu próprio pai e nós somos capazes de fazer o que for necessário para nosso desejo triunfar) e negociante (como Jacó, nossa fidelidade a Deus depende dos seus benefícios para consco). Jacó tinha problemas concretos para resolver: lutar pela primogenitura, perdoar e ser perdoado pelo irmão, encontrar uma esposa, ter fihos e educá-los. Sua vida, portanto, em nada se distingue da nossa. Assim mesmo, talvez por ter aprendido com as experiências da vida, Jacó estava sempre em comunhão com Deus. O v. 1 nos diz que os anjos de Deus saíam ao seu encontro, enquanto o v. 2 informa que Jacó os reconhecia com mensageiros de Deus para sua vida. Sim, quem não vive pela fé não percebe que Deus envia seus anjos; antes, considera-os como acaso e coincidência, não como ação teofania (presença de Deus). 3. ORAÇÃO COMO EXPERIÊNCIA DE SOLITUDE Diante do problema que tinha para enfrentar, Jacó tomou providências estratégicas (vv. 3-12) e se dispôs a passar a noite com Deus. Ele estava com medo. Também temos medo diante de algumas situações (uma cirurgia, uma decisão, uma prova, etc.). Se não estivermos em comunhão com Deus, o medo vai nos paralisar. Jacó estava com medo, com muito medo. Achando que ia morrer, embora os anjos lhe tivessem saído ao encontro, ficou aflito. Aflito, mandou que os seus bens e queridos fossem adiante e ficou sozinho. Podemos imaginar que no v. 13 Jacó passou a noite em oração coletiva, mas que no v.24, ele orou sozinho no vale de Jaboque. A oração, podemos propor, é sempre uma experiência de vale, própria para os momentos de descida na vida. “Jacó luta sozinho com Deus. Ele não tem uma audiência; ninguém torce por ele; ninguém o ajuda. Sob o firmamento imenso e negro, a luta é entre ele e Deus e ninguém mais. Esta é a grande verdade para todos nós: Passamos a conhecer a Deus em nossos momentos mais intensos e a sós. Deus nos dá uma comunidade, da mesma forma que cercou Jacó com sua família e sua casa, e eles podem ter orado a favor dele do outro lado do rio. Para nós, a igreja é onde buscamos força ao adorarmos juntos, mesmo que os grandes momentos de percepção, convicção e poder tenham lugar entre nós e Deus, sozinhos. Ao cultivar o jardim da solitude com Jesus, encontramos solitude até mesmo em meio a uma multidão e podemos transformar a solidão em força. Começamos também na terra o relacionamento vitalício que desabrocha verdadeiramente quando morremos.” 4. ORAÇÃO COMO UMA EXPERIÊNCIA QUE DEIXA MARCAS A experiência da oração nos marca para sempre. A partir da história de Jacó no vale entendemos que: 4.1. Uma experiência de encontro A oração é uma experiência de encontro com Deus, não um encontro com o invisível, mas com um ser vivo. Por isto, a experiência de luta, para indicar confronto, batalha. A batalha de Jacó na areia do vale pode ser comparada a uma luta de sumô. Os corpos se encontram e a vitória é tirar o outro do espaço demarcado. Orar é ver Deus face a face. Temos passado por Peniel? Ou nossa oração é um conjunto de frases vagas e vazias? 4.2. O legado de uma nova identidade A oração nos lega uma nova identidadade (Israel e não mas Jacó), dando-nos uma nova personalidade (de autodependente para heterodependente). É na oração que o homem se autocompreende; fora dela, o homem vive a ilusão do egoísmo e a ilusão do poder. É pela manhã que vem o novo nome, isto é, depois de muita luta. Orar, portanto, não é aprender um monte de frases feitas sobre Deus e sobre nós. A história de Jacó nos ensina que temos o direito de pedir uma bênção, mas devemos aprender a aceitar a resposta de Deus. 4.3. A permanência de uma seqüela A oração deixa em nós uma seqüela (uma cicatriz), que é mancar. A partir daí, entendemos, como mancos que nos tornamos, que não ficamos em pé por nós mesmos. Uma vida de oração é uma vida que compreende a natureza do relacionamento com Deus. Não saímos ilesos deste encontro. 5. ORAÇÃO COMO PERDA DO CONTROLE A oração é uma luta sem fim, não contra Deus, mas com Deus e contra nós mesmos. 5.1. A passagem do controle Orar é entregar o controle das coisas para Deus. Jacó pediu apenas que Deus o abençoasse. Não disse como. O Jacó de antes impunha condições (28.20); o de agora pedia apenas a bênção de Deus. Devemos insistir (Jacó insistiu e impediu que o anjo fosse embora), mas não devemos nem podemos determinar o sentido da resposta. Não podemos controlar os termos de nosso pacto com Deus e muito menos as circunstâncias de nossas vidas. Uma vez que tenhamos afirmado que Deus é o nosso Senhor, nós pertencemos a Ele e não o contrário. É Deus quem dá as ordem e não nós. “O problema é que quando você entrega sua vida a Cristo, Ele a toma. Você não pode só emprestá-la a Ele, nem pode brincar com Ele: agora é Sua, agora é minha. As perguntas são outras: “Estou sendo sincero? Estou pronto a assumir compromissos sérios, profundos, duradouros ou só quero lidar com coisas superficiais que não exijam muito de mim? Dar a Jesus o controle de minha vida significa que confio nEle”. 5.2. A luta sem fim Orar é vigiar. A vigilância tem de ser constante. “Jacó nos mostra que precisamos fazer planos para as nossas vidas da melhor forma possível. Não devemos desperdiçar o futuro, vivendo preguiçosamente, sem participar do plano de Deus para nós. Devemos colaborar ativamente com Deus, compartilhando do desígnio dele para nossas vidas.” “Lutar é uma experiência que fortalece e que nos transforma de recrutas em veteranos na fé. Não estamos sendo fortalecidos para não sermos destruídos, mas para sermos ainda mais ricamente abençoados do que antes. Embora nós, como Jacó, andemos coxeando depois da experiência, a bênção compensa a dor.” 5.3. O prazer da companhia Orar é ter prazer na presença de Deus. Este é um prazer que deve ser sempre buscado. A oração de Jacó não foi apenas um grito de socorro, mas uma longa discussão. O encontro durou a noite inteira. Nessa discussão, trataram de coisas específicas (Ele queria ficar livrar do seu irmão).
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 04:06:23 +0000

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