Hoje, A Bola colocou Michele de Brito na capa. O Jogo e o Record não. O twitter e o facebook regozijaram com a ousadia da Travessa da Queimada, mas como ironizava o Luís Paixão Martins, se a malta que anda nas redes sociais comprasse jornais, hoje A Bola batia recordes. A mim parece-me que a discussão das capas dos jornais desportivos está cada vez mais como a discussão do serviço público de televisão: toda a gente manda postas de pescada e poucos sabem do que falam. Eu, como sei pouco de uma coisa e de outra, gosto mais de fazer perguntas. Primeira: o que é que a capa de Bola de hoje me diz que eu não saiba e que, por isso, funcione como factor de motivação para me levar a comprar o jornal? Segunda: como se conjuga uma decisão programática (fazer capa com a Michelle de Brito no dia em que ela ganhou à Sharapova) com o que devia ser uma preocupação diária (surpreender o leitor com a capa e levá-lo a comprar o jornal)? Quem souber responder às duas é um génio. E digo-o sem ponta de ironia.
Posted on: Thu, 27 Jun 2013 10:40:44 +0000
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