Hoje,mais calmo e menos alcoolizado,posso sintetizar o que foi o OCUSP,nessa uma semana de resistência. São Paulo,cidade elitista que é,precisava de algum foco de resistência libertária para não deixar o espírito de luta esfriar.No Rio e em outros estados,os trabalhadores ainda estão nas ruas,organizados e determinados nas suas causas.Aqui,pelo contrário,as pessoas voltaram à suas zonas de conforto,com seus aparelhos eletrônicos e submissão ao Deus dinheiro. Conseguimos realizar 2 aulas públicas e um bate papo com um guru Hare Krishima,estávamos tendo uma relação de mútuo respeito e solidariedade com a população que transita e trabalha na região da Sé.As aulas foram excelentes,com interação dos participantes ... estava tudo indo muito bem,até que ... o medo apareceu. Grupos organizados em defesa do nazi-fascismo e da violência contra militantes libertários começaram a rondar e ameaçar a ocupação.E conseguiram assim,desmotivar a resistência,criar um clima de tensão e de desrespeito entre os próprios acampados. Isso foi o suficiente para fazer com que toda a semana de construção fosse pro ralo,sem que as pessoas se dessem conta de que era justamente esse o propósito desses grupos,CALAR A NOSSA BOCA. Na tarde de sábado,fizemos uma assembleia e alguns queriam ainda permanecer acampados,mesmo com a eminência de um ataque covarde dos nazistas e fascistas,mas acabou que eu fiquei sozinho com minha barraca na praça João Mendes,até que veio o Fabián e me convenceu a ir pra casa. Não tenho nenhuma expectativa de evolução nessa cidade proto-fascista.Aqui os sindicalistas pelegos e os engenheiros sociais conseguiram aparelhar todas as frentes de lutas e qualquer tentativa de autonomia vai ser alvo de represálias,tanto desses grupos citados acima,como da máquina do estado,dos partidos,das ongs ... em suma,aqui não há lugar para liberdade de organização. SÃO PAULO É TERRA DE SINHÔ,EM PLENO SÉCULO 21.
Posted on: Sun, 21 Jul 2013 11:39:21 +0000
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