Hoje, pela manhã, quando eu postei o comentário sobre a - TopicsExpress



          

Hoje, pela manhã, quando eu postei o comentário sobre a entrevista da Xuxa, um velho amigo me disse que havia recebido um adesivo para colar no vidro do carro. E esse adesivo dizia o seguinte: JK - PROCURA-SE OUTRO. É, meu amigo, estadistas são raros. Tivemos poucos. Muito poucos. Juscelino foi um deles. Era grande nas ideias para o seu país. Anteviu e construiu Brasília, para desenvolver e desbrravar aquela parte central do Brasil, naquela época, tão esquecida. Era correto nos pensamentos e nas ações. As duas coisas se encaixavam e a isso se chama COERÊNCIA ! Bem ao contrário daqueles que pensam uma coisa; dizem outra e acabam fazendo diferente de tudo, nos deixando sem rumo e sem saber o que dizer e fazer. Quando ele construiu Brasília, cercou-se de gente competente e honesta. Os roubos que aconteceram, foram obra de oportunistas mal intencionados. Enriqueceram - alguns - mas nem se comparam aos ladrões com os quais somos obrigados a conviver hoje em dia. Comparados com os de agora, os da construção de Brasília eram trombadinhas. Juscelino nos deu inúmeras demonstrações de grandeza de ideias. Foi ele quem implantou no Brasil a indústria automobilística. Só cometeu, nessa implantação, um grande erro. Abriu mão das estradas de ferro em favor das rodovias. Foi uma imposição do poderoso cartel das montadoras. Até hoje sofremos as consequências dessa decisão. Nossa malha ferroviária foi - literalmente - sucateada. Uma lástima e um prejuízo enorme, de difícil recuperação, para nosso país. Mas a indústria automobilística gerou milhões de empregos e, de certa forma, ajudou na modernização do Brasil. Ele dizia sempre que nos seus cinco anos de governo, deveria tirar o atraso de cinquenta ! "Cinquenta em cinco", era o seu lema. Os tempos eram outros mas ele conseguiu, com a sua eloquência e liderança, impregnar de entusiasmo e espírito desbravador milhares de brasileiros dos mais diversos cantos do país, que ajudaram a construir uma nova Capital. Pensou grande e agiu maior ainda. Misturava-se com os "candangos", apelido dado aos que construíram Brasília. Andava a pé e dormia em construções de madeira, durante as visitas que fazia a Brasília, ainda em construção. Era um homem simples e de origem muito humilde. Sua mãe costurava pra fora para sobreviver. Nem por isso ele se deixou inebriar pelo poder que depositaram em suas mãos. Foi humilde, digno e honesto. Sabia falar. Sabia escrever. Sabia se expressar de um modo que todos o entendiam e seguiam as suas ideias. Um dia, em uma de suas viagens, houve um jornalista que estava querendo embarcar no avião presidencial para cobrir a inauguração de uma obra mas estava elevado grau de embriagues. Os seguranças tentaram detê-lo mas Juscelino, com serenidade, autorizou o embarque dizendo: -"Deixe-o embarcar, senão vão dizer que eu sou preconceituoso. A vergonha é dele e não nossa". O jornalista embarcou. Durante a missa de inauguração de Brasília, chorou de emoção e não escondeu as lágrimas. Tinha bom coração, o homem. Esse sim era um estadista na acepção da palavra. Se vivo fosse e se candidatasse à Presidência da República, ganharia com esmagadora maioria de votos. Era um democrata. Fez acontecer. Ajudou o seu país a crescer. Nos deixou um legado. Nós acreditávamos nele. Hoje, não dá para acreditar em quase ninguém. Quando do embarque do seu corpo, no aeroporto Santos Dumont, no Rio, com destino a Brasília, onde repousa, o povo que acompanhava o cortejo cantou uma pequena canção de sua autoria - O PEIXE VIVO - que diz assim: "Como pode o peixe vivo Viver fora da água fria ? Como pode o peixe vivo Viver fora da água fria ? Como poderei viver ? Como poderei viver ? Sem a sua, sem a sua Sem a sua companhia ?.... JK - PROCURA-SE OUTRO Vamos ver se encontramos. Está difícil. Boa noite, a todas e a todos.
Posted on: Mon, 01 Jul 2013 21:10:45 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015