"Hoje quero me dirigir, exclusivamente, aos agentes de viagem. Passeando pelo Facebook e por blogs me deparei com um intenso e vibrante debate sobre as OTAs (Online Travel Agencies ou Agência de viagens online), ou melhor, sobre a facilidade que essas empresas têm tanto na promoção direta ao público, como nos eventos dos agentes de viagem. O que sinto é que a concorrência desleal é clara e notória em muitos aspectos. O primeiro e mais gritante foi a divulgação do preço. Promoviam um valor e depois vinham as taxas, quase uma faca Ginsu ao contrário. No caso das facas você ia ganhando produtos. No caso da OTAs você vai ganhando taxas – mais uma taxa de embarque, mais uma taxa de emissão e mais….e mais… – e percebe que o preço final era bem maior que o divulgado. Mas com isso se ligaram ao consumidor e garantiram que o mais barato é pela internet. MENTIRA !!! Foi preciso ações jurídicas para poder se igualar em preços. Mas não para por ai, são regras de selvageria de mercado sem nenhuma regulação por parte dos poderes que deveriam garantir no turismo qualidade, emprego e renda para os que atuam na área. Uma massa de mídia e de facilidades tributárias que nunca ocorreu em nosso mercado. Vejam o caso desses sites de hotel. A reserva é feita, garantida, paga lá fora e nada fica aqui. Nada. Nenhum um posto de trabalho. O passageiro não percebe que lá vai pagar em moeda estrangeira, com cartão e os IOFs da vida e ainda a vista. Seria leviano de minha parte querer falar de todos os males desse novo processo e seria mais leviano ainda querer garantir mercado cativo para nós, agentes de viagem e operadores. Mas temos que ter isonomia de competitividade e ainda apoio do governo e de nossas associações representativas. Seria o mínimo para darmos sustentabilidade ao segmento de agenciamento, que deve gerar bilhões de dólares por ano e milhares de empregos para nosso país." Por José Zuquim
Posted on: Fri, 09 Aug 2013 17:40:55 +0000