Hoje é meu dia, embora já seja noite, hoje é dia da Alê, amiga - TopicsExpress



          

Hoje é meu dia, embora já seja noite, hoje é dia da Alê, amiga querida, hoje é dia do Tio Lúcio, amado e dia do Pai José. E se eu sou leonina. Amo coisas que são da vida, simples como jabuticaba no pé. Então! Escrevi. E confesso que tenho preguiça às vezes de ler coisas compridas. Mas quis publicar assim mesmo. Prá registrar na minha linha do tempo e agradecer todos os amigos especiais que lembraram do meu dia. Obrigada. A minha maior riqueza são os amigos. Aí vai: A loucura é uma tempestade entre a alma e a realidade. Às vezes me vem um sonho, desses que a gente dedilha na tampa das mesas Pudera eu ser feita de pedra de canto de passeio, alheia ao resto da história As manhas, que como, são especialmente torradas Esses destemperos me atraem Põe noção na desordem da minha alma Estou para o abismo na estrada Meus olhos são de poentes desarranjados Não acredito em poesias que duram um estudo Vivo dependurada na incredulidade Balançando pernas como criança Atitudes embaraçam-me o pensar A chuva que vem de mim não molha Uso olhos de guardar pessoas Encarceradas em mim feito oração O que ilumina a alma são suas chegadas Amo os ventos em meu sentido Deito pó em qualquer estrada As crianças tem consistência de uva Suspiram-me Campos de morangos têm gosto de para sempre Vivo entre dois mundos Mas prefiro estar onde possa flutuar Aqueço minhas mãos em olhares de gatos e pessoas com sofrimento Porque são amaldiçoadas desde muito Pequenos tristes despedaçam minhas canções Coleciono pastilhas azuis da torre da igreja Que caem derribadas de chuvas e vendavais Carregam orações de sonhar, desejar, saudar e doer Por isso tem permanência em meus vasos, oratória e caixinhas antigas As flores dão devaneio Colorem pétalas das coisas que não pude Anjo da guarda é minha sombra Gentileza delicada de vigiar minhas entradas e saídas Adoro, e lembro-me de bolinhas brancas em vermelhas sombrinhas Desmancho minhas tristezas com dedos enroscados no cabelo Para lambuzar sorrisos, miro sonetos O que bebo feliz são vinhos com pouco agreste Espelhos são atraídos se me veem As esquinas de pôr de sol como destino são embaladas em letras dourado-azuladas Para fazer uma leveza com palavras Cantigas são como ninar a madrugada Disponho de catracas para liberar realidades Se estiver só, penso sanatório Divido cada coisa em tempos separados Que tiro sem ter pudor: que para mim desde “sempres” , quer dizer ter vergonhas da gente mesmo Minha menina está repartida Cresce em árvores solitárias Engrandecida com milharal e lua Perdida como doninha com cara de todo dia Não devia parar Sempre penso em amarelo vespertino Porque as coisas que se deixam ver Vislumbram do coração Despedidas são jardins secretos E segredos são como palavras que pousam no ar....
Posted on: Mon, 12 Aug 2013 01:23:56 +0000

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