Homens armados atacaram vila no centro de Moçambique um dia após - TopicsExpress



          

Homens armados atacaram vila no centro de Moçambique um dia após Renamo ter posto fim ao acordo de paz de 1992 com o governo Ao amanhecer do dia de ontem, homens armados do movimento que lidera a oposição ao governo moçambicano, tomaram de assalto a vila sede do distrito de Marínguè, na província de Sofala, tendo como principais alvos o Comando Distrital da Polícia - local onde se encontrava estacionado um contingente da Força de Intervenção Rápida (FIR) - e o edifício do governo no distrito. Relatos que chegaram do local informam que as forças de segurança abandonaram os seus postos assim que os alegados homens da Renamo abriram fogo. Não se registaram, por isso, quaisquer vítimas mortais em consequência do assalto. O CanalMoz (publicação diária online do semanário Canal de Moçambique) avançou que, entretanto, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) ocuparam a vila após o ataque e numa altura em que a população local está a fugir para a localidade de Macossa, na província vizinha de Manica. De acordo com a mesma fonte, o exército moçambicano contou com o apoio de tropas do Zimbabué. Na segunda-feira, uma operação conjunta das FADM e da FIR ter tomado a base da Renamo na região montanhosa da Gorongosa, no centro de Moçambique, onde o seu líder, Afonso Dhlakama, se encontrava aquartelado há pouco mais de um ano. A ofensiva das forças governamentais, levou a Renamo a declarar o fim do tratado de paz assinado em Roma, em 1992, e que pôs fim a um sangrento conflito civil que se prolongou por 16 anos e causou a morte de cerca de um milhão de pessoas. Dhlakama conseguiu escapar ileso aos bombardeamentos que começaram por volta das 13 horas de segunda-feira, encontrando-se agora escondido num local que, por razões de segurança, a Renamo não quis revelar. No quartel de Sadjundjira viviam entre 200 a 300 pessoas, segundo disse ao Público Jeremias Langa, director do jornal moçambicano O País. Langa adiantou que repórteres do seu jornal tinham acedido ontem à base da Renamo com as forças armadas moçambicanas, constatando que não havia vítimas entre os escombros das instalações fortemente fustigadas pelos militares no dia anterior. A atitude irresponsável do comandante-geral das forças de segurança põe fim ao tratado de paz, disse à AFP o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, referindo-se ao Presidente da República, Armando Guebuza, que, não muito longe do lugar onde ocorria a invasão do quartel, iniciava uma Presidência Aberta e Inclusiva, há muito aguardada, na esperança de que viesse contribuir para um alívio da tensão político-militar dos últimos meses. Entretanto, o ex-número dois da Renamo, Raul Domingos, afirmou ontem que o país vive uma situação de guerra não declarada, considerando que Afonso Dhlakama poderá contra-atacar. Atrevo-me a dizer que conheço muito bem Afonso Dhlakama: alguém que, quando é atacado, como o fizeram na sua casa, que eu nem chamo base, mas casa, se sente obrigado a atacar, disse. Apesar da denúncia do acordo de paz, os 51 deputados da Renamo não abandonaram o parlamento, e Mazanga tem multiplicado os apelos para que os responsáveis governamentais não permitam que a actual crise devolva o país a uma situação de confronto civil. Por sua vez, o governo tem acusado repetidamente a Renamo de conduzir ataques contra as suas forças de segurança, obrigando o exército a responder. Após o fim da guerra, a Renamo manteve uma pequena força armada de cerca de 300 homens, que continuaram a manter uma organização e disciplina militar, isto apesar de vários esforços do governo para integrá-los no exército ou nas polícias. Moçambique atravessa actualmente o período mais crítico desde 1992, faltando menos de um mês para as eleições autárquicas que a Renamo já ameaçava boicotar, em protesto contra a actual composição dos órgãos eleitorais, que diz serem favoráveis à Frelimo - partido que mantém a maioria no parlamento desde a independência do país, em 1975.
Posted on: Sun, 03 Nov 2013 12:31:42 +0000

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