Hospital Pérola Byington diz que 7% dos funcionários aderiram à - TopicsExpress



          

Hospital Pérola Byington diz que 7% dos funcionários aderiram à greve Diretora diz que atendimento é normal; funcionários e pacientes negam. Sindicato ocupa plenário da Assembleia e busca reajuste salarial. A greve na rede estadual da Saúde afeta 7,4% dos funcionários da Hospital Pérola Byington, na Bela Vista, em São Paulo, de acordo com a diretoria da unidade. O hospital afirma que os grevistas pertencem à área administrativa e "não causam nenhum problema" ao atendimento. Entretanto, o G1 esteve na tarde de quarta-feira (5) na unidade e ouviu reclamações de pacientes. A paciente Lúcia Helena Amorim, tinha agendado um procedimento cirúrgico às 13h, ainda esperava atendimento às 17h20. "Acho que a demora é por causa da greve, nunca demorei tanto para ser atendida", disse. A diretoria informou que esse era um problema pontual que não tinha a ver com a greve. "Tem que preparar a sala, liberar leito, o hospital tem um procedimento. Pode atrasar, mas não é por causa da greve", afirmou a médica Faride Amar Cohen, membro da direção. Outra paciente que aguardava para que o filho realizasse exames, esperava havia duas horas, mas não reclamou. "Tinha gente aqui falando que esperou quatro, seis horas", contou. Uma das enfermeiras do hospital, que preferiu não ser identificada por medo de represálias, afirmou que atrasos eram anormais. "Não é comum a espera. O agendamento de procedimentos que não são emergenciais não está sendo feito", disse. A direção do hospital nega. Logo na entrada do hospital, há uma faixa informando o estado de greve. Uma médica disse que nenhum dos profissionais de medicina cruzou os braços. "Todos os médicos estão trabalhando", afirmou. Uma auxiliar de enfermagem explicou que os médicos de fato não aderiram à greve. "Eles se consideram outra classe, não precisam exigir o que queremos." No entanto, ela e um grupo de mais sete enfermeiros confirmaram que estão sem atender casos que não sejam urgentes desde 6 de maio. "Se a pessoa vem fazer um papanicolau, não atendemos. Se ela precisa de uma colposcopia, é claro que vamos atender", disse uma delas. "A greve é para o público, para que tenham bons profissionais em condição de atender. É uma greve branca, não vamos omitir socorro, mas estamos sim em estado de greve!", completou. Ao mesmo tempo, a diretoria do hospital garantiu que os atendimentos estão acontecendo. "O ambulatório está fazendo de 350 a 400 atendimentos por dia. Está tudo normal", afirmou Dra. Faride. Atendimento no estado O sindicato não divulgou uma estimativa do total de funcionários da rede que aderiram ao movimento. Entretanto, afirma que na capital cerca de 20 unidades do estado têm funcionários em greve. Além do Pérola, um dos citados é o Hospital do Mandaqui, na Zona Norte. O G1 esteve no Mandaqui na tarde de quarta. No local, o único sinal de greve são as duas faixas colocadas na área externa do complexo hospitar. O anúncio da paralisação que começou em 1 de maio é visível aos pacientes, mas funcionários e o usuários do sistema de saúde ouvidos pela equipe de reportagem afirmaram que o atendimento ocorria normalmente. De acordo com o sindicato que representa a categoria, o SindSaúde-SP, o movimento é tranquilo nas instituições porque os usuários já estão informados sobre a greve e só procuram atendimento em casos de urgência. Reivindicações Entre as reivindicações dos trabalhadores, que estão parados desde 1º de maio, estão a reposição salarial de 32,2%, vale-refeição de R$ 26,22, prêmio de incentivo igualitário e transparência no uso da verba do Fundo Estadual de Saúde (Fundes). A Secretaria da Saúde do Estado disse que considera inaceitável que o atendimento possa ser interrompido e afirmou já estar organizando um mutirão. Segundo a pasta, o movimento atinge, parcialmente, quatro das 203 unidades básicas de saúde do estado. Ainda de acordo com a Secretaria, em muitos casos os servidores se reúnem para uma pequena manifestação na porta das unidades e depois voltam ao serviço normalmente. Em outras unidades, os sindicalistas tentam impedir a entrada dos pacientes. A orientação da pasta é que os pacientes não se intimidem com a ação dos sindicalistas e entrem nas unidades, onde os médicos trabalham normalmente. A secretaria disse estar negociando com a categoria, mas que vai começar a considerar faltas de quem aderiu à paralisação, o que pode ter impacto negativo sobre o salário dos funcionários. A pasta afirmou ainda que, em 2011, o governo do Estado aprovou um novo plano de cargos e salários para a categoria, resultando em aumentos salariais entre 9% e 40%. No ano passado, um novo aumento, de 7%, foi concedido juntamente com um reajuste de 100% no vale-refeição dos servidores.
Posted on: Thu, 06 Jun 2013 11:17:55 +0000

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