Há de admitir que se está quebrado. Confuso e distorcido. - TopicsExpress



          

Há de admitir que se está quebrado. Confuso e distorcido. Maculado, violado, rechaçado. Só. Silencioso, inquieto. O sentimento do ganiçar depois de uma gargalhada, pré-depressivo, pós-estrutural. Há de convir que já não sorri das mesmas coisas que faziam rir. Que se chora mais fácil, que se abraça menos, beija menos, goza menos. Que o mijo já não acerta a água do vaso com a força de antes. Que se grita menos, se esforça menos. Há de contar as histórias de sempre como quem esquece, de propósito, os detalhes dolorosos. Estes, os detalhes de dor, clímax em toda narração. Há de concordar que os amores sempre partem no fim. E o que se esconde é que nunca é realmente o fim. Bate cabeça, chuta pregos, esmurra facas bem na ponta e é bom saber que isso tudo, isso de tentar é pra sempre.Só para alguns. Lê poesia, vê teatro, beija amigo em rosto, anuncia a liberdade da própria expressão, balbucia palavra de ordem e paz. Há de contar mais mentiras e menos palavras. Abusa da memória. Abusa do toque. A primeira namorada que lhe fugia mentalmente e negava o seio por meio do medo telepata, hoje, na primeira hipótese, já se desfaz da roupa como se rói de ossos o faminto. Já não se é mais o mesmo e os ignorantes tendem a agradecer o desfecho feliz do inerte. A prepotência, quando correta, só desfaz o caráter e a esperança. Espera que se foi com o jovial desenlace do peito, hoje um puro nó velho de escoteiro; já não se sabe se é do vazio e da ausência, ou da presença pura e simples de saudade do todo, da saudade de tudo, da saudade de alguém(ns).
Posted on: Tue, 15 Oct 2013 06:57:17 +0000

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