Há muitas maneiras de se chegar ao poder. Em uma democracia há - TopicsExpress



          

Há muitas maneiras de se chegar ao poder. Em uma democracia há eleições em que as forças envolvidas fazem um acordo de respeitarem a vontade do povo expressa em eleições periódica. Mas as vezes algumas forças envolvidas na disputa ao se verem na impossibilidade de alcançar o poder dentro dessas regras apela para outros caminhos. Um deles é o GOLPE. Uma ação de subversão onde se derruba ilegalmente um governo legítimo. O bom golpista planeja com antecedência suas ações, mas deve também estar preparado para se agarrar às oportunidades. Desde segunda feira (17) vem ficando cada vez mais claro que há um golpe sendo preparado no país. Vamos a um passo a passo: 1. Todos aqueles envolvidos nos movimentos sociais sabem que não é prática da grande mídia cobrir manifestações populares. Na semana anterior a mesma mídia havia pedido rigor das autoridades no enfrentamento dos "baderneiros". Mas no dia 17 centenas de milhares de pessoas foram às ruas lutando pela redução de tarifas de ônibus e contra a violência policial instigada pela própria mídia. É então que a mídia (uma força política de oposição), especificamente a Globo percebe a oportunidade. 2. Milhares de jovens se manifestando, convocados pelas redes sociais e sem lideranças definidas, sem carro de som. Ora, uma manifestação puxada por sindicatos, partidos, associações, etc não pode ser cooptada justamente por ser organizada, mas e uma massa de pessoas sem um roteiro bem definido, sem um carro de som que os oriente, sem uma programação, sem saber até que horas vai a passeata? Bingo! Essa é a oportunidade. 3. Começa a preparação para o golpe. A Globo dá uma cobertura às manifestações que jamais havia dado e começa a afirmar que a manifestação não é só contra o aumento do ônibus, muito menos contra a violência da polícia tucana de SP. Não são só 20 centavos diziam os manifestantes, de fato não era, mas a Globo completa por conta própria a frase: É contra a corrupção, contra os políticos, contra tudo que está aí. 4. A Globo começa a convocar para as manifestações (algo inédito) e na sua cobertura vai pinçando as cartolinas que mais lhe interessa e lança seus gritos de guerra " Vem Pra Rua". Pra que mesmo? O plano é: Primeiro o povo na rua, depois a providenciamos as pautas. 5. E o povo foi, muitos pela primeira vez. Atores globais foram (não poderiam faltar), jovens foram. E a Globo enaltecendo o ato de protestar. Contra o que mesmo? 6. No rastro das revoluções coloridas promovidas pela CIA ao redor do mundo a "primavera" brasileira é a revolução da cartolina. Que lindo! milhares de cartolinas e o barato é ficar lendo cada uma. 6. Dia 20 é o ápice (até agora). Próximo passo: Depois de convocar mais gente para as manifestações dizendo hora e local o dia todo e de incentivar a profusão de cartolinas com as mais variadas pautas, é hora de retirar as pautas iniciais e os atores iniciais da jogada. Aí entra a outra tática: A força bruta. 7. Mas a Globo não pode ir para dentro da passeata e retirar os comunistas, petistas, a UNE e outros movimentos que estavam desde o início. Mas os grupos fascistas e nazistas podem. É assim que essa turma sai das catacumbas para as ruas. "Sem partido" e da-lhe porrada. Acho praticamente impossível que essa ação não tenha sido nacionalmente planejada, dada a sincronização com que ocorreu. 8. Pronto, a esquerda está fora, sobraram os fascistas e a Globo é claro comandando as manifestações de fora e é assim que uma massa de jovens idealistas e progressistas fica a mercê de grupos fascistas e da Globo. 9. Mais e aí, como a Globo pode usar essa massa de gente pra tomar o poder? 10. Violência. Para subverter a ordem é necessário mostrar que já não existe ordem. Quase todos os golpes de estado se dão depois de um período de desordem, onde alguma instituição, geralmente as forças armadas intervêm para restabelecê-la. Ora, uma massa de gente andando sem ter uma liderança, um carro de som como referência, sem alguém que faça algum discurso e que dê algum direcionamento, sem programação, todos em frente a algum símbolo de poder é um caldo de cultura excelente para a violência, afinal, a única coisa que pode chamar a atenção dos manifestantes é algum tipo de confronto. A violência e o vandalismo é incitado pelos grupos fascistas e depois de começar é fácil achar arruaceiros para depredar e bandidos comuns para saquear. Agora vão o que penso que serão os próximos passos: 11. A Globo continua a convocar as manifestações. 12. O Fora Dilma vai sendo massificado a fim de se tornar a palavra de ordem unificadora. Perceberam? Inserem-se dezenas de reivindicações, retiram-se as reivindicações avançadas, ficam só as conservadoras e aí unificam-se todas numa só: Fora Dilma. 13. A violência continua e o objetivo claro é arranjar alguns cadáveres, especialmente se forem de jovens mortos pela polícia porque da mesma forma que as marchas foram potencializadas pela ação da polícia de SP mais mortes de manifestantes poderiam repetir o efeito. Uma espiral de violência, esse é o objetivo. 14. Contatos com autoridades dispostas a participar da trama (se é que já não foram feitas), afinal, os irmãos Marinho não podem simplesmente sentar na cadeira presidencial. Os candidatos são a linha sucessória: o vice presidente, o presidente da câmara (ambos do PMDB) e o presidente do STF, além de militares, é claro. 15. O golpe do Paraguai deve ser o paradigma. Um golpe sem envolvimento direto de militares, mas com seu aval. Mas haja vista a ojeriza aos políticos incentivada pela mídia e à campanha pró Joaquim Barbosa que já circula há tempo na Internet é possível que alguém esteja pensando numa manobra via STF. 16. Pronto. Povo nas ruas, desordem e autoridades dispostas a participar da trama. Só falta dar o golpe propriamente dito. Faltou combinar com o outro lado, nós no caso. Não creio que o golpe prospere. O movimento social no Brasil é quase que totalmente progressista e muito forte, as forças armadas não dão sinal de tendencias a entrar em aventuras, assim como a maioria dos partidos, afinal, pode sobrar pra eles também, como aconteceu em 64. Os ministros do STF podem ser conservadores, mais não são malucos. Mas principalmente, a presidenta já deu a linha da sua atuação daqui para frente. Ao invés de simplesmente enaltecer os feitos dos governos populares apontou para um novo rumo para seu governo, Isso vai animar a militância e o povo como um todo. Além disso na hora em que o povo perceber que suas conquistas estão ameaçadas a reação será devastadora. Acho que a mídia entrou em uma aventura que só demonstra o quanto esses caras são inconsequentes. Patrimônio público e particular está sendo depredado e saqueado, pessoas estão se ferindo e duas já morreram e tudo isso não vai lhe render nenhum fruto, além do ódio do povo quando tudo estiver esclarecido. Deveriam parar com essa brincadeira e evitar mais danos ao país.
Posted on: Sat, 22 Jun 2013 22:53:23 +0000

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