Há um réu escondido na criminosa operação de esvaziamento da CPI dos ônibus proposta por Eliomar Coelho na Câmara do Rio: o alcaide Dudu Paes. Foi dele, no primeiro momento, a ordem para que sua bancada assinasse o requerimento inicial, já se organizando para a fase decisiva: a do controle para que nada se apurasse nas investigações, visto que a Prefeitura, concessionária das linhas, seria o alvo principal na denúncia de cumplicidade com o cartel que nenhum inseticida de barata tem força para extipar. A indicação de Uoston e Brazão, que não assinaram o requerimento por estarem entre os supeitos que têm necessidade prévia de comprovar inocência, e a quebra de tradição com a não indicação do autor da proposição para a presidência dos trabalhos, só têm um objetivo: fazer com que a CPI se estenda e termine sem denúncia de crimes ou ilegalidades nesse corrompido setor, permitindo aos que recebem a mesada da Fetransport continuarem a manter essa fonte espúria de renda. Mas a reação popular, através da resistência dos que ocuparam o plenário, já deixa claro que o crime organizado, no mais das vezes impune nos porões do legislativo, dessa vez vai se dar mal.
Posted on: Sat, 10 Aug 2013 00:15:12 +0000