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INFORMAÇÕES ESTADUAIS Canoas inaugura presídio sem grades no ano que vem O trabalho de convencimento da comunidade de Canoas para a implantação do primeiro presídio com método Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) na cidade foi longo. Durante mais de um ano, audiências públicas e encontros foram realizados no sentido de informar sobre como funciona a detenção que não possui grades. Por mais estranho que pareça, o modelo foi muito bem sucedido em outros estados e países, aumentando continuamente o número de construções. Somente em Minas Gerais, já são 33. A previsão é de que a de Canoas, em uma área de dois hectares no bairro Guajuviras, esteja pronta no início do próximo ano e tenha capacidade para 120 pessoas. Apac, entidade que administra o método, aposta na corresponsabilidade dos detentos pela sua recuperação e na assistência espiritual, médica, psicóloga e jurídica, prestada pela comunidade local. Além disso, o custo para manter uma pessoa é equivalente a um terço do valor gasto em uma cadeia normal. Isso porque os funcionários são todos voluntários, e o detento também trabalha para pagar uma parte dos seus gastos. Outro detalhe curioso é que as regras são controladas pelos próprios presos. A estimativa é de que a obra custe R$ 4 milhões, paga com verba estadual e alguns convênios. O objetivo do grupo é iniciar 2014 com o local pronto. Depois disso, é preciso realizar o treinamento de alguns presos, que viajarão para Minas Gerais para conviver com os educandos de lá e voltarão como lideranças. Modelo é indicado para no máximo 10% dos apenados, afirma juiz. Para Sidinei Brzuska, juiz da Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre, o método Apac é muito benéfico para as pessoas que tomaram a decisão de abandonar a vida do crime, o que representa cerca de 5% a 10% dos detentos. Segundo Brzuska, no Estado, existem cerca de 30 mil presos, então, se poderia ter até três mil pessoas nesse modelo. De acordo com o juiz, o controle é muito superior ao dos presídios comuns, porque, no sistema tradicional, o controle se dá de fora para dentro, com uma guarda externa. Já no método Apac, é interno, feito pelos próprios detentos. “As pessoas que aderem se sujeitam às regras coletivas. Ninguém aceita ser prejudicado pelo outro”, explica.
Posted on: Mon, 23 Sep 2013 16:51:27 +0000

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