Impressões do Dr. Hermínio no livro "Alquimia da mente" LIVRO " - TopicsExpress



          

Impressões do Dr. Hermínio no livro "Alquimia da mente" LIVRO " ALQUIMIA DA MENTE" - HERMÍNIO C. MIRANDA Cap. I Convite Mergulhado no que se poderia caracterizar hoje como crise existencial depressiva, Hamlet conversa consigo mesmo sobre a possibilidade do suicídio. A grande questão naquele momento está em ser ou não ser. Valeria a pena suportar as aflições com dignidade ou armar-se para combater o mar de dificuldades até vencê-las? E a morte? Que seria mesmo? Apenas um sono e nada mais? Estariam terminadas as angústias do viver? Morrer e dormir, tudo bem, mas seria um sono sem sonhos? Aí estava o problema. Se sonhos havia, que sonhos seriam? Como saber se, depois de cruzada a fronteira da morte, ninguém voltara para dizer como eram as coisas lá? Não seria melhor suportar as mágoas que já conhecemos do que saltar ao encontro das que ignoramos? O solilóquio é mais hamletiano, contudo, do que shakesperiano, ou seja, do personagem, de vez que o autor não parece nutrir tais dúvidas. Suas peças estão povoadas de fantasmas, de volta ao cenário terreno, depois de haverem atravessado a fronteira do desconhecido. Seja como for, a questão não consiste em ser ou não ser, já o somos. E seremos sempre, quer se aceite ou não na continuidade da vida após a morte do corpo físico. Adotei, neste livro, outra opção especulativa, sem excludências - a de ser e estar, que se substantiva na dicotomia permanência/ transitoriedade, compatível com uma realidade de há muito percebida, mas que somente agora começa a se difundir, isto é, a de que temos uma parte do ser mergulhada na matéria perecível e outra, bem mais ampla, na sutileza atemporal da realidade cósmica. Para acompanhar-nos nessas reflexões estão convidados todos os hamletianos disponíveis. afinal de contas, nada terão a perder, senão as suas dúvidas...
Posted on: Wed, 10 Jul 2013 01:45:27 +0000

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