Interessante a postura do PMDB, que agora defende a redução do - TopicsExpress



          

Interessante a postura do PMDB, que agora defende a redução do número de ministérios. Provavelmente, alguns foram criados, exclusivamente, para poder abrigar os apaniguados e afilhados políticos das agremiações partidárias, de todas as siglas, sem exceção, muito provavelmente, salvo as de oposição, é claro. É de se perguntar por que, à época, não se insurgiram com a medida? E afinal, não fazem parte do governo? Foi bom enquanto lhes atendeu a ambição por cargos, para apadrinhar e agasalhar seus filiados e afilhados, e, agora, não? Mudaram de opinião, assim, repentinamente, em seguida às mobilizações populares? Comportamento muito peculiar aos políticos, que dançam conforme a música, optando sempre por aquela que mais lhes atende os interesses particulares. Vê-los agora com uma conduta diametralmente oposta à que levou à ampliação dos ministérios, é, no mínimo, incoerente, falta de memória ou pura demagogia. Aposto todas as fichas disponíveis na última opção. Oportuno, portanto, e o faço até com certa indignação, branda e pacífica, indagar-se que serviços prestaram tais ministérios, ao país, durante tantos anos, quanto custou a sua manutenção, e, que partidos se beneficiaram e se locupletaram com a divisão de cargos e as outras sinecuras. Fazendo-se uma rápida avaliação sobre o desempenho de alguns órgãos públicos, ligados aos diversos ministérios, vai se chegar à conclusão óbvia, que pouco acrescentaram aos interesses nacionais. Ou seja, custaram muito ao contribuinte, deram empregos a muita gente, algumas, certamente, nem tão merecedoras, com o único crédito a seu favor, provavelmente, de pertencerem a esta ou àquela instituição partidária, a este ou àquele grupo político. Ouso desafiar a qualquer governante, que nomine, sem precisar colar, obviamente, o nome completo dos ministérios e de seus ocupantes e que raios de serviços prestam ao povo. Nem se precisa alongar muito a conversa. Tome-se, apenas, por exemplo, os ministérios mais conhecidos, e, aqueles que, direta ou indiretamente, mais afetam a vida dos contribuintes. Temos boa educação? Pelos índices que são veiculados, pela mídia, aqui e ali, o Brasil ainda é detentor de uma das piores avaliações, até mesmo entre os países sul-americanos, para sermos mais justos, sem compará-los aos do primeiro mundo, embora, alardeie-se, como efeito político, que já somos hoje a 7/8ª. economia mundial. Se falarmos em termos de saúde, torna-se, até mesmo difícil, definir os parâmetros e as referências pelas quais possamos aferir a qualidade da saúde que é oferecida à população, sem corrermos o risco de sermos injustos. Mas o fato é que, independente desta ou daquela análise, a saúde no Brasil é um caos generalizado, um caso de polícia, incompatível com a riqueza do país e a posição que desfruta internacionalmente. Há outras pastas que o cidadão comum nem desconfia que existam, ou, produzam algum efeito de maior impacto para o seu bem-estar. Não é o número de ministérios que faz a diferença. Mas, sim, o planejamento que se lhes dá e as políticas que são adotadas. E olha que estamos falando, apenas, do básico, ou seja, unidades hospitalares com médicos, leitos para atender os pacientes, em especial aqueles com patologias emergenciais, ou, que demandem cuidados especiais, sem falar que, às vezes, não existem nem as condições mínimas para uma parturiente dar a luz, ou ter seu sofrimento amenizado, equipamentos e até mesmo medicamentos, ou, até mesmo morrer com dignidade; há registros veiculados pela mídia, de casos, em que faltam itens simples, o trivial, para os primeiros socorros. Não seria mais coerente e racional que se investissem mais recursos nos ministérios dos quais a população é mais dependente, e, que são prioritários para a boa formação dos jovens e por melhores condições de vida, em geral, do que desperdiçá-los em áreas menos importantes e sem tanto efeito sobre o social. Verdadeiramente, o Brasil precisa rever, urgentemente, de que forma são gastos os recursos arrecadados pelo Governo, na forma de impostos, encargos e tributos recolhidos pelos assalariados, que é o que efetivamente paga a conta, sem falar nas obrigações indiretas que incidem sobre os bens que consume. Portanto, continuamos sendo um país injusto, que arrecada trilhões de reais, mas que dá um retorno sofrível, que ainda muito deixa a desejar, se levarmos em conta as necessidades primárias do cidadão. É chegada a hora de rever certos conceitos, de o governo não se submeter tanto à chantagem e pressão dos parlamentares em busca por cargos, sem os quais, não lhe dá sustentação, criando-se um círculo vicioso, longe de ser virtuoso. É destas mesquinharias, do descaso, da falta de pudor com o dinheiro público, que precisamos nos safar. Que os políticos entendam que já são regiamente pagos e devem trabalhar em benefício do povo, e não ficar olhando para o próprio umbigo e de como se aproveitar da fragilidade das nossas instituições, em proveito próprio. O parlamentar não está no exercício de suas funções para enriquecer, ter vantagens espúrias e incompatíveis com a ética. Deve trabalhar pelo e para o povo, sem exigir nada da administração pública, a não ser moralidade na condução das políticas governamentais, fiscalizando-as, que acaba por desviar recursos públicos para lhes satisfazer a ganância de seus egos inflados e a sede de poder. Deve trabalhar pelo bem do país, e não para desfrutar de vantagens pessoais ou quaisquer outros favores indecorosos.
Posted on: Sat, 20 Jul 2013 12:34:21 +0000

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