Internet o ópio da massa! Para pensar. Com o surgimento da internet, nascia uma poderosa e estratégica arma com a potência de bilhões de quiloton a serviço da comunicação! Afinal, detém o poder aquele quem tem maior acesso a informação! Todavia, somente alguns poucos vislumbraram isso e passaram a fazer uso de forma velada através de e-mails e conferências on-line, haja vista que, quase sempre os assuntos tratados, ou são escusos, ou atendem aos interesses desses que desfrutam do bom e do melhor que o dinheiro pode comprar. Enquanto isso, a grande massa, se inebria em redes sociais com fartas doses de abstracionismo associadas ao inútil e ao nocivo, servindo apenas como passageiros de uma composição cujo controle da locomotiva está nas mãos da minoria, que encastelada em seus diversos feudos, defendem seus privilégios com unhas e dentes, oferecendo aos mórbidos estultos, o pão e o circo. Sabedores que são, esses senhores detentores do poder, da importância da comunicação, a usa, de forma predatória, para entorpecer os sentidos de parte da massa ignóbil e da outra ignorante, no sentido de ignorar, que alheias às consequências se deixa sedar pelo ópio da comunicação de massa impregnada de mensagens subliminares que produzem satisfação no inatingível, estabelece associações de imagens jamais alcançáveis, apelos surrealista, padrões de vida que só aqueles que conduzem à locomotiva, Brasil, desfrutam! Considerando que a soma individual das consciências é sempre menor que todo, podemos afirmar que a consciência individual precisa convergir para interesses comuns, interesses esse que passam necessariamente pelo filtro da discussão e da polêmica, onde o resultado ganhará legitimidade e força para ultrapassar as barreiras dos interesses da burguesia. E seria a internet nas suas várias vertentes o palco ideal para abrigar os debates sobre os assuntos que interferem direta e indiretamente na vida de cada um. Precisamos entender que a consciência individual é frágil se comparada à coletiva, os meus interesses são frágeis se comparados ao interesse coletivo de minha rua, o interesse coletivo de minha rua é frágil se comparado ao interesse coletivo de meu bairro, e assim por diante. Ao passear pelas diversas redes sociais, pouco encontro assunto de relevância coletiva, na maioria das vezes é de interesse quase individual, as pessoas falam apenas para tender suas ansiedades momentâneas. São receitas culinárias, apelos religiosos, correntes, genuíno besteirol, fofocas, comentários sobre entretenimento, anúncios de shows, e assim por diante. Alguns poucos tentam de forma heroica propor discussão sobre assuntos de relevância coletiva, não recebem sequer um compartilhamento. É assim! Como se fosse a internet uma casa chinesa de culto ao ópio, onde as pessoas adentram e logo estão absortas e inebriadas por altas doses do entorpecente mais poderoso, produz mais estragos do que a maconha, a cocaína e, até mesmo, o craque, juntos. Alheiam-se a possibilidade da construção de um país melhor, mais justo, com saúde pública descente, educação para todos, moradia, liberdade, comida na mesa, emprego, enfim, qualidade de vida! Quem somos? O que somos? O que queremos? E, principalmente, o que faremos para sair da inércia mórbida para o aproveitamento de cada quiloton dessa usina atômica que é a internet? Julho de 2013 Luiz Alfredo do Valle.
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 14:59:43 +0000