JURI EM BELÉM QUANDO QUINTINO ESTEVE em Belém se deu o seguinte - TopicsExpress



          

JURI EM BELÉM QUANDO QUINTINO ESTEVE em Belém se deu o seguinte fato: Três portugueses, empregados da limpeza pública assassinaram pela madrugada à cacetadas um farmacêutico, homem que gozava de grande estima popular. Horas depois foram presos os criminosos. Não houve advogado que quisesse defendes os monstros. Afrontando o povo o poeta Quintino compareceu ao Tribunal do Júri disposto a defender aquelas feras humanas. O terror dos advogados naquela época era o promotor Dr. Batista Moreira. Quando circulou a notícia de que um louco ia defender os réus o povo se agitou e queria retirar o Quintino do recinto do Júri. O Juiz enérgico restabeleceu a ordem, mandando que os oficiais de justiça mantivessem o patrono. Minutos após, avulta a figura exótica do poeta nordestino que insiste: Desejo defender os réus. Senhor Presidente do Júri. Seu verbo admirável, sua belíssima entonação de voz impressionou, lá fora, porém, a multidão continuava, lincha!, Mata! Mata! Aos poucos tudo vai mudando. A voz simpática do poeta fez com que ele sempre levasse a melhor. Quando o promotor diz que Quintino havia entrado no Júri com dois dedos gramaticais na cabeça. Q.C. responde: - E Vossa Excelência com dois dedos matemáticos, igualmente no crâneo! Começa hilaridade. Quintino leva a melhor, não tarda que seja pedida a absolvição dos réus. Falara durante dez horas e quinze minutos, produzindo a defesa dos réus. Houve réplica e tréplica. Ocupou depois a tribuna por mais quatro horas. Os monstros foram considerados inocentes criaturas e ganharam o olho da rua. Durante sua rápida permanência em Belém, consegue onze (11). Absolvições, pelas quais reclama nenhum pagamento. Os réus absolvidos fazem uma subscrição, compram anel de bacharel e oferecem-no ao poeta.
Posted on: Mon, 05 Aug 2013 18:26:15 +0000

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