Já que o Sr. Sousa Jamba pediu um debate técnico, tecnicamente - TopicsExpress



          

Já que o Sr. Sousa Jamba pediu um debate técnico, tecnicamente falando, a Nação africana e a nação angolana não é fruto e vontade de algum fundador. A nação não tem autor singular. A Nação não coincide com o Estado e no caso africano, as nações antecedem os Estados (constitucionais). As fronteiras africanas limitam os territórios físicos e as fronteiras nacionais transcendem os espaços físicos. Pela complexidade definir uma fronteira nas sociedades pluriétnicos que é apanágio da Africa e de Angola, os fundadores dos Estados criaram artificialmente o "Estado-Nação" ou seja tentar fundir nos parâmetros de Estado o conceito material de Nação através do Irredentismo político ou seja encontrar alguns condimentos artificiais que uma vez aglutinados poderiam unir o povo numa alma colectiva, num pensar comum, num sonho colectivo que se chamaria Nação: nos EUA se diz "the Nation and the State" para significar uma comunidade nacional pluriestatal embora federativa; em Angola quando Agostinho Neto disse "1 só povo e 1 só nação" se baseou nos princípios da revolução francesa que entendiam q para se acabar com o regionalismo cultural e politico do povo, receando tribalismo, divisionismo, obscurantismo, desobediência civil ou militar, rechaçar estrangeiros e seus colaboradores, que são corpos estranhos à Revolução teria q estar submetido a um só governo como um projecto nacional político e não a nação q se fundaria na cultura, na língua, nos usos e costumes...Agostinho Neto entendeu que a Nação angolana tem condimentos incontornáveis como: a) a Língua Portuguesa que nos permite comunicar de cabinda ao Cunene já que por meio de línguas nacionais não conseguiríamos nos entender tão rápido e fluido devido ao facto de cada etnia ter sua língua; b) a história da luta contra o colonialismo português, nos une em termos de sentimentos e solidariedade; c) a geografia delimitada territorialmente que dá nome aos nacionais como sendo angolanos e portanto diferentes dos congoleses, namibianos ou portugueses, ou seja a territorialidade confere a cidadania identitária para todos os cidadãos do Estado angolano que passam a ser chamados de "nacionais" que é o qualificativo de pertença a uma nação; ainda assim com a Independência em Angola o MPLA conseguiu construir a soberania legal, mas não tinha conseguido a soberania legítima, soberania nacional una, porque a UNITA reivindicou (justa e legitimamente) a soberania de forma informal de Estado Paralelo, e fez com que a consolidação da soberania nacional se desse com os Acordos de Bicesse onde Angola se tornou um estado formal e materialmente unitário e consolidou a Nação com a criação do exercito único, policia nacional (de nação), concluindo: o Estado Angolano culturalmente não é nação mas sim conjunto de várias nações num Estado Unitário ou se quiserem Plurinacional. Devido ao passado comum e ao sonho futuro de unidade aparece a Nação como um plebiscito contínuo de fluir numa causação circular, numa espiral envolvente entre os povos que compõem o Estado angolano. Para terminar Agostinho Neto não fundou nenhuma Nação Angolana culturalmente falando mas sim o projecto de Estado-Nação orientado ao futuro e não ao passado histórico. Angola deveria ser definido na constituição como "ESTADO SOBERANO CUJA SOBERANIA RESIDE NO CONJUNTO DE VÁRIAS NAÇÕES QUE A ENFORMA E CONGREGA OS POVOS DE ANGOLA"
Posted on: Sun, 08 Sep 2013 08:20:15 +0000

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