LIÇÃO 12: A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO. FÓRUM ESCOLA - TopicsExpress



          

LIÇÃO 12: A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO. FÓRUM ESCOLA DOMINICAL. RECIPROCIDADE – SIGN: - EM PSICOLOGIA SOCIAL, RECIPROCIDADE REFERE-SE A RESPONDER UMA AÇÃO POSITIVA COM OUTRA AÇÃO POSITIVA, E RESPONDER UMA AÇÃO NEGATIVA COM OUTRA NEGATIVA. Generosidade: Virtude daquele que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem; magnanimidade, ato generoso; bondade. INTRODUÇÃO: O tema proposto para esta aula é a generosidade da igreja para com aqueles que a servem. Os crentes de Filipos demonstraram sua generosidade para com Paulo quando ele se encontrava encarcerado em Roma, enviando os recursos necessários para que Paulo sobrevivesse na prisão (4.10-20). Nossa Igreja está inserida num contexto marcado pelo egoísmo, contudo, o crente, como pessoa nascida novamente, possui o amor de Cristo derramado em seu coração, e este amor o leva a ajudar aqueles que necessitam de socorro. Aliás, esta é a marca distintiva do verdadeiro crente (1Jo 2.9,11). São nossas ofertas de amor para aqueles que são chamados por Deus para realizarem a obra do Evangelho revelam a graça do Todo-Poderoso em nossas vidas. Ofertamos não para recebermos algo em troca, mas o fazemos de coração porque já temos experimentado das dádivas divinas. Que não venhamos nos esquecer que “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35). I. AS OFERTAS DOS FILIPENSES COMO PROVIDÊNCIA DIVINA. 1. Paulo agradece aos filipenses. “Muito me regozijo”: o aoristo echaren (“eu me regozijo”) se refere ao momento em que Paulo recebera a oferta, mas a alegria persistia até o momento descrito pelo versículo 10. “Renovastes o vosso cuidado a meu favor”: grego anethalete to hyper emou phronein, literalmente, “florecestes outra vez (intransitivo) com respeito ao vosso cuidado para comigo” ou “fizestes com que vosso cuidado por mim florescesse outra vez” (transitivo). Este é o único exemplo no Novo Testamento deanathallein (ou na verdade de thallein ou qualquer derivado). “Mas vos faltava oportunidade”: grego ekaireisthe, imperfeito de akaireisthai “não ter kairos(oportunidade)”; esta é a única ocorrência deste raro verbo, na Bíblia em grego. Paulo alegremente relembra o apoio que os filipenses lhe ofereceram. Relembra os dias anteriores, quando o evangelho foi proclamado pela primeira vez em Filipos (At 16.4). E, quando iam passando pelas cidades, lhes entregavam, para serem observados, os decretos que haviam sido estabelecidos pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém. Atos 16:4 Quando o apóstolo passou pela Macedônia até a Acaia, em sua segunda viagem missionária, a igreja em Filipos foi a única a sustentar seus esforços. [Na linguagem emprestada do mundo comercial, o apóstolo considerou sua parceria como uma questão de ‘dar e receber’]. 2. Reciprocidade entre o apóstolo e a igreja. A contentar-me em toda e qualquer situação: grego en hois eimi autarkes einai. A ênfase estóica sobre autarkeia, no sentido de ‘auto-suficiência’, tem raízes em Sócrates; quando alguém lhe perguntou quem era a pessoa mais rica, Sócrates replicou: “Aquele que está contente com o pouco, visto que a alegria (autarkeia) é a riqueza da natureza” [Stobaeus, Florilegium 5.43]. Paulo afirma que “Em todas as maneiras aprendi” (gr. memyemai, “eu me iniciei em” - deste verbo myein deriva-se mysterion, “mistério”), indicando sua maturidade espiritual alcançada através do exercício da total dependência do Eterno. Paulo acumulava vasta experiência em passar com menos do que o suficiente, em algumas ocasiões, e ter mais do que o suficiente, noutras ocasiões. Isso pouca diferença lhe fazia. Só podemos imaginar o que é que Paulo considerava abundância — tudo que estivesse acima do mínimo necessário quanto à alimentação e vestuário, sem dúvida alguma. Sendo um homem educado em ambiente elevado, sua conversão significou a entrada num novo modo de vida. Ser cidadão de Tarso significava ser pessoa de grandes posses materiais. Entretanto, por amor de Cristo, Paulo havia dado “também por perda todas as coisas” (3.8), inclusive (podemos ter certeza) sua herança material; o apóstolo aprendeu, dali em diante, a sobreviver com o que pudesse ganhar mediante seu ofício de meio-ex- pediente, de “fazer tendas” (conferir: 1Ts 2.9; 2Ts 3.8; At 18.3; 20.34). É em Cristo que está a razão de sua fortaleza, em qualquer situação que a vida se lhe apresente. “que me fortalece”: literalmente, “que é meu fortalecedor” (grego en to endynamounti me), isto é, Cristo. Com este emprego do particípio presente de endynamoun :“dou graças àquele que me fortaleceu (to endymmosanti me, ‘aquele que me deu poder’), Cristo Jesus nosso Senhor.” (1Tm 1.12)]. 3. A igreja deve cuidar dos seus obreiros. Paulo cita o Antigo Testamento (Dt 25.4) e o Novo Testamento (Lc 10.7) para reforçar sua tese sobre a importância da Igreja assumir o sustento completo dos pastores e ministros que dedicavam tempo integral à obra. Fica evidente também que, já nessa época, os textos canônicos dos evangelhos, bem como outros que viriam formar o Novo Testamento, e que circulavam nas comunidades cristãs juntamente com o Antigo Testamento, eram reconhecidos com toda a autoridade de Escrituras Sagradas.]. II. O CONTENTAMENTO EM CRISTO EM QUALQUER SITUAÇÃO. 1. O contentamento de Paulo. Quem poderia assumir a tremenda responsabilidade de ser o aroma de Cristo no mundo (2Co 2.16)? Ninguém jamais seria adequado para esta tarefa. Os recursos humanos são pobres e insuficientes. Entretanto, Paulo argumenta que Cristo equipa os que creem com recursos divinos e, então, torna-os capazes de ser ministros da nova aliança. A confiança de Paulo não é autoconfiança, mas uma confiança na capacidade do Espírito Santo, que dá poder à vida e ao ministério na realidade do Novo Testamento! A satisfação das necessidades materiais de Paulo não era motivo nem a medida de sua alegria. Os filósofos estoicos usavam o termo contentar’ para descrever uma pessoa que era autossuficiente em todas as circunstancias. Em contrapartida, apesar de um termo estoico, Paulo repudia expressamente a mera autossuficiência (2Co 3.5; 9.9). Sua suficiência está em Cristo, cuja paz e propósito ele desfruta apesar das circunstancias que a vida lhe apresenta!]. 2. “Sei estar abatido” (v.12). Permitamos que esta escritura seja um guia para compreendermos a vontade de Deus no aspecto da prosperidade. Ela nos diz sim (podemos ter riquezas), e não (não confie nelas). Com a mente em Cristo, nós nunca seremos nobres se as nossas vidas funcionarem de acordo com a Palavra de Deus, então, através de Cristo, podemos experimentar ou a riqueza financeira ou dificuldades temporárias, mas ainda estaremos firmes em nosso viver, por confiarmos somente nele. Se a economia se dissolvesse amanhã, o povo de Deus não seria considerado inoperante, pois Deus é a nossa fonte. Ele pode nos manter em momentos de escassez, bem como em momentos de abundancia. Ele alimentou Elias enviando corvos para lhe levar comida de manhã e à noite (1Rs 17.2-6). Deus pode fazer isso agora. Hoje ele é o mesmo de antes. (1Tm 6.17; Dt 8.18) Extraído de Dinâmica do Reino - Prosperidade. Bíblia de Estude [Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001, p. 1239.]. 3. O contentamento desfaz os extremismos. O contentamento é a maior aceitação de si mesmo. Para um cristão, encontrar o contentamento não deveria exigir muito esforço. Jesus pagou o preço pelos nossos pecados e garantiu um futuro seguro aos crentes de eternidade na sua presença, livre de toda dor e sofrimento (Ef 2.8,9; Ap 21.4). O sofrimento de hoje deveria ser visto à luz da eternidade a ser vivida com o Salvador (Ap 21.7). Deus providenciou uma maneira de você ser resgatado da eternidade no inferno, portanto, ele é capaz de atender às suas necessidades neste mundo (Fp 4.13,19). Ainda assim, atingir esse estado de contentamento não é tarefa fácil. A Bíblia ensina claramente que a riqueza vem de Deus e retornará para ele. A riqueza deveria levar louvor a Deus. ãs vezes Deus resolve abençoar seus filhos com riqueza (Gn 13.2; 26.12-14; 1Rs 3.13; Jó 42.12) Deus espera que seus filhos usem a riqueza que recebem dele para abençoarem outros e levarem glória a ele. Na parábola dos talentos, Jesus prometeu uma abundancia a todos os que tomam posse do seu Reino e vida eterna a todos os que confiam NE (Mt 25.14-30).]. III. A PRINCIPAL FONTE DO CONTENTAMENTO (4.13) 1. Cristo é quem fortalece. Todo crente sincero, em razão de sua união vital com Cristo, por meio do Espírito Santo, recebeu um poder divino chamado dunamis, que no original grego significa ‘força maravilhosa’ ou ‘poder miraculoso’. Esse poder é confiado pelo Senhor aos seus filhos em Cristo, com o objetivo de ajudá-los a superar todos os problemas e situações difíceis da caminhada cristã, segundo a vontade de Deus. Algo como a garantia de Deus que o crente pode pagar o preço de andar retamente em um mundo distorcido pelo pecado, sem temer qualquer prejuízo real no presente e, especialmente no futuro]. 2. Cristo é a razão do contentamento. Confiando no poder de Cristo e seguindo seu exemplo (2.5; 3.10), Paulo pode enfrentar todas as circunstancias com contentamento. Ele quer imprimir em seus leitores a mesma lição (versículos 6-7,19). A comunhão íntima e permanente com o Espírito Santo, isto é, com o Cristo Vivo, é o segredo de toda a força e contentamento do apóstolo Paulo (v.12; 2Co 12.9, 10; Jo 15.5; Ef 3.16,17)]. 3. O cumprimento da missão como fonte de contentamento. No versículo 17, Paulo reitera a pureza de seus motivos em sua expressão de gratidão aos cristãos de Filipos. Não está procurando ‘dádivas’ ou agradecendo de alguma maneira que venha a ser a base para favores futuros. Sua motivação visa o benefício deles. Sua descrição da recompensa que terão por associarem-se a ele na obra de Deus é expressa em termos financeiros. Sua participação no Evangelho produzirá juros ou dividendos (literalmente ‘fruto’), o que resultará no ‘aumento da conta’ deles “ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4 ed., RJ: CPAD, 2004. p.510. É importante observar que a ênfase não é tanto sobre a realização quanto na disposição de permitir que o poder de Deus sustente a dificuldade e a escassez, e acentuar o deleite da abundancia e da prosperidade. Tal fé, é um estimulante para crer em toda a suficiência de Cristo ao encarar todas as circunstancias da vida]. CONCLUSÃO: “Já aprendi a contentar-me em toda e qualquer situação”, diz Paulo, palavras que John Bunyan expandiria no cântico do menino pastor: Estou contente com o que tenho, Seja pouco ou seja muito, E é alegria o que mais almejo, Senhor, Porque ela indica os que salvaste. Nesta peregrinação concede-me Medida total de alegria: Provação agora, bênção depois, Eis a bem-aventurança das gerações. “Contentando-vos com o que tendes” (Hb 13.5) — eis, pelo que parece, o preceito geral da igreja primitiva. Esta atitude opõe-se de frente à ambição, contra a qual Jesus (cf. Lc 12.15) e seus discípulos pronunciaram solenes advertências, descrevendo a “pessoa avarenta” como “idólatra” (Ef 5.5). A palavra traduzida por contentar-me (gr. autarkes) era comum no estoicismo denotando o ideal da pessoa totalmente auto-suficiente. Paulo a emprega a fim de expressar sua independência das circunstâncias externas. Estava sempre consciente de sua total dependência de Deus. O apóstolo era mais “suficiente em Deus” que auto-suficiente: “a nossa capacidade vem de Deus”! (2Co 5.5).]. Marcelo Jesus.
Posted on: Sat, 21 Sep 2013 19:56:36 +0000

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