LIÇÃO 4: LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO. Dinheiro: - TopicsExpress



          

LIÇÃO 4: LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO. Dinheiro: Meio de pagamento, na forma de moedas e cédulas, emitidas e controladas pelo governo de cada país [Na sociedade ocidental moderna o dinheiro é essencialmente um símbolo – uma abstração. Atualmente as notas são o tipo mais comum de dinheiro utilizado. No entanto bens como ouro e prata mantêm muitas das características essenciais do dinheiro]. SUBSÍDIO: Mamom - Moedas e Dinheiro - Riquezas - Salário - CHAMPLIN, R.N. O Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. (CPAD). Foi nos dias de Isaías, após a rápida introdução das manufaturas, que certos israelitas ímpios adicionaram Mamom ao seu panteão pagão, que não tardou a igualar-se ao degenerado Baal. Depois que os habitantes de Jerusalém se negaram a arrepender-se, apesar dos repetidos apelos dos profetas, a cidade foi deixada vazia por setenta anos. Há uma excelente descrição da riqueza móvel de Tiro, em Ez 27.12-25, descrição essa que também se aplica a Israel. O trecho de Ap 18.11-13 provê outra excelente lista de riquezas, onde o único item que não aparece nas listas do Antigo Testamento é a seda. Contudo, alguns estudiosos debatem se Ez 16.10 menciona ou não a seda. Nossa versão portuguesa a menciona, seguindo versões em outras línguas. Mas a seda chinesa só apareceu na Ásia Menor por volta do século I a.C. Salário: Nossa palavra salário é uma transliteração da palavra latina para sal. Soldados romanos recebiam parte de seus proventos em sal. O cloreto de sódio (sal) tornou-se um importante item comercial. Ver o artigo geral sobre Sal. Primeiros Usos: A forma mais antiga do “salário” era o item de troca ou de comércio através do qual uma pessoa adquiria outros itens. O trabalho era vendido por objetos de valor, sejam agrícolas ou outros. O preço pago pelo trabalho era um salário. O trabalho é uma propriedade a ser vendida, seja em pares (para ganhar muitos itens), seja de uma só vez, para ser usado ao longo de um período específico de tempo. Trocas de uma coisa por outra constituíam a forma mais primitiva de salário. Produtos específicos pagavam por serviços: Ver Gn 29.15,20. 31.7,8, 41. “Salários” para soldados ou trabalhadores são mencionados em Ageu 1.6; Ez 29.18,19; Jo 4.36, e tais pagamentos eram feitos em produtos, não em moedas, uma invenção posterior. Metais preciosos em peso, contudo, constituíam uma forma muito antiga de pagar salários. Embora já existissem moedas na Ásia Menor (entre os lidianos), em períodos tão remotos quanto 700 a.C. O Oriente Próximo não adotou tal prática até cerca de 300 a.C. Informações Bíblicas: A legislação mosaica era muito rígida em favor ao pagamento justo pelo trabalho e pela honestidade na troca de itens. Isso era controlado pela casta dos sacerdotes, que eram os guardiões da lei (Lv 19.13; Dt 25.14,15). Censura grave era invocada contra aqueles que abusavam da lei (Jó 24.11); a retenção de salários pagos era considerada um crime sério (Jr 22.13; Ml 3.5). Tg 5.4 informa- nos sobre os maus patrões de seus dias. A barganha era uma forma de determinar a quantidade do salário, e um empregador poderia ser mais ou menos generoso, conforme suas qualidades espirituais e morais (Gn 30.28; Mt. 20.1-16). A lei reduzia a exploração: os salários eram pagos diariamente, antes do pôr-do-sol (Lv 19.13; Dt 24.14,15). Mas, como nos tempos modernos, na história remota passada, era comum a exploração de trabalhadores. O homem que tivesse dinheiro não tinha dificuldade em explorar aquele que não tivesse. O “escravo do salário” tem sempre sido uma constante na história humana. Ver Jr 22.13; Ml 3.5. A medida de um homem é sua generosidade, outro nome que se pode dar à lei do amor, mas não são muitos os que seguem essa lei nas sociedades em que o dinheiro é deus e a maioria dos homens é escrava desse deus. Um antigo padrão bíblico para trabalhadores diaristas era o denário, Mt 20.2; ou o dracma, que alguns calculam tivesse o valor de uns 16 centavos de dólar americano, mas todos as suposições dessa natureza são inúteis. Podemos assegurar-nos que o salário padrão, onde existisse, era suficiente apenas para sustentar a vida. INTRODUÇÃO: A moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de uma longa evolução. No início não havia moeda. Praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor. Os termos usados pelos romanos e judeus para gado e para dinheiro mostram o lugar central que o gado possuía nos sistemas romanos e israelitas de permuta. A palavra latina pecunia (dinheiro) vem de pecus (gado), enquanto a palavra hebraica comum para gado, miqneh, pode significar preço de compra ou posse (adquirida por meio de compra), como acontece em Gêneses 17.12,13; 23.18; Levítico 25.16. Naturalmente, outras mercadorias e animais, como ovelhas e cabras, também eram usados nas permutas. Hirão foi pago em azeite e trigo por sua ajuda na edificação do Templo (1 Rs 5.11). A moeda só foi inventada no século VII A.C.. A primeira referência veterotestamentária às moedas aparece em Esdras 2.69, onde se lê sobre as “dracmas”, que eram dários persas de ouro. O Novo Testamento faz alusão a diversas moedas de ouro, de prata e de cobre. Em parte alguma da Bíblia as riquezas materiais são consideradas como más por si mesmas. De fato, Israel recebeu ordens para honrar ao Senhor com os seus ‘bens’ (Pv 3.9), e os dízimos eram uma parte integral da adoração. Não obstante, as riquezas materiais com frequência se tomavam motivo de tentação, pelo que o salmista sabiamente aconselhou: “... se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração” (Sl 62.10). O amor ao dinheiro desperta o lado mais primitivo do ser humano. O homem pode ser capaz de mentir, aplicar golpes, dissimular, roubar e até matar. Gananciosos constroem impérios sem atentar na pobreza estabelecida ao seu redor. O apego ao dinheiro é o elemento responsável pelas tragédias humanas. [À luz do ensino de Provérbios, devemos munir-nos da sabedoria divina em relação ao dinheiro para não cometermos as mesmas injustiças que os homens sem Deus cometem.]. I. O CUIDADO COM AS FIANÇAS E EMPRÉSTIMOS. 1. O Fiador. “Se ficaste por fiador do teu companheiro” (6.1) - este versículo é uma advertência para que ninguém seja fiador de um amigo (11.15; 17.18; 22.26). O fiador é aquele que dá garantias de que o devedor irá cumprir sua palavra e pagar suas dívidas, caso contrário, ele mesmo arcará com esse ônus. Assim, ser fiador significa aceitar a responsabilidade pela dívida doutra pessoa, se esta deixa de pagá-la. Esse ato torna a situação financeira do cossignatário dependente dos atos do amigo e fica sujeita a fatos que escapam ao seu controle. O fiador empenha sua palavra, sua honra e seus bens, garantindo ao credor que o devedor saldará seus compromissos a tempo e a hora. O problema é que são muitos os exemplos daqueles que sofreram grandes prejuízos por serem fiadores. Há pessoas que perdem tudo o que adquiriram ao longo da vida para pagar dívidas alheias. Não podemos comprometer o sustento e a estabilidade de nossa família para assegurar os negócios arriscados de outra pessoa. Ser fiador é andar num caminho escorregadio cujo final é o desgosto. A Bíblia nos adverte a fugirmos dele (Pv 22.26,27).]. 2. Empréstimo. Não é pecado emprestar ou tomar emprestado, mas é preciso avaliar bem a situação para que não haja prejuízos de ambas as partes. Quem empresta, não pode fazê-lo com usura, ou seja, cobrando juros exorbitantes (Dt 23.19,20; Sl 15.5). Deus reprova severamente essa prática. Podemos verificar isso em diversas passagens bíblicas (Ex 22.25; Lv 25.37; Ez 18.13). Numa linguagem mais brasileira, a usura é conhecida como agiotagem, que é uma prática criminosa prevista na Constituição Federal e no Código Penal Brasileiro. Na realidade, o ideal para o cristão não é emprestar, e, sim, dar (Sl 37.21b; Lc 6.34); e quem toma emprestado, não pode desonrar o seu compromisso, pois se assim o faz, será tido como desonesto e ainda colocará o seu próximo em apuros. [Quem toma emprestado e não paga é considerado ímpio, alguém que tem um desvio de caráter que precisa ser corrigido (Sl 37.1a).]. II. O CUIDADO COM O LUCRO FÁCIL. 1. Evitando a usura. Existem referências à proibição da usura já no Código de Hamurabi. Porém, maiores explanações sobre o tema remetem a Aristóteles – tido como o primeiro economista da história –, o qual condenava a usura na sua obra “Política”. Partindo-se de um conceito mais moderno, a usura, em síntese, é entendida como a cobrança de remuneração abusiva pelo uso do capital, ou seja, quando da cobrança de um empréstimo pecuniário (ou seja, em dinheiro), são cobrados juros excessivamente altos, o que lesa o devedor. É prática repudiada socialmente, sendo considerada conduta criminosa por diversos ordenamentos jurídicos1, inclusive o brasileiro (Lei da Usura). A usura está intimamente ligada à cobrança excessiva de juros e, por isso, constitui crime no Direito Penal brasileiro; aquele que pratica a usura é popularmente conhecido como agiota2. Tal expressão se refere não somente ao particular, mas também às pessoas jurídicas que especulam indevidamente e ultrapassam o máximo da taxa de juros prevista legalmente, praticando crime contra o sistema financeiro nacional (Lei nº 7.492/86). Incontroverso o fato de que a usura é pecado para o Cristão, pois, na medida em que se assemelha ao roubo, vai de encontro às leis de natureza divina. [A usura estaria ligada, ainda, à avareza e à preguiça, condutas estas que, segundo a Bíblia, são claramente contrárias ao que se espera de um bom cristão]. 2. Evitando o suborno. Em Pv 17.23 está escrito: “O perverso aceita o suborno às escondidas para perverter os caminhos da justiça” (Bíblia Viva). Infelizmente, boa parte da sociedade brasileira vive a cultura do suborno. Vemos constantemente autoridades dos três poderes, recebendo vultosas quantias para favorecerem ricos desonestos ou amigos e familiares seus. Vemos também corrupção em menor escala como, por exemplo, no meio policial, no ambiente hospitalar, num estabelecimento comercial que está sendo submetido a uma auditoria, até mesmo dentro de um transporte coletivo na hora de se pagar a passagem. Oferecer e receber suborno são pecado, pois está escrito em Dt 16.19 “Não torcerás o juízo, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno, porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e perverte as palavras dos justos”(cf. Ex 23.8; Sl 15.5; 26.9,10; Ec 7.7).]. III. O USO CORRETO DO DINHEIRO. 1. Para promover valores espirituais. Em parte alguma da Bíblia as riquezas materiais são consideradas como más por si mesmas. De fato, Israel recebeu ordens para honrar ao Senhor com os seus “bens” (Pv 3.9), e os dízimos eram uma parte integral da adoração. Não obstante, as riquezas materiais com frequência se tomavam motivo de tentação, pelo que o salmista sabiamente aconselhou: “... se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração” (Sl 62.10). A atitude de Jó para com a totalidade da vida também se aplica ao seu aspecto econômico: “Nu saí do ventre de minha mãe, e nu voltarei; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!” (Jó 1.21).]. 2. Para promover o bem-estar social. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal “a palavra traduzida por ‘avareza’ (pleonexia) literalmente significa a sede de possuir mais”. A ganância, o desejo excessivo de possuir mais e mais tem levado muitos a se envolverem em negócios ilícitos, como por exemplo, a prática da agiotagem, suborno, corrupção. A agiotagem é uma prática perversa e bem antiga. A Palavra de Deus proíbe tal prática desumana (Dt 23.19,20). Segundo o Código Penal Brasileiro, agiotagem é crime. Devemos ajudar aqueles que estejam realmente sofrendo, sem meios para atender às necessidades básicas da vida (Êx 22.14; Lv 25.35; Mt 5.42). Quanto aos pobres, não devemos emprestar e sim dar-lhes (cf. Mt 14.21; Mc 10.21; ver Pv 19.17).]. IV. BUSCANDO O EQUILÍBRIO FINANCEIRO. 1. Buscando a suficiência. O sábio Agur afirma que as pessoas que têm um excesso de possessões materiais logo se esquecem de sua dependência do Senhor, então, ele faz um pedido: “... dá-me o pão que me for necessário” (Pv 30.. Seu pedido visa a uma suficiência que evita ambos os extremos: da pobreza e das riquezas desnecessárias. Agur está mais preocupado com o caráter do que com a riqueza e vida fácil. Ele reconheceu sua fragilidade e pediu situações que o capacitassem a manter os olhos fitos em Deus. Adquirir fortuna de modo ilícito (agiotagem, suborno) é como construir a casa sobre a areia; cedo ou tarde ela vai ruir (Mt 7.24-27). [É bom lembrar que a areia não é o solo ideal para se estabelecer nenhum tipo de fundamento; a rocha sim é segura, capaz de sustentar uma construção.]. 2. Buscando o que é virtuoso. Uma sociedade materialista exige que estejamos sempre prontos a adquirir mais. “Dá-me o pão que me for necessário” é um grito de alento do coração. Reconhecer que podemos confiar que Deus nos dará a nossa porção diária e que ela será suficiente é um alívio (Mt 6.. O homem natural não ancora sua confiança em Deus, mas tão somente naquilo que ele pode amealhar. O crente por sua vez, sabe que Deus é Provedor e que não deixará lhe faltar nada. Assim, há espaço para buscarmos o que é virtuoso - a sabedoria que traz verdadeira felicidade (Pv 3.13-15). Felicidade essa que ultrapassa o valor de joias ou de qualquer outro bem. A sabedoria traz consigo vida longa, reputação, felicidade e as bênçãos advindas da obediência. A sabedoria é um atributo de Deus, o que é diferente de sabedoria como entendimento e como escolha de decisões corretas. A sabedoria convida a todos os homens a escolherem o seu caminho de vida, ela disponível a todos, mas é adquirida apenas por aqueles que a amam e que a procuram (Pv 8.17, 21)]. CONCLUSÃO. Quanto mais ganhos materiais, mais a pessoa se encontra cercada por coisas que a esvaziam. O homem não pode levar nada consigo quando partir desta vida. Desta forma, todo o seu trabalho é inútil. Deus deu ao homem suas bênçãos de forma material, e é dever do homem gozar destas bênçãos e estar contente com elas em moderação. A expressão “bens” representa propriamente as coisas materiais que nos servem para a satisfação de nossas necessidades e a Bíblia Sagrada faz questão de nos mostrar que elas são dádivas de Deus para nós. Para os israelitas, Deus prometia “abundância de bens” na Terra Prometida se houvesse fidelidade a Ele e à Sua lei (Dt 28.11). A rainha de Sabá entendeu que Salomão tinha abundância de bens e que lhe havia sido dada pelo próprio Deus (1Rs 10.7,10). Neemias, também, reconheceu que Deus cumpriu a Sua promessa ao povo de Israel, dando-lhes abundância de bens, embora tal atitude não tenha sido correspondida pelo povo (Ne 9.35). O próprio Satanás reconheceu que foi Deus quem deu os bens a Jó (Jó 1.10). Isto posto, prova-se que Deus é o dono de todas as coisas e dá a quem quer, quando quer e como quer. No entanto, e aqui reside o grande perigo, o homem, no pecado, entende que pode viver sem Deus e, por isso, acaba por achar que tudo quanto possui é fruto de seu próprio esforço, é resultado de suas próprias forças e, diante dos bens terrenos, esquece-se d’Aquele que é a fonte de tudo quanto foi adquirido, esquece-se do Deus que dá aos homens todos os bens terrenos. É neste ponto, quando há a desconsideração de que Deus é o dono de tudo e que é o principal responsável por aquilo que adquirimos por força do nosso trabalho que surge o “materialismo”, que é a redução de tudo ao “material”, que é a exclusão de Deus de nossas mentes, de nossa apreciação da realidade. Por intermédio de uma vida imediatista, muitos crentes arrazoados num entendimento materialista, em momentos de perdas significativas, têm dificuldades de confiar em Deus. Tenhamos uma visão Cristocêntrica acerca do dinheiro e sua administração! MARCELO JESUS.
Posted on: Sun, 27 Oct 2013 02:06:32 +0000

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