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~ LRibeiro Imagine você, praticando um ato solidário e, ao passar na frente de um órgão público (neste caso, a prefeitura de Belém), fica cercado por policiais. Foi o que aconteceu na última Operação Mais Pão e Menos Opressão que realizamos cá, em Belém, no início do mês. Como em todas as operações, muitos dos que participam das ações usam máscaras, tanto na frente quanto atrás do rosto e, durante a distribuição de roupas e alimentos, uma viatura policial nos avista e a partir daí começa a acompanhar toda a operação, não para nos proteger e guiar pelo trajeto, mas sim para reprimir caso fizéssemos algo "contra a lei". Tanto é que em nenhum momento desceu qualquer policial da viatura para perguntar o que estávamos fazendo e do que se tratava o tal ato. Prestes a chover, seguimos para um abrigo localizado no bairro da Cidade Velha onde um morador de rua, vindo do interior, foi encaminhado por alguns amigos nossos de carro e o restante seguiu caminhando até o mesmo. O Palácio Antônio Lemos, onde se localiza a atual sede da prefeitura, fica no caminho do abrigo que estávamos seguindo e ao passar em frente ao Palácio resolvemos parar para fazer algumas imagens com toda a equipe. Após alguns clicks, várias viaturas policiais surgiram aleatoriamente berrando com as suas sirenes e elas estavam por todos os cantos... na frente da prefeitura, na ALEPA, rodeando a praça que fica logo atrás... Esperavam no mínimo que invadíssemos o prédio para fazer uma ocupação, mas naquele momento não era o caso, pois o ato em execução era solidário. Se o grupo presente quisesse entrar ou ocupar a prefeitura de verdade isso seria possível logo no momento da nossa chegada, mas não era o caso. Estávamos com uma missão diferente. Missão esta que é obrigação principalmente do estado e o mesmo não cumpre por falta de vergonha na cara. É no mínimo revoltante todo o descaso dos nossos governantes com aqueles que mais deveriam apoiar, mas apoiam apenas aos que lhe favorecem diretamente, que é uma elite privilegiada, revoltante também foi todo o amparado policial que presenciamos por conta da operação. Se uma pessoa tivesse sido assaltada ou agredida naquele momento é provável que apenas UMA viatura só apareceria após meia hora ou mais, ou mais breve se o caso tivesse sido consumado completamente (neste caso, um homicídio), mas quando se trata da segurança e integridade daqueles que estão no poder logo surge um batalhão para proteger, como se o povo, que banca este país, não tivesse valor algum. Pelo menos não aconteceu nada. Não levamos tiros de borracha, cacetadas e nem inalamos gás. Aleluia! Mas que não impede uma revolta coletiva por conta de tantas coisas erradas que temos que presenciar e em muitos casos aceitar, já que a maioria ainda permanece deitada no berço esplêndido do conformismo.
Posted on: Mon, 12 Aug 2013 13:36:18 +0000

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