Lamento cego no vento, dias lunares de inverno, Infância, os passos se perdem discretos em negra sebe, Longo toque noturno. Discreta vem a noite branca, Transforma em sonhos purpúreos tormento e dor Da vida pedregosa, Para que nunca o espinho deixe o corpo em decomposição. Profunda em sono suspira a alma angustiada, Profundo o vento em árvores destruídas, E a figura de lamento da mãe Vagueia pela floresta solitária Desse luto silente; noites Repletas de lágrimas, de anjos de fogo. Prateado, espatifa-se contra a parede nua um esqueleto de criança. - Georg Trakl
Posted on: Mon, 07 Oct 2013 15:12:21 +0000
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