Lembram das mentiras do Lula, na campanha para reeleição, sobre - TopicsExpress



          

Lembram das mentiras do Lula, na campanha para reeleição, sobre a produção de biodiesel? Produção de biodiesel a partir da mamona ainda não é uma realidade na usina de Quixadá Diante da ausência de mamona, o próprio Lula ponderou que a usina de Quixadá poderia começar a operar utilizando soja. Já na inauguração da Usina de Biodiesel de Quixadá, no dia 20 de agosto de 2008, o então presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, reconhecia as dificuldades para o sucesso do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. No seu discurso, ele afirmou que, enquanto não fosse produzida mamona, em quantidade suficiente, a soja poderia ser utilizada, desde que não entrasse na matriz principal do programa. Ao longo desses anos, a soja pode não ter entrado na matriz principal do Programa Nacional, mas é, hoje, a principal matéria prima para a produção de biodiesel na Usina de Quixadá, conforme o diretor da unidade, Marcos Saldanha. "A mamona tem que ter preços competitivos em relação à outras oleaginosas. Hoje, o quilo da mamona em baga (sem casca) está em torno de R$ 1,14. A soja, a gente compra por um preço menor, mais competitivo. É um óleo mais barato, embora chegue um pouco mais caro para a gente, por causa do transporte", destaca, acrescentando que, o óleo da soja vem de diversas regiões do País. Investimentos Mas se a produção de biodiesel, a partir da mamona, ainda não é uma realidade no Ceará, não é devido à falta de investimentos. Conforme dados da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, entre 2007 e 2012, foram aplicados R$ 35.871.090,03, por meio do Programa de Biodiesel do Ceará. Oriundos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop), os recursos contemplaram incentivos aos produtores, capacitações e aquisição de máquinas e insumos, dentre outros. De acordo com o coordenador do Programa Estadual de Biodiesel, Ademar Holanda, o programa funciona da seguinte forma: os agricultores familiares cadastrados recebem as sementes da mamona, assistência técnica e um incentivo de R$ 200,00 por hectare de mamona plantado, limitado a três hectares, por família. "O incentivo é dado em duas parcelas. A primeira é no plantio, após os técnicos, que prestam assistência, verificarem se o agricultor cultivou a área, conforme as orientações. A segunda é no manejo, quando, cerca de três meses após o plantio, os técnicos verificam se o agricultor fez o manejo adequado", explica. Preço mínimo Além disso, o Estado garante o preço mínimo de R$ 1,00 pelo quilo da mamona e os produtores têm a compra da safra garantida pela Petrobras. Em relação à produtividade por hectare, Holanda avalia que ela está em um nível bom, uma vez que, a mamona é plantada de forma consorciada com o milho e com o feijão. "A produtividade não é baixa, é boa, mas toda e qualquer cultura de mamona é consorciada", diz. Baixa sustentabilidade Sobre a não utilização da mamona para a produção de biodiesel, Ademar Holanda afirma que, para o produtor, o importante é a garantia da compra, não o destino final que a produção tem. "A cultura da mamona é como se fosse um dinheiro extra pro agricultor, pois ele recebe o dinheiro da mamona no período que ele não tem mais nada, principalmente em agosto", pondera. No entanto, na avaliação do economista Demartone Coelho Botelho, que representa a Universidade Federal do Ceará (UFC) no Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (Gcea) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além do baixo rendimento da lavoura de mamona no Ceará, outro dado indica a baixa sustentabilidade do Programa no Estado. Para ele, o programa não proporcionou a inclusão social do homem do campo. "No período 2008-2012, o valor empenhado e pago pelo Governo do Estado foi de R$ 23,6 milhões, enquanto o valor bruto da produção (VBP) apurado pelo IBGE foi de R$ 5,8 milhões, ou seja, o VBP da cultura de mamona no Ceará, no período em questão, só correspondeu a apenas 25% do valor investido pelo governo", destaca. Subsídio elevado "Diante desse número, pode-se afirmar que, diferentemente do anunciado, a idealizada inclusão social atribuída ao Programa, até o presente momento, ficou à desejar, dado que a receita gerada com a venda no mercado da produção dos agricultores familiares não cobre nem um quarto do total aportado pelo governo do Estado do Ceará. Trata-se de um grau elevadíssimo de subsídio, configurando uma insustentável transferência de renda da sociedade cearense para os agricultores familiares beneficiados pelo Programa", avalia Demartone Botelho.
Posted on: Tue, 23 Jul 2013 11:31:35 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015