Lembro de uma época em que ouvia os meus pais, reiteradamente, - TopicsExpress



          

Lembro de uma época em que ouvia os meus pais, reiteradamente, afirmar ser o estudo uma espécie de mola propulsora para o sucesso. O dito rezava mais ou menos assim: ¨estuda pra ser alguém na vida, meu filho¨ Hoje, como professor, indago o quê efetivamente se sedimentava e o que se ocultava sob os resfolhos do enunciado... Vivemos um momento brasileiro em que a devoção ao fora-da-lei virou prata da casa. A título de exemplo, é só indagar à grande massa dos jovens hodiernos o que mais lhes atrai: Marx ou Fernandinho Beira-mar? Redundante a resposta, basta que apreciemos qual deles,historicamente, tem revertido, mais adequadamente, suas ações_nao importa de que forma_para a produção de somas vultosas em dinheiro. Num mundo de viés capitalista, quem busca ampliar o conhecimento,dando contornos a um olhar critico, de fato, resvala para o espaço do ostracismo, do esquecimento e, por que não, da violência. Essa última, em particular, tomou corpo no último episódio da greve dos professores da rede municipal, pelo qual algumas de nossas vozes foram caladas por atos só pensáveis num contexto de ditadura explícita num ¨estado democrático de direito¨ É triste ver, na condição de educador, os meus pares como bodes expiatórios para que, nos mesmos moldes em que a criminalidade OFICIAL sustenta suas demonstrações de poder,seja exibido o poder coercitivo do ¨QUEM MANDA AQUI SOU EU!¨ A propósito disso, concluo o pensamento com uma reflexão: Se o crime organizado dá a sentença para quem deve morrer e, desta feita, DIZ O DIREITO, que diferença há relativamente ao Poder Judiciário que temos? PAULO VALLADARES
Posted on: Mon, 30 Sep 2013 00:44:26 +0000

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