Linda palestra do Professor Fabio Hazin na reunião da SBPC, em - TopicsExpress



          

Linda palestra do Professor Fabio Hazin na reunião da SBPC, em defesa dos tubarões e da educação da população. COMBATE AOS ATAQUES DE TUBARÃO DEVE LEVAR EM CONTA ECOSSISTEMA Fonte: Por Renata Santos ASCOM UFPE de 24 de Julho de 2013. ”Tudo que fere a terra fere os filhos da terra.” Esta frase, retirada da carta do cacique Seattle ao presidente norte-americano Franklin Pierce, em 1854, foi a inspiração da palestra do professor Fábio Hazin, em uma das conferências de hoje (24) na 65ª Reunião Anual da SBPC. A palestra abordou as principais causas dos ataques dos tubarões e as medidas tomadas para que possam ser evitados sem danos ao animal. Fábio Hazin é professor de oceanografia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e coordenador das ações do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), órgão que presidiu até o ano de 2012. Segundo ele, as medidas comumente apresentadas para a diminuição dos ataques de tubarões nas praias brasileiras não levam em consideração à manutenção do ecossistema e o bem-estar dos animais, já que sugerem ações que capturem e matem os animais que se aproximarem dos banhistas. Para ele, é importante observar que a aproximação do animal é causada, principalmente, pela ação humana. Os tubarões não têm que pagar a conta pela nossa ação na natureza. A criação de portos e a engorda das praias brasileiras são o principal motivo para sua aproximação. Se vamos evitar os ataques temos de, nós mesmos, arcar com os custos, afirmou. Durante a palestra, ele frisou que o tráfego marítimo e a atividade portuária são os principais fatores que atraem a presença dos tubarões à costa. O tamanho dos navios, o barulho e o lixo lançado pela embarcação são os causadores da aproximação dos animais. A existência de canais também facilita a chegada dos tubarões, que acabam sendo forçados a mudar sua rota migratória e se direcionar para o litoral. Como alternativa, o professor Hazin apresenta o trabalho feito pela Cemit que, através de barcos de monitoramento, captura, marca e solta em alto mar os tubarões que se aproximam dos banhistas. A vantagem desse método é que ele preserva a espécie e favorece o reconhecimento de tubarões que porventura voltem à área de risco, graças à marca deixada no animal, que aciona um receptor na praia. Na conferência, Hazin apresentou estudos para comprovar que, depois de capturados e levados ao alto-mar, os tubarões tendem a seguir para as profundezas das águas, raramente voltando à costa. Hazin usou esse dado para defender que, por esta razão, não há necessidade de matar o animal que ataca nas praias do Brasil. Hazin concluiu a palestra afirmando que não há soluções imediatas para o ataque de tubarões. ”Interditar praias ou colocar redes que capturem e matem os tubarões não resolverão o problema que, nesse caso, foi a presença humana que causou. O importante é pensar alternativas que combatam o problema e, acima de tudo, preservem a espécie, que é de suma importância para o ecossistema e, consequentemente, para nossa sobrevivência.”
Posted on: Thu, 25 Jul 2013 19:15:51 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015