MEMÓRIA DE MANAUS – a queda do voo PP-PDE * Osiris Silva A - TopicsExpress



          

MEMÓRIA DE MANAUS – a queda do voo PP-PDE * Osiris Silva A postagem do Júlio Cesar Seixas, de anteontem, sobre a casa do comerciante Ermindo Barbosa, na Joaquim Nabuco, levou-me a pesquisar e trazer aos companheiros do FB algumas informações sobre o imóvel e as circunstâncias de sua morte. O Sr. Ermindo Fernandes Barbosa, pai do nosso professor de Física no Colégio Estadual do Amazonas, Ernani Barbosa, foi um próspero e respeitável comerciante amazonense, dono firma J. A. Leite & Cia. (Aviamentos) Ltda., uma das mais fortes e tradicionais casas comerciais que abastecia o interior e principalmente os altos rios onde se localizavam os seringais do Amazonas durante a primeira metade do século passado. Foi também vice-presidente da Associação Comercial do Amazonas, quando, retornando de uma viagem de negócios a Belém, morreu vítima do trágico acidente com o Constellation PP-PDE, da Panair do Brasil. O avião caiu próximo a Rio Preto da Eva, ao começar a aproximação do aeroporto de Ponta Pelada, na madrugada de 14 de dezembro de 1962. Dentre os passageiros encontrava-se também outro comerciante amazonense, o Sr. Pedro Vieira de Castro, pai do gymnasiano Pedro Vieira de Castro Filho. Lamentavelmente não consegui a lista completa dos passageiros vitimados. O voo do Constellation, provavelmente o avião mais luxuoso da época, decolara no início daquela manhã, do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino a Manaus, fazendo escalas, observem o detalhe, em Aracajú, Maceió, Recife, João Pessoa, Fortaleza, São Luiz e Belém. O “Blog do coronel Roberto” apresenta dados importantes a respeito do acidente, destacando-se os relacionados à histórica residência do comerciante, localizada na avenida Joaquim Nabuco, próxima da Cúria Metropolitana e da residência do arcebispo de Manaus. A casa segue atraindo olhares e admirações até no Facebook, graças à referida postagem do amigo Júlio César Seixas. O imóvel encontra-se um pouco desfigurada e parcialmente esquecida devido a problemas de herança ainda não solucionados. Dadas suas características arquitetônicas é também conhecida por “Bolo Confeitado” ou “Cidade de Chocolate”. Registro, a título de resgate parcial, as condições de infraestrutura característicos da Manaus de então (início da década 1960), que, embora o acidente tenha ocorrido no dia 14 de dezembro, os corpos só foram encontrados seis dias após, no dia 20. O avião caiu numa área próxima a Rio Preto da Eva onde o CIGS tem instalado hoje um centro de treinamento que todos podem ver quando em viagem de Manaus a Itacoatiara. Tantas eram as dificuldades de localização dos destroços que, conforme informa o Blog do coronel Roberto, “para melhor esclarecer a cidade, o diretor da Operação Resgate, major Henrique Cal, da Aeronáutica, reuniu a imprensa para uma conversa, quando esclareceu as dificuldades que a expedição enfrentava para chegar ao PP-PDE. Além dessa iniciativa, avião da Força Aérea levou jornalistas para um sobrevoo na área do acidente”. Ainda segundo o Blog: “Por todo o dia 19, cinco dias depois do acidente, a expedição ainda não alcançara o destino e, ao final do dia, acampara nas proximidades, há cerca de 1 km ou duas horas de caminhada. Mas, havia outra expedição no caminho, a da Petrobras, que alcançou a clareira onde foram encontrados os destroços do avião às 10h30, de 20 de dezembro”. No total morreram 50 pessoas: 44 passageiros e 6 tripulantes. ------------------------------------- * Dedicado ao Prof. Ernani Barbosa.
Posted on: Fri, 13 Sep 2013 13:03:09 +0000

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