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MORDOMIA MINISTERIAL Tanto a mordomia Cristã como a Ministerial são assuntos relevantes nas Escrituras Sagradas, uma vez que, define a extensão do plano divino para a humanidade e as dádivas que os homens recebem de Deus. Segundo a consciência bíblica em relação a mordomia cristã a responsabilidade com os dons e talentos recebidos de Deus, deve ultrapassar o privilegio apenas do “ter”, mas antes, deve atingir o significado dos propósitos divinos com relação aquilo que Ele mesmo outorgou aos homens. Em síntese a definição funcional e prática da Mordomia Cristã é administrar as coisas que Deus nos confiou, a saber: família, trabalho, dinheiro, casa, carro, tempo, dons, talentos, ministérios, igreja, vida, saúde, corpo, etc. Uma vez que, definido o termo Mordomia Cristã, é possível então definirmos especificamente o termo “Mordomia Ministerial” como administração do ministério que Deus confiou a alguém. De modo que, diante de tudo o que Deus tem confiado aos seres humanos, a gratidão e a devoção devem permear o significado de toda existência humana. Porém, mais do que o louvor humano, Deus espera a responsabilidade do mesmo na administração e manutenção das dádivas concedidas, porque o critério divino não se limita apenas ao que está sendo realizado, mas principalmente como e por que está sendo feito. O escritor ao Hebreus afirma que “... a palavra de Deus... é apta para discernor os pensamentos e propósitos do coração” (4.12), ou seja, para Deus não é válido apenas o que se faz, mas principalmente o propósito e a intenção do coração ao fazê-lo. Isso significa que, tudo o que se realiza para o Senhor, deve ser pautado por motivações e intenções santificadas, caso contrário não haverá nenhum valor para Deus. Para que haja então, uma correta aplicação, quanto às motivações e intenções na “Mordomia Ministerial”, é importante que se tenha uma compreensão maior sobre ministério, e o faremos à patir da visão dada pelo Novo Testamento. Podemos observar que, o ministério cristão no Novo Testamento sempre esteve atrelado aos fundamentos apostólicos, podendo ser dividido em duas vertentes – 1) Ministério geral - é concedido por Deus a todos os cristãos, e são identificados como serviço, dons funcionais ou espirituais; 2) Ministério específico - é concedido a alguns cristãos segundo a soberania e a vontade divina, objetivando promover o aperfeiçoamento do corpo de Cristo. A primeira definição ministerial exposta acima, esclarece que cada cristão possui uma missão como igreja. Essa responsabilidade individual de cada cristão pode ser classificada como um ministério de” caráter externo” e envolve seu papel evangelizador, cooperando assim com a transformação do mundo em tudo que envolve o ser humano (mudança integral). Com isso, é possível envolver toda a igreja no trabalho em cooperar com Deus em Sua missão de resgatar o homem, por meio de Jesus Cristo, o Senhor. A falta dessa consciência torna o cristão omisso quanto à sua responsabilidade individual como igreja, sempre atribuindo a responsabilidade a pessoas que ele julga ter uma chamada específica. Embora exista esse grupo de pessoas com chamadas específicas, isso não isenta o cristão individualmente – e sem excessão – de cumprir sua responsabilidade como igreja diante da sociedade. A segunda definição ministerial compartilhada, é que alguns cristãos possuem chamadas específicas, e isso pode ser afirmado à partir de exemplos bíblicos e também na história da própria igreja. Alguns princípios fundamentais marcam essas chamadas, comoo de que Deus é sua fonte, conforme observamos na chamada de Jeremias (Jr 1.5), e seu principal propósito é cumprir a vontade de Deus no mundo (aspecto geral), e no que diz respeito à Sua igreja, de edificar a igreja, e assim, por meio dela o mundo ser alcançado. Esse ministério específico possui um caráter mais interno, em que o mesmo é exercido dentro da realidade e dos desafios da igreja,visando o aperfeiçoamento dos santos para que possam tornar Cristo conhecido de todos. À partir dos princípios da Mordomia Ministerial, é impossível não associar essa chamada à pessoa que a recebeu, e o primeiro questionamento surge: será que ele (o ministro) realmente tem chamada? É importante destacar que, aquilo que credencia e autentica uma chamada é sua fonte, ou seja, o próprio Deus, exigindo um reconhecimento de que ser chamado é o mesmo que ser consagrado, ou seja, propriedade exclusiva do Senhor, e isso significa que tudo pertence a Deus, inclusive o prórpio cristão (Rm 11.36). O apóstolo Paulo em I Coríntios 4.1 e 2 apresenta duas verdades, a primeira de que a pessoa chamada por Deus se torna um ministro de Cristo e a segunda que ele recebeu uma missão particular, mas que isso nada tem a ver com exclusividade no sentido elitista da palavra, antes o torna como servo de Cristo e também da própria igreja. Observe por exemplo, as palavras do teólogo D. A. Carson, que busca esclarecer o texto citado: A expressão “despenseiros dos mistérios de Deus” poderia ser traduzida mais literalmente por “mordomos dos mistérios de Deus”. É verdade que os mordomos desfrutavam uma posição de confiança, mas, em uma sociedade mais hierárquica do que a nossa, essa posição era comumente ocupada por criados ou até por escravos. E confiança lhes era dada em sua função como criados, como escravos. Quanto os líderes cristãos são chamados “ministros de Cristo”, a obrigação específica é colocada sobre eles como servos de Cristo é a obrigação de promover o evangelho. Isso é tudo que está implícito em ser “despenseiros dos mistérios de Deus”. O que significa ser um ministro de Cristo é estar obrigado a promover, por palavras e exemplo, o evangelho do Messias crucificado. (Carson, 1993, p. 121) Segundo as palavras de Carson, os que atenderam ao chamado de Deus, devem cumpri-lo com uma consciência pura de que receberam do Senhor sua chamada, e também de certa forma se trata de uma obrigação exercê-lo (inserir as palavras de Paulo sobre o assunto). Porém, essa consciência é resultado de um preparo, que proporcionará à pessoa uma consciência genuinamente cristã para o exercício de seu ministério que deve objetivar a glória de Deus, a edificação da igreja e a promoção do Reino de Deus por meio do evnagleho de Cristo. Essa consciência pura, proporciona à pessoa algumas verdades que são fundamentais no exercício de uma função no Reino de Deus, que são: define a posição da pessoa dentro do Reino de Deus (como servo); aponta para a posição de Deus em Seu próprio Reino (Soberano). Com isso, é possível que a pessoa nunca se esqueça de quem é a fonte de tudo e qual é seu papel dentro do Reino, além de fazê-lo compreender que Deus tem o controle dos detalhes de Sua obra, além de ajudá-lo a tomar as decisões corretas. Concluimos que, na verdade todos os cristãos possuem um papel importante na execução do plano redentivo de Deus para o homem, e também alguns possuem chamadas específicas que visam a edificação da igreja, e que na execução das mesmas são mordomos, ou seja, administradores de bens que não lhes pertencem, mas que receberam do Senhor, e trata-se de um grande privilégio e devem executá-los de maneira a agradar a Deus.
Posted on: Tue, 25 Jun 2013 20:37:31 +0000

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