MUDANDO O ENREDO NO TABLADO POLÍTICO A Câmara dos Vereadores do Município do Rio de Janeiro se tornou o palco de um enredo que se antes nem seduzia o interesse do cidadão carioca, hoje o faz pular da cadeira na plateia para fazer mais do que simplesmente uma parte do elenco. O cidadão resolveu quer reescrever a história e mudar toda a trama que há muito tempo tornava o crime protagonista nas mais diversas figuras da vida política e empresarial da cidade. Afinal do jeito que estava não daria mais para continuar: as empresas de ônibus financiando políticos que, quando eleitos, fazem vista grossa para a manutenção do cartel que elas implantaram na cidade sem serem incomodados pelo Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, ou por quaisquer outras autoridades relacionadas aos Poder Legislativo, Executivo ou mesmo Judiciário ─ que mesmo sem participar do sistema eleitoral atuava dando garantias legais para a manutenção dos atos criminosos. A CPI dos Ônibus só entrou em cartaz graças as intensas mobilizações de ruas que se intensificaram dos meses de junho e julho deste ano e que ecoaram nos documentos de pedido de instalação proposto pelo Vereador Eliomar Coelho (PSol/RJ). O bizarro é que os atores protagonistas da CPI dos Ônibus são os mesmos que lutaram a todo momento para que ela saísse dos papéis e fosse ensaiada: Presidente: Chiquinho Brazão (PMDB/RJ), Relator: Professor Uoston (PMDB/RJ), Membros: Jorginho da S.O.S (PMDB/RJ), e Renato Moura (PTC/RJ). O Vereador Eliomar Coelho (PSol/RJ) também compõem a membresia do CPI instituída pela Resolução nº 1269/2013 da Câmara dos Vereadores, mas destoa do elenco ao ser o único com propósitos de verdadeiramente mudar os rumos da história e acabar com as tramas criminosas sejam dos empresários que fazem parte do Cartel da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) ou dos políticos e membros do Poder Judiciário que se vendem a este cartel. A primeira audiência da CPI dos Ônibus, apresentada nesta quinta-feira (22/08) na sessão dás 10:05 foi marcada pela truculência ocorrida pela insanidade do Vereador Chiquinho Brazão (PMDB/RJ) que levou uma claque de manifestantes parrudos e truculentos para o apoiarem e que claramente vindos de redutos milicianos onde obteve seus votos para se eleger vereador ─ o Jornalista Ricardo Boechat, do Jornal da Band, inclusive, citou o fato dos manifestantes em apoio ao Brazão serem uma claque paga para incitar a violência e de procurarem esconder o rosto diante da imprensa. A mudança brusca dos rumos buscam garantir à trama um sucesso tão estrondoso que mereça os aplausos não só nas galerias do Palácio Pedro Ernesto mas em cada espectador, que enquanto cidadão destes limites citadinos, almeje ver um final feliz para esta história. Os cidadãos cariocas estão cansados em em sempre pagar o ingresso mas sem nunca ter direito de conhecer o que se passa no palco e nas coxias do Teatro da Vida Pública.
Posted on: Fri, 23 Aug 2013 06:43:53 +0000
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