Malandragem da dupla Galeno/Sarney. Como pode o livro do Sarney - TopicsExpress



          

Malandragem da dupla Galeno/Sarney. Como pode o livro do Sarney ganhar a bolsa tradução literária da BN? Nem deveria competir, quanto mais ganhar. Um Sarney para alemão não ler (O Globo - Segundo Caderno, 14/10) Editor que usou bolsa de tradução do Brasil pensa em destruir edição de Saraminda A editora Kõnigshausen & Neumann resolveu não distribuir Saraminda do ex-presidente José Sarney, depois que o consulado do Brasil em Frankfurt deixou de cumprir sua parte do contrato, de comprar 500 exemplares da obra. Beneficiado pelo programa de traduções da Biblioteca Nacional, que, segundo seu coordenador, Fabio Lima, investe em média US$ 8 mil em cada tradução, Saraminda tinha lançamento previsto na Feira do Livro de Frankfurt, encerrada ontem. - Assumo o prejuízo de ter uma publicação para ninguém ler, mas prefiro desistir porque me senti iludido pelo consulado - disse ao GLOBO o editor Thomas Neumann, que admitiu a possibilidade de destruir os volumes já impressos. Até ontem, Fabio Lima não havia tomado conhecimento da suspensão do projeto. A BN disse que espera a confirmação da decisão para tentar receber de volta a verba já transferida. O tradutor Marlais Sahr recebeu os seus honorários diretamente do editor alemão. Coproprietário da editora especializada em livros científicos, principalmente de filosofia, Neumann explicou que só incluiu no seu catálogo um livro de ficção, ainda mais de um autor conhecido como político, mas não como escritor, pelo menos na Europa por insistência do consulado, na época (e até março deste ano) chefiado pelo cônsul Cezar Amaral. O financiamento da BN só é possível quando uma editora estrangeira solicita a bolsa de tradução e se compromete a publicar a obra. Depois de ter a proposta recusada por várias editoras, segundo Neumann, o consulado, através da então chefe do setor cultural, Rita Rios Bonfim, convenceu-o a editar Saraminda - Aceitei porque o consulado garantiu comprar um número determinado de exemplares e, confesso, porque não sabia direito quem era Sarney. Hoje sei que o meu erro foi grande. Depois de ler muito sobre ele na internet, sobre seu papel em governos passados, fiquei com a impressão de que é uma espécie de Berlusconi do Brasil - disse o editor. PRESENTES OFICIAIS Desde junho no posto, o cônsul Marcelo Jardim reagiu com surpresa à informação de promessa de compra, dizendo que a história é contraditória - O consulado não tem biblioteca, e por que compraria livros? Além de ficar irritado pelo não cumprimento do contrato, Neumann passou a temer colar à sua editora uma imagem negativa ao publicar um livro cuja tradução fora promovida por critérios de amizade e de influência de poderosos De Rita, sua interlocutora no processo (e atualmente em férias), ele recebeu a informação de que os livros seriam usados como presentes oficiais do consulado. Na negociação do livro de Sarney, Rita conseguiu vender também o seu próprio livro Poemas e pedras - a relação entre poesia e arquitetura partindo de Rodin e Rilke O ensaio recebeu a bolsa da BN e está na agenda da Kõnigshausen & Neumann para lançameíito em 2014. Saraminda foi lançado no Brasil no ano 2000 e já foi traduzido para o romeno, espanhol, francês e húngaro.
Posted on: Tue, 15 Oct 2013 01:04:54 +0000

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