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Manifesto contra o Ato Médico Este manifesto vem questionar a validade do projeto de lei aprovado no Senado, na terça- feira, dia 18 de junho de 2013, conhecido como Ato Médico. Entre os pontos polêmicos desse Ato, está o fato de ele centralizar a saúde brasileira na figura do médico, limitando a função de enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, parteiras e outros profissionais da saúde, especialmente a terapia alternativa/acupuntura. As práticas alternativas ou integrativas no Brasil existem desde o inicio da colonização, quando as pessoas utilizavam recursos da natureza para o preparo de remédios, tradição proveniente das culturas indígenas americanas e africanas, povos que têm enorme conhecimento nessa área. É importante lembrar que, no século 20, além da medicina ocidental, crescem no Brasil métodos alternativos na saúde, como é o caso da acupuntura. As técnicas orientais chegam ao país no fim da década de 1950 e se consolidam na década de 1970, fazendo parte das técnicas utilizadas por muitos profissionais da saúde. A expansão da medicina tradicional chinesa (MTC- acupuntura) no mundo ocidental foi sendo adaptada de acordo com a cultura, filosofia, política e religião do país. Vale ressaltar que no primeiro momento a classe médica lutou contra a acupuntura acusando de ser uma prática de charlatães. Posteriormente a classe muda de idéia devido ao sucesso da acupuntura no país. Embora a discussão de quem deva, efetivamente, praticar a acupuntura (sejam terapeutas ou médicos) tenha se estendido por anos é inegável os benefícios positivos que as práticas alternativas promovem na saúde da população. A Federação Mundial de Acupuntura (WFAS) representante da Organização Mundial da Saúde para questões ligadas à acupuntura propõe que ela seja multidisciplinar, em outras palavras que todas as áreas da saúde possam praticá-la desde que tenham uma boa formação. O questionamento do Ato Médico é o seguinte: por que excluir uma prática benéfica, barata e de fácil acesso à população brasileira? O que estamos vendo é a falta de médicos e a precariedade de materiais nos hospitais, fato que se repete em todo o país. Impedir que a terapia integrativa cresça no país como uma alternativa real de tratamento para a população é um contra senso. É caminhar na contramão da democratização da saúde, da educação e do respeito à diversidade cultural. É barrar a evolução histórica das terapias alternativas/acupuntura que vem crescendo no país com terapeutas das mais diversas áreas da saúde. Estamos vivendo um momento de globalização que é determinado pela difusão de conhecimentos e acessibilidade à informação e por conseqüência leva as pessoas a procurar os tratamentos mais adequados ao tipo de vida. Impedir este movimento é andar contra a evolução histórica. A questão a ser levantada é se a preocupação pela saúde pública será determinada pelo corporativismo que privilegia um mercado fechado e uma elite ou se a decisão será a de abrir as possibilidades unindo esforços de médicos e demais áreas da saúde em favor do povo, como um auxílio na busca da cura e do bem estar das pessoas.
Posted on: Thu, 27 Jun 2013 00:34:19 +0000

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