Manifesto da Industria Têxtil Nos últimos anos, testemunhamos - TopicsExpress



          

Manifesto da Industria Têxtil Nos últimos anos, testemunhamos e vivenciamos indignados, uma recessão crescente no segmento têxtil brasileiro, causando um contínuo fechamento de pequenas, médias e grandes indústrias e o desaparecimento de marcas conhecidas. Segundo entidades e associações de classe das indústrias de vestuário: fiações, tecelagens, malharias e confecções reduziram seus investimentos, suas produções e suas vendas dos produtos de moda a níveis perigosos por motivos evidentes: • A alta carga tributária brasileira, que ultrapassa 42% sobre os produtos; • Custos fixos exorbitantes: energia elétrica, água, transportes; • Falta de crédito e alta taxa de juros, em média de 400,65%, maiores que as taxas da China; • A invasão do mercado nacional por produtos importados, com custos totalmente incompatíveis com a realidade da indústria brasileira. É importante citar alguns dados, como por exemplo: na área da malharia, os importados cresceram 147%, representando em 2015, 163.000 toneladas de produtos importados de vestuário. Nesse cenário, em apenas cinco anos, sobreviverão apenas 1/3 das indústrias do setor, refletindo diretamente em mais de um milhão de empregos. Apesar de o Brasil ser considerado um lançador de moda e ter um parque industrial moderno e eficiente, o industrial não tem mais energia para combater o custo Brasil. Somos um país de raízes profundas e diversas, de diferenciações e diversidades, de artistas e altruístas, generosos populares e universais. Somos muito bons no que fazemos, mas apesar de lutarmos muito não conseguimos vencer a concorrência dos produtos asiáticos, não porque somos menos competentes, mas pela falta de infraestrutura, pelos altos custos dos impostos e serviços controlados pelo Estado, pela falta de apoio ao setor, pela complexidade das legislações tributárias, trabalhistas, ambientais, etc, que geram custos e tempo perdido para a empresa, pela baixa especialização de nossa mão de obra, enfim dos diversos fatores que não podem ser controlados pelas empresas, mas que deveriam ser fornecidos pelo Estado. A diferenciação e a originalidade farão a diferença da nossa indústria, e como empreendedores, somos responsáveis por essa mudança, mas precisamos de incentivo: • Concorrência leal; • Aumento da alíquota de importação e controles adequados nos portos; • Regime Tributário Diferenciado Competitivo; • Redução da carga tributária; • Medidas apropriadas de salvaguarda; • Criação de uma política antidumping para todos os produtos têxteis acabados ou não, importados de qualquer lugar do mundo por valores simbólicos e que remetam o produto brasileiro a comparações ridículas de valores e inatingíveis pela indústria nacional. Tecnicamente, o dumping, ou política de preços predatória como também é chamado, consiste em vender um produto abaixo do custo com a intenção de dominar o mercado e, assim, eliminar a concorrência, para, posteriormente, impor preços altos, deixando os consumidores sem opções e os submetendo a uma armadilha inescapável. Querem quebrar nosso parque industrial e tomar posse do nosso mercado! Seremos monopolizados pelas indústrias asiáticas ou por quem importa seus produtos! O governo deve se posicionar: Lealdade à Pátria ou a China? Lealdade ao povo ou aos partidos? O governo vem perdendo o foco, o rumo, a bússola, a régua e o compasso. Perderam os princípios e a capacidade de gestão. Até quando, a indústria têxtil brasileira terá que se ajoelhar e implorar para trabalhar, crescer, empregar e produzir? Ate quando teremos que demitir nossos empregados que tentam viver privados de: saúde, educação e segurança? Temos que repensar novos caminhos porque o governo brasileiro não mais nos representa.
Posted on: Mon, 29 Jul 2013 11:45:24 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015