Me apaixonar por você foi como dirigir um carro em alta velocidade numa rua sem saída. Eu sentia a adrenalina, o calor, a paixão e apenas acelerava mais, me aproximando mais rápido do fim, apenas esperando o choque ocorrer. E ocorreu, oh como ocorreu. Tão doce quanto violento, amargo no coração, porque foi lá que a morte começou... Apaixonar-me por você foi inevitável e instantâneo, contudo, tinha seu fim antes mesmo de começar. Oh, como queima, arde, doce violência... De um vermelho paixão tudo se tornou cinza fumaça... Então eu saio do carro, confusa e agitada, mal acreditando que sobrevivi. Meu Deus!, sobrevivi...arrisquei-me e fui contra tudo, e sobrevivi... Ainda sentindo a suave dor no peito abandono o carro, não há mais nada, apenas fragmentos vermelhos de uma paixão há pouco vivida, estou abandonando o cinza da fumaça e me entregando ao azul da calmaria... E mesmo agora, no calmo e torpe azul eu ainda posso ver fragmentos de vermelho...quase esquecidos, uma paixão há pouca vivida. Porque paixão é vermelho, fogo, arde, queima...marca. E valeu a pena, oh como valeu, os segundos antes do choque, da colisão foram os melhores. Inesquecíveis. Eu queimei em vermelho e agora me afogo no azul... Ah o azul...não há problema em vivê-lo...se ainda tenho as memórias do vermelho. Ah o vermelho...ardente vermelho...não importa o futuro, não importa a minha vida... Acelerar o carro contra a rua sem saída valeu a pena...jamais o faria novamente. Experiência única, mas valeu...ah como valeu...
Posted on: Tue, 08 Oct 2013 03:56:51 +0000
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