Meditações em Salmo 27 Introdução: Nos dias de lutas, - TopicsExpress



          

Meditações em Salmo 27 Introdução: Nos dias de lutas, adversidades e guerras, quando o mal floresce e tudo parece ser uma grande conspiração. Quando existe um encontro de poderes travados na força que gera desânimo e o abandono parece adotar a alma, sim, naqueles dias que os céus parecem ser de bronze em chuvas de metal em forma de predadores do mal, sim neste dia, pare e lembre-se: o SENHOR É... É e é muito mais! Na mais devastadora situação de perigo, no lugar que se pára e pensa se vale a pena continuar, sem saber se ser vivo significa mesmo viver. Momento de aparente derrota em que não adianta mais falar, nem tentar defender, sim, é neste momento que se pode ver o Deus usando o perigo e a adversidade em nosso favor, fazendo-nos ver a oportunidade na brevidade da vida quase morta, e expandir a mente na explosão da coragem de gente valente que crê no amanhã, sabendo que viver com Ele hoje é o que de fato importa. Davi passou por muitas tribulações: momentos como as perseguições de Saul, tanto nas lançadas em sua casa, como fugitivo nas cavernas, escondido, perseguido como um criminoso, sendo a caça correndo do caçador que lhe deseja a cabeça como troféu, na esperança de ser vencedor, quando não havia inimigo algum, a não ser na mente do Rei com medo do trono perder. Assim o servo Davi foi foragido, refugiado e por certo nas incertezas do futuro, sem saber o seu destino, dedilha sua harpa e compõe a melodia do Salmo 27. A possibilidade da derrota para Davi era sempre presente ̶ ele poderia ser a presa fácil caída no terreno traiçoeiro do deserto, ou perder o tudo em atos traiçoeiros, nestes momentos sem entender o que estava para acontecer o “homem segundo o coração de Deus” caminhando no perigo em vida difícil, não perdia o foco e a prioridades de cultuar, adorar e celebrar a vida em toda sua força, quando nenhuma força lhe restava. Este salmo pode ter sido escrito no início de sua vida, nas fugas, na caverna de Adulão, em En-Gedi, na rebelião de Absalão, nas notícias lamentosas das calúnias por Aitofel, ou nas fofocas de Doegue, seja quando foi ou como foi, sempre se verá nos Salmos semelhanças de palavras e pensamentos que descreve a língua dos mentirosos, as falsas testemunhas, os ímpios retirados da terra dos vivos e a esperança na bondade de Deus na terra dos viventes. Sempre fica certo que o homem mau que não faz de Deus a sua força, nem espera nas misericórdias do Todo Poderoso perecerá, mas os que confiam no Senhor se levantarão mesmo quando for um desvalido no monturo para salmodiar e louvar o Senhor para sempre (Sl 27:6). Porisso ele sabe que pode esperar no Senhor (Sl 52:9; 27:14). Que fique sabido que o guerreiro militante na fé sempre se recompõe enquanto compõe, se recria quando nada parece mais impossível e se levanta na graça do Soberano para receber sua recompensa. O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O SENHOR é a força da minha vida; de quem me recearei? O foco deste cântico é a confiança, mesmo no mergulho de momentos de dúvida e medo, portanto um salmo de profissão de fé. Assim, Davi, inicia os Salmos dizendo que o Senhor é sua luz, observe que ele não fala apenas “luz”, mas “sua luz”, ora, se a ideia de luz já seria extraordinária, já que poucas vezes se fala em luz no antigo testamento referindo-se a Deus, mas ele vai além, ele diz; “minha” um termo que denota a ideia de propriedade, de pertence. O Deus luz (Isaías 60.1-3), criador da luz (Gênesis 1.1-5), aquele que ilumina é a sua luz, nos faz parar e pensar no velho João que nos revela que Jesus é a luz do mundo (Jo1:4-12). O Próprio disse a seu respeito em ocasião da festa no templo Eu sou a luz do mundo... (João 8:12; 9:5). A afirmação foi feita em nítido contraste com os quatro grandes candelabros que iluminou o céu de Jerusalém à noite, durante o feriado festivo, depois volta a afirmar durante a Páscoa: Eu vim como luz para o mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas (Jo. 12:46). Por seguinte Davi afirma que o Senhor é sua salvação; observe que a palavra salvação é Yeshua, o nome hebraico de Jesus! E ela [Maria] dará luz um filho e lhe porás o nome de Jesus (Yeshua), porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. A salvação dos perigos, o baluarte na agressão, a dependência do Senhor, sim o Senhor é a salvação para Davi e para cada pecador que o confessa como Senhor e recebe o perdão pelos pecados, a plena justiça de eterna liberdade, a paz da glória infinda do amor imensurável. Diante da notoriedade do caráter e atributos revelados, ele pergunta à sua alma inquieta, escondido no esconderijo, talvez encolhido enfrentando seu maior inimigo, o próprio medo e diz para si mesmo: quem terá medo? As belas letras da poesia judaica nos remetem novamente ao ponto de origem, sua lógica tem como objetivo afirmar, refirmar, fixar, então ele reafirma: O SENHOR é! Salmos 27:1. O Senhor é a fortaleza da vida; força da minha vida. A força da palavra (Maoz) é frequentemente traduzida por fortaleza. No Salmo 31:3, Davi descreve o Senhor como sua rocha. Além de ser a vida, Ele é a força dela. O Senhor é a vida em movimento e o movimento da vida, fazendo a grandeza; em física colocar em movimento a vida, esta força é beleza em movimento, providência andante movendo o existente, por meio da essência dos poderosos. Ser imanente, mediante a esta força transcendente se pergunta com firmeza, ainda que seja em um pântano de areia movediça: A quem temerei? A retórica A quem temerei? E De quem terei medo? Tem a reposta no quem, portanto no temor; se deve temor apenas ao Senhor. Salmos 27:2 “Quando malfeitores me sobrevêm para me destruir, meus opressores e inimigos, eles é que tropeçam e caem”. Davi demonstrou sua confiança no Senhor, descrevendo seus inimigos, e o que eles planejavam fazer com ele, mas também o que o Senhor fará para eles. Os ímpios queriam comer a carne de Davi, como um leão ou um leopardo faria da presa que foi capturada, mas o Senhor os faria cair. O mal é o tropeço do maldoso, seu pecado sempre o alcança, pode parecer demorado, mas sempre se dá mal o malvado, pois o pecado grudado em sua mente o fará presa logo, sem que haja escapatória, pois quem planta colhe. Salmos 27:3 “Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança”. Davi faz uma afirmação ousada, dizendo que, mesmo quando um exército organizado venha contra ele ̶ neste caso ele está cercado ̶ ele não teria medo deles, possivelmente temos aqui o retrato do Rei Saul liderando seu exército perseguindo-o, e depois um estouro de guerra, neste caso pode ser uma pintura de momentos de confronto, enfrentamento mortal, mas Davi continua confiando no Senhor e destemidamente em face do perigo, porque o seu desejo de adoração, mesmo no meio da guerra, levava-o a uma maior confiança. Quando olhamos para o Senhor e vemos que nada está acima dEle, então podemos confiar quando nada mais pode ser confiável. Salmos 27:4 “Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo”. Para Davi, O Senhor que é onipresente, estava especialmente no santo tabernáculo, lugar onde Davi conhecia bem, lugar onde o culto era vivido, sentido, experimentado, degustado durante a adoração. Ao chegar à tenda do tabernáculo, poderia se observar os animais sendo preparados para os sacrifícios, ouvir a música cantada pelos levitas, acompanhados pelo som doce das harpas, sentir o cheiro das carnes sendo assadas no altar, degustar o bom churrasco após os sacrifícios oferecidos, tudo ao sabor da liberdade ao ar livre. O culto era prestado vivo, com cânticos e louvores ao Senhor e orações de agradecimentos ao Deus e durante a adoração os pés moviam em danças de reverência e alegria diante do Senhor. Assim Davi, lembrando a adoração contínua, melodia sua poesia com o coração cheio de Deus e palavras que fluíam do coração divino no inspirar do Santo Espírito. Uma única coisa que precisa ser desejada ardentemente na vida, que fosse prioridade, que fosse o foco do próprio ser, seu desejo supremo e único era habitar na casa do Senhor todos os dias da sua vida, morar com Deus, dentro dEle, que maravilhoso pensamento e refletir que hoje Ele mora em nós neste tabernáculo vivo, santuário do Espírito, muito mais devemos desejar a intimidade com AQUELE que entrou na nossa vida, mora na nossa alma e nos dá nova vida. Primeiro, ele queria para contemplar a formosura do Senhor, e segundo para inquirir no seu templo. Quando Davi visitou o Tabernáculo estava impressionado com sua beleza, porque era um reflexo da Pessoa do Senhor. Foi construído de madeira de acácia revestido com ouro e prata, com tapeçarias de belas cores e desenhos. Dentro do Tabernáculo tinha vasos de ouro finamente trabalhados. Todas essas coisas refletem a beleza do Senhor, bem como os seus caminhos na redenção. A Glória do Senhor, a beleza do Senhor refletem sua Pessoa. A segunda coisa que Davi queria fazer na Casa do Senhor era consultar o Senhor. O inquirir palavra tem a ideia de meditação, e neste caso seria ouvir e repetir a Palavra de Deus, a própria revelação de Deus na leitura do Torá fazendo meditar nos seus caminhos, e discernir Sua vontade nas Escrituras. Salmos 27:5 “Pois no dia da adversidade, ele me ocultará no seu pavilhão... Ele [o Senhor] me esconderá no seu pavilhão. A palavra hebraica traduzida por pavilhão é sucah. A mesma palavra é usada no Salmo 10:9 Arma ciladas no esconderijo, como o leão no seu covil (sucah),, portanto o pavilhão pode ter sido a caverna, o recôndito, o abrigo, dando a ideia de que ele estaria seguro “dentro” da própria proteção, o Senhor, motivo pelo qual o salmista diz que o Senhor vai protegê-lo; portanto ele crê que o Senhor vai escondê-lo no seu pavilhão (sucah), se este foi o pensamento, então é lindo saber que O Senhor faz do covil um pavilhão, do lugar do medo uma fortaleza e por fim o coloca no alto de uma rocha, Ele firma os passos, faz levantar do medo e coloca em cima, em pé, o Senhor faz isto, coloca em pé o que nEle se esconde! Salmos 27:6 “Agora, será exaltada a minha cabeça acima dos inimigos que me cercam. No seu tabernáculo, oferecerei sacrifício de júbilo; cantarei e salmodiarei ao SENHOR.” Durante a volta de Davi mediante a derrota de Saul, ele fez um voto ao Senhor que, quando o Senhor lhe desse vitória, ele iria para o Tabernáculo e ofereceria ofertas de ação de graças ao Senhor e agradecer-Lhe-ia publicamente (Nm 10:10) . Quando Deus respondeu suas orações, e a guerra cessou, Davi ofereceu seus votos ao Senhor. Salmos 27:7 “Ouve SENHOR, a minha voz; eu clamo; compadece-te de mim e responde-me”. Segunda parte (7-14) Depois de linhas de confiança, agora ele canta súplicas. Quantas vezes falamos de vitória, depois pedimos socorro ao Senhor! Assim o salmista pede para Deus ouvir sua voz, compadecer-se dele e responder sua petição. Ouve, ó Senhor, quando eu choro com a minha voz! (27:7). A palavra ouvir é o “shema”, palavra hebraica. A mesma palavra que é usada em Dt. 6:4, Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor”. Davi suplicou ao Senhor por Sua misericórdia (o miserável pedindo para não receber o mal que merece) em responder sua oração para a libertação de seus inimigos. Salmos 27:8 “Ao meu coração me ocorre: Buscai a minha presença; buscarei, pois, SENHOR, a tua presença”. Deus responde a pedido de Davi, dizendo: buscai a minha face (27:8). Se isso era um pedido audível, ou um cicio, o que importa é que Davi entendeu e sabia que o Senhor estava certo. Ele respondeu: Seu rosto, Senhor, buscarei. Davi sabia da presença de Deus no Tabernáculo, por isso procurou o Senhor lá; só um coração de adorador pode suplicar, confiar e buscar ao Senhor na intimidade de sua formosura, mesmo no meio da guerra (Efésios 6:12). Salmos 27:9 “Não escondas SENHOR, a tua face, não rejeites com ira o teu servo; tu és o meu auxílio, não me recuses, nem me desampares, ó Deus da minha salvação”. Davi implora por misericórdia e lhe pede três coisas: A primeira é: Não esconda seu rosto de mim Se o Senhor esconder seu rosto, o nosso fica abominável, ficamos perturbados com o espírito desmaiado, semelhante aos defuntos sendo enterrados (Sl 22:24; 30:7; 143:7). A segunda petição é Não rejeite o teu servo com ira. Coisa terrível é um servo rejeitado pelo seu Senhor, ele não vale mais nada, não pode ter outro dono, estará condenado à ruína. A terceira petição que Davi ora é para o Senhor não o abandoná-lo; o homem abandonado pelos homens pode plenamente viver em comunhão com Deus, mas o homem recusado, abandonado pelo Senhor está completamente execrado. Salmos 27:10 “Porque, se meu pai e minha mãe me desampararem o SENHOR me acolherá”. O salmista usa do exagero da possibilidade do abandono, quando criança (Ez 16) ou durante o crescimento. Mesmo havendo o absurdo de uma mãe que se esquece do filho (Is 49.14-15), Deus é PAI por excelência em quem podemos nos apegar, pois jamais nos abandonará (Sl 103). Quando Davi fugiu de Saul, ele levou seus pais a Moabe e os deixou lá com parentes distantes, portanto a declaração de Davi é uma construção hipotética, como Mesmo se meu pai e minha mãe me abandonarem. Se isso tivesse acontecido o Senhor em Seu infinito amor ocultaria com sua presença de amor, ainda que de todos sejamos esquecidos ou abandonados, mas do Senhor nunca. Salmos 27:11 “Ensina-me, SENHOR, o teu caminho e guia-me por vereda plana, por causa dos que me espreitam”. A segunda parte desta estrofe é uma oração a Deus para ensinar os santos caminhos, ou de orientação (27:11-12). Esta oração foi atendida no desejo de Davi para consultar o Senhor no seu templo, que é a segunda razão. Davi queria morar no Tabernáculo (27:4). Ele passa a orar, Leva-me no bom caminho, por causa dos meus inimigos. O caminho suave é o caminho do Senhor: Mt. 11.28-30. Salmos 27:12 “Não me deixes à vontade dos meus adversários; pois contra mim se levantam falsas testemunhas e os que só respiram crueldade”. A oração seguinte foi para que Deus lhe desse vitória sobre seus inimigos. Não entregar-me à vontade dos meus adversários., A palavra adversários neste versículo é o mesmo que inimigos no verso 2, a referência à violência pelas falsas testemunhas (27:12) pode ser um indício da matança dos sacerdotes e os habitantes de Nobe por Doegue o idumeu (I Sam. 22:18-19). Davi teria sido entristecido por este evento, pois este era o lugar para ele adorar, mesmo no meio da guerra, caso seja esta a cena, a resposta de Davi foi: “Eu sou como a oliveira verde na casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para sempre, eternamente”. Neste caso fica claro que quanto mais se espreme a oliva melhor ela fica. Salmos 27:13 Eu creio que verei a bondade do SENHOR na terra dos viventes. O desejo do salmista para a adoração leva à paciência enquanto espera no Senhor para responder às orações. (Sl 27:13-14) Davi estava antecipando a bondade de Deus na terra dos vivos. Nesta passagem, a terra dos vivos não está se referindo a vida na Terra na sua libertação no sórdido, portanto a atitude de Davi não era de um soberbo, mas de alguém que confia no Senhor. Salmos 27:14 “Espera pelo SENHOR, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo SENHOR”. Davi estava ciente das promessas Sê forte e corajoso” “Eu não te deixarei, nem te desampararei (Js 1:5-9), Ele [o Senhor] não vai deixar, nem te desamparar”... (Dt. 31:6, 8). Importa ter em mente a palavra do Senhor, é assim que podemos ver pela fé no meio da tempestade de areia no deserto, quando até o amigo levanta o calcanhar, quando os colegas lhe viram as costas, a família que esquece, os inimigos aproveitam, o que amas lhe abandona e ficas a pensar o que fiz? Onde errei? Que não fiz e deveria ter feito? Neste momento levante a cabeça e deixe a desgraça alcançar o que a ama, mas quanto a ti, espera pelo Senhor! Novamente lembre-se: tenha bom ânimo, se alegre, fique forte no dia da fraqueza. Ficar forte no dia da fortaleza, qualquer tolo consegue, mas quanto a ti que espera pelo Senhor, levante-se, anime-se e creia que Ele, o Senhor, é seu abrigo, seu baluarte, sua rocha, seu libertador, seu Senhor, é nEle que vivemos e nos movemos e ELE mora em nós, aleluia!!!!
Posted on: Sat, 19 Oct 2013 04:41:50 +0000

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