Menos rei, mais real Hoje me divorcio da poesia e do - TopicsExpress



          

Menos rei, mais real Hoje me divorcio da poesia e do poeta Renuncio a isso, que morram os dois dentro de mim Não me interessam qual sua rítmica ou sua métrica Tampouco sua classificação, A qual não passa de pobreza arquitetônica e geométrica Grande pequeníssima classificação de merda Sou incapaz de ser fiel a utopias inférteis que não amo Não bebi do vinho feito do milagre da água Minha fonte é mais rasa É aquela em que a boemia se banha na praça Pobre academia em decadência Onde só se existe a reprodução e ninguém mais pensa E a caneta que julga é incapaz de escrever uma linha mais extensa Hoje me caso com a palavra torta que rasga a certa Digo sim para ser amante daquilo que se escreve no sentimento e na vivencia, No amor e na pobreza, até que a morte me separe dessa verdadeira realeza O fruto dessa união não será o risco perfeito feito sobre a régua Será o traço livre que surge da dança de uma ponta sobre a névoa Não será o anjo loiro de anatomia perfeita dos “deuses” gregos Há de ter a forma retorcida da realidade latina que foge pelos meus dedos Quem me acompanha no caminho do altar não é Dionísio com Afrodite, nem nenhum desses nascidos de realidades imaginárias que se acredite Quem me leva nesse caminho vem da realidade usurpada Talvez um malandro com uma vaga bunda apalpada Ou algum outro cem talento, da marginalidade desacreditada Não quero eu, ser visto como filho da santa Quando, sou eu filho da outra
Posted on: Tue, 27 Aug 2013 23:29:13 +0000

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