Mercadante, o ministro que abandonou a Educação, por Roberto - TopicsExpress



          

Mercadante, o ministro que abandonou a Educação, por Roberto Freire Uma das principais reivindicações dos brasileiros que tomaram as ruas para exigir melhores serviços públicos é que a educação ocupasse o primeiro plano na agenda de prioridades do governo. Apesar do clamor popular, Dilma Rousseff deu mais uma prova de que não entendeu o recado das ruas e deslocou o ministro Aloizio Mercadante para exercer outras funções, escancarando o descaso com que a gestão petista trata uma área de importância vital para o desenvolvimento da nação. Justamente desde que eclodiram os primeiros protestos pelo país, Dilma determinou que o ministro da Educação ocupasse o espaço originalmente destinado à chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e à responsável pela articulação política do Planalto, Ideli Salvatti, o que só comprova o quanto o governo petista está à deriva. Além dessas duas funções, Mercadante também ofuscou o papel desempenhado pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, muito ligado ao ex-presidente Lula e que jamais contou com o apreço de Dilma. Enquanto seu titular ostenta a posição de conselheiro número um da presidente e acumula funções que não são de sua alçada, o Ministério da Educação permanece acéfalo. Como ajudante de ordens de Dilma, Mercadante não encontra espaço na agenda para resolver problemas cruciais que travam o futuro do país, muitos dos quais estampados nos milhares de cartazes levantados pelos manifestantes nas últimas semanas. Os estudantes brasileiros jamais se esquecerão, por exemplo, de episódios lamentáveis protagonizados pelo MEC, como os erros na correção das provas e as fraudes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Outros exemplos recentes da incompetência do PT na área são a aprovação de uma medida provisória que condena os alunos da rede pública a uma alfabetização tardia, até os 8 anos de idade, ou a lei sancionada por Dilma que pôs fim à exigência da apresentação de títulos de mestre e doutor pelos candidatos a novos docentes das universidades federais. Ao invés de se debruçar sobre essas e outras questões relativas ao ministério que comanda, Mercadante hoje atua quase como um condestável da República, escalado para falar em nome do governo após as reuniões de Dilma com governadores, prefeitos e os presidentes da Câmara e do Senado, no fim do mês passado. O ministro da Educação também foi designado para explicar à nação a insana proposta de realização de um plebiscito sobre a reforma política ainda este ano. Nos bastidores, comenta-se que teria sido de Mercadante a iniciativa de convocar uma Constituinte exclusiva para tratar da reforma, ideia que logo teve de ser abortada por se tratar de uma aberração jurídica. Embora não sejam poucos os que dizem que a educação no Brasil até melhorou sem Mercadante, em mote irônico semelhante àquele ditado de que o país vai bem durante a noite porque o governo dorme, a verdade é que, se Dilma precisa de um fiel escudeiro para enfrentar a crise, que tire do papel a prometida reforma ministerial e nomeie um substituto para Mercadante. A educação precisa de mais que um “curinga”. Roberto Freire é deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PPS/MD robertofreire.org.br/site/noticias/item/1982-roberto-freire-mercadante-o-ministro-que-abandonou-a-educa%C3%A7%C3%A3o#sthash.ET0fuEKN.W4Egrj8N.dpuf
Posted on: Fri, 12 Jul 2013 13:11:01 +0000

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