Mexer com a mecânica humana é sempre muito delicado. Porque - TopicsExpress



          

Mexer com a mecânica humana é sempre muito delicado. Porque cada processo é único embora universal. As borboletas estão envolta de... tudo é perceptível na linha lógica do imaginário. A reticência apenas qualifica o caminho da sensibilidade. Ao chegar em casa, percorri alguns arquivos, programas de peças que eu tenho guardado. Eu queria rever um que diz: “Fazer teatro é tão simples quanto beber água.” É com essa sensação que eu avidamente assisti os atores se digladiando em cena no espetáculo A Mecânica das Borboletas. Eles fazem o teatro da palavra, o teatro em que nada pode substituir a conjuntura emocional. Muito tempo atrás eu aprendi uma frase, do mesmo autor que disse que fazer teatro era tão simples quanto beber água, que "quanto melhor o diretor , menos visível é sua mão no espetáculo." Tudo isso parece nítido quando o elenco de A Mecânica entra em cena. Ali você vê os personagens concentrados em suas possibilidades, em suas grandezas psicoemocionais aquecidas e levadas a vapor pela capacidade cênica do elenco. Eles parecem tão desprovidos daquilo que ainda limitam muitos que praticam o mesmo oficio. Eles não estão ali presos, ao distanciamento, ao atrito físico de si, eles se desprendem talvez de tudo o que sabem, porque na hora de atuar é o talento que conta, na hora de atuar os bastidores e os exercícios de ensaios não precisam estar a vista como recebido de que algo houve como preparo, que anteriormente alguma coisa precisasse justificar a estada deles ali na vitrine teatral. Bom, muito bom, perceber esse teatro onde a impressão é costurada com fotografias mágicas, onde a condição humana se restabelece dentro de nós. As borboletas ainda envolta de.... A reticência se rebatiza como criação mágica de que nosso universo é incorpóreo, onde nossos limites e nossas revoluções não precisam ser de um todo social, mas humana , individuais. O melhor teatro do mundo vai ser sempre aquele que nos aborda a solidão do que somos, a solidão que nem sempre queremos avistar dentro de nós. Solidão está que nem sempre é de um todo infeliz. A solidão pode também nos apresentar diante de nós com verdades inteiras e nunca fracionadas do que somos capazes ou não. O teatro é um grande ditador de nossa capacitância nem sempre explorada. O teatro, o teatro quando se destina a ser o espelho da sociedade ou mesmo da condição humana de cada um, já fragilizada, ele nos mata e nos faz aflorar religiosamente. O autor, o autor ele tirar da manga de sua blusa, nossos segredos, e expõe ali, com a fragilidade necessária para que eles não sejam quebrados, mas que sejam na verdade perceptíveis. Esses segredos são mecânicas para que possamos nos compreender vivos, embora feridos e que mesmo assim haja sempre um recomeço. Em nossa concepção humana o que precisamos para irmos longe, para irmos além do que avistamos é o motivo. Por uma visão principiada na introspecção de nossa solidão, temos uma peça sobre o otimismo. A iluminação de Maneco Quinderé é a bela noiva de um cenário musical orquestrado por Ricco Viana. Otto Jr desfila em cena soberano. Indiscutivelmente ele é dono do barco a Velejar a historia. Um timbre vocal ritmado, sem esforço algum. A atitude polarizada do personagem torna o ator brilhante.
Posted on: Sun, 11 Aug 2013 14:47:46 +0000

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