Miguel Frasquilho pre­cis­ará da sol­i­dariedade dos seus - TopicsExpress



          

Miguel Frasquilho pre­cis­ará da sol­i­dariedade dos seus pares, desde que o seu nome gan­hou noto­riedade como exem­plo lumi­noso (um entre vários) dos con­fli­tos de inter­esses que minam o Par­la­mento – no caso dele, por servir numa comis­são que acom­panha oper­ações como as pri­va­ti­za­ções e o res­gate à banca e, simul­tane­a­mente, tra­bal­har para o Grupo Espírito Santo, poten­cial ben­efi­ciário do res­gate à banca e asses­sor finan­ceiro dos chi­ne­ses na pri­va­ti­za­ção da EDP – um negó­cio tão trans­par­ente que, logo a seguir a estar feito, começou a ser inves­ti­gado pelo Min­istério Público. Conta o repórter, embeve­cido pelo momento tocante de apoio sin­cero entre pares, acima das quezílias par­tidárias, que Frasquilho tem sido injus­ta­mente crit­i­cado (entre out­ros, pela TIAC) por gin­gar nesta dança entre serviço público e inter­esses pri­va­dos que se tornou prato do dia nas insti­tu­ições da República. Que ele, Frasquilho, é um homem hon­rado, assim ates­tam os seus cole­gas. Que ele, Frasquilho, nem par­tic­ipa em coisas que envolvem o BES e que coitado, é mais um servi­dor da República sujeito ao enx­o­valho com que nestes tem­pos perigosos se cas­tigam os homens de bem. As críti­cas, terá con­cor­dado a comis­são, são injus­tas até porque a Comis­são Even­tual para Acom­pan­hamento das Medi­das do Pro­grama de Assistên­cia Finan­ceira a Por­tu­gal nem sequer tem poderes nem atribuições para fis­calizar as pri­va­ti­za­ções. Nem o res­gate à banca. Nem a rene­go­ci­ação das PPP. Nem nen­huma das medi­das pre­vis­tas no mem­o­rando. O argu­mento não é novo: já tinha sido apre­sen­tado pelo pres­i­dente da comis­são, o social­ista Vieira da Silva, e pelo dep­utado (agora secretário de Estado) Adolfo Mesquita Nunes, que tam­bém lá estava mau grado as suas lig­ações à EDP. Um con­flito de inter­esses implica a existên­cia de um inter­esse pri­vado, por um lado, e de um inter­esse público con­tra­ditório a esse, por outro. Ao diz­erem que, sim sen­hor, Frasquilho até é do BES mas não faz mal porque no fundo a comis­são não fis­cal­iza nada, o que os dep­uta­dos estão a dizer é que não há con­flito porque, recon­hecendo o inter­esse pri­vado, não encon­tram em parte nen­huma o inter­esse público con­fli­tu­ante. A comis­são não fis­cal­iza. A comis­são ape­nas existe.
Posted on: Sat, 29 Jun 2013 23:52:30 +0000

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