Miguel de Cervantes 29/09/1547, Alcalá de Henares 22/04/1616, - TopicsExpress



          

Miguel de Cervantes 29/09/1547, Alcalá de Henares 22/04/1616, Madri Da Redação Em São Paulo [creditofoto] Cervantes trabalhou em Andaluzia como cobrador de impostos do governo espanhol Miguel de Cervantes Saavedra passou a infância na cidade de Valladolid (Espanha) e estudou em Madri e Sevilha, mas não chegou a concluir nenhum curso. Em consequência da vida nômade do pai, que era cirurgião, ingressou no Exército e lutou na batalha naval de Lepanto, contra o império turco, onde teria perdido o braço esquerdo - há divergências entre os historiadores e biógrafos em relação a essa passagem. Alguns especialistas na vida de Cervantes dizem que o escritor sofreu apenas um ferimento grave no braço e perdeu os movimentos da mão. Também combateu na África, onde foi capturado e levado pelos turcos para Argel. Depois de ficar cinco anos detido, Cervantes retornou para Madri e começou a trabalhar como comissário de víveres do rei Felipe 2º. Paralelamente ao trabalho, ingressou na literatura publicando alguns poemas e a novela La Galatea em 1585, quando se casou com Catalina de Salazar, 22 anos mais nova e com a qual manteve uma convivência matrimonial de apenas um ano. Como não obteve sucesso em sua incursão como escritor, Miguel de Cervantes foi para a região da Andaluzia trabalhar como cobrador de impostos do governo. Após dez anos exercendo a atividade, foi preso em Sevilha, sob a acusação de roubar parte dos tributos arrecadados. Outro fato que marcou a sua formação aconteceu na Itália, quando trabalhou como serviçal para um cardeal. Na época, o país estava em ebulição com a chegada do Renascimento, um movimento artístico que revelou celebridades como Rafael, Leonardo da Vinci e Michelangelo. Somente aos 58 anos, com a publicação da primeira parte do livro Dom Quixote, Cervantes conseguiu a consagração como escritor e passou a se dedicar exclusivamente à literatura. A obra narra as aventuras de um fidalgo (Dom Quixote) e seu fiel escudeiro (Sancho Pança). Com todo o tempo para escrever, Miguel de Cervantes produziu uma série de 12 contos denominada Novelas Exemplares (1613), o livro Viagem ao Parnaso (1614) e uma coletânea com as suas melhores peças de teatro, Oito Comédias e Oito Intermédios (1615). A história de Dom Quixote atravessou os séculos e continua atraindo leitores de todo o mundo. No mesmo ano em que foi lançada, a obra ganhou seis edições, fato muito raro para a época. Além disso, o livro se transformou em fonte de inspiração para outras criações literárias, como filmes, novelas, peças teatrais, óperas, balés e desenhos animados. Dois gênios da pintura espanhola, Salvador Dalí e Pablo Picasso, tentaram transportar para o visual os personagens criados por Cervantes. A influência do livro mais conhecido do escritor espanhol é tão grande que existe um adjetivo para classificar pessoas que são extremamente sonhadores e idealistas - quixotesco. O grande sucesso de crítica e público de Dom Quixote trouxe problemas para o autor. Uma pessoa não identificada, usando o nome falso de Alonso Fernandez Avellaneda, publicou a suposta segunda parte da obra. Revoltado com a falsificação, Cervantes, em 1616, no mesmo ano de sua morte, lançou a segunda parte do romance, em que o humor cede lugar à sátira. Precursor do realismo na Espanha, Cervantes teve a sua obra literária foi completada postumamente, com a edição de Os Trabalhos de Persiles e Sugismunda (1617).
Posted on: Wed, 20 Nov 2013 08:58:04 +0000

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