Minha amiga Marcela Pizzol recomendou a publicação em minha - TopicsExpress



          

Minha amiga Marcela Pizzol recomendou a publicação em minha timeline desse comentário que eu fiz a um post de minha outra amiga, Fabia Ramona Samuel. Então, aí vai: Hoje eu senti de uma maneira inédita: Uma dor repentina na cabeça, muuuito intensa e latejante. O que eu fiz? Tomei um Dorflex, é claro. O que eu devo fazer? Investigar a causa, afinal dor de cabeça é sintoma; e se só o sintoma é tratado, mas o que o causa não o é, bem... Não terá havido uma cura de fato, certo? Concordo... Mas quando a cabeça dói, Fábia, a gente deixa pra depois a discussão acerca do que faz a dor acontecer. O que eu quero dizer é que as “conjunturas” impõem urgências. Então, enquanto as reformas estruturais não surtem os seus resultados, sempre de longo prazo, a palavra de ordem é atender as demandas emergenciais que as conjunturas apresentam. Lembra da estória que diz que “mais importante do que dar o peixe é ensinar a pescar”? Pois é... Haja cinismo nessa estória! Quem a conta, quem a propala, convenientemente esquece que a fome requer urgências. Parece-me suficientemente claro que, como já foi exaustivamente dito, “quem tem fome tem pressa”. Pois bem; quem tem dor também tem pressa! E se o atendimento à pressa imposta pela dor tiver sua origem em Miami, em Cuba ou em Júpiter... Que seja! “Siiimmm...”, alguém pode argumentar, “mas a necessidade é mudar a estrutura, corrigir as falhas do sistema, reeducar os elementos, blá blá blá...” Céus! O aroma burguês dessa pseudo argumentação é mais ativo do que o cheiro de molho à campanha. Enquanto o “definitivo” não é resolvido, que ao menos o “paliativo” seja levado a sério. Ok; que ensine-se a pescar, mas, durante o processo do aprendizado o peixe tem que ser dado, sim. A propósito: Em significativa maioria, os que defendem com tanta ênfase a instalação de cursinhos de pesca são as pessoas que não dão peixe ou coisa alguma a ninguém. Isso não é regra, mas é uma lamentável tendência... A lamentável tendência ao egoísmo que a nossa “classe”, a classe média, cultiva bem demais. Dia desses aí eu fiquei cinco horas (isso mesmo; cinco horas) dentro de uma UPA para, no fim, ser atendido em trinta segundos (isso mesmo; trinta segundos) por uma médica que nem olhou pra mim, e que, no fim, receitou o que EU disse pra ela receitar. “Escreve aí, doutora, Ciprofloxacino”. Um profissional vindo da Namíbia, que me atendesse com maior interesse e carinho, teria feito uma imensa diferença naquele dia. Nesse exato momento, tenho um curativo aqui no dente, posto há uma semana, e aguardo, sabe Deus por quanto tempo, a continuidade de um tratamento de canal na Clínica da Família. Como eu não disponho das condições para manter um plano de saúde, não detenho, por extensão, o privilégio de “pagar dobrado”. Essa praga de dente dói tanto, que um odontólogo cubano, marciano ou Klingon seria muito bem-vindo ao céu de minha boca! Tem gente à beça aí nesse Brasil profundo que adoraria dedicar suas boas-vindas ao médicos brasileiros; mas, como os tais nacionais desconhecem e nem querem conhecer o endereço dessa abissal profundidade brasileira, sejam bem-vindos os que chegam... de Cuba! Ah! Um palpite: Se chegassem de Miami, os burgueses à campanha também os celebrariam. Marcos Andrade.
Posted on: Mon, 26 Aug 2013 00:52:58 +0000

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