Minha maior frustração com os brasileiros, sempre foi a omissão - TopicsExpress



          

Minha maior frustração com os brasileiros, sempre foi a omissão da classe artística em quesitos sociais. Mal sabem eles do poder que têm em mãos no que se refere a influenciar um jovem. Todos nós sabemos, que quando jovens o que faz de nós um "grupo social" é a nossa identidade, e muitas vezes quase sempre, essa se aflora pelo gosto musical. É inegável que jovens que gostem de pagode, tenham mais amigos que gostem de pagode, jovens que gostam de sertanejo, normalmente frequentam lugares onde tenham pessoas que também gostam de sertanejo, com o funk a mesma coisa, com o rap a mesma coisa e claro, com o rock também. A primeira identidade que um jovem constrói é essa, a social, a coletiva. Enfim, os jovens se unem para compartilhar gostos em comum e relacionar-se com comuns. Não é necessário que eles parem para refletir sobre isso, pois isso é o natural de todos, nós somos o que vivemos no meio em que habitados, somos resultância de nossos conviveos. Agora, claro que tem de se haver um molde, e normalmente é o guia do que se passa na cabeça destes jovens. Quem nunca pensou: ah, vou cortar o cabelo assim, pois fulano cortou assim também... Isso acontece porque somos seres receptivos e estamos sendo a todo momento influenciado por todos os lados, a mídia tem sido massante nisso, e confesso, tem tido eficiencia em influenciar o consumo inconsciente. Me pergunto: Será que quem está nos holofotes da mídia não se preocupa com isso? Não se preocupa com seus seguidores? Me respondo: claro que não. Ninguém quer carregar o peso de estar influenciando outro ser. Acreditar que somos livres e fazemos o que queremos é bem mais fácil do que sequer parar para pensar que somos escravos de um sistema, onde nossa identidade social é o principal conector com um mundo de alienação! É muito mais fácil, um artista ficar com seus "tche tchererê tche tche", "bará bará berê" nesse "arrocha" sem fim, do que se impor socialmente, expressar sua opinião sobre os acontecimentos conteporaneos. Volto a dizer: ninguém quer carregar o peso de influenciar ninguém. Devíamos ser mais iconoclastas, quebrar estes paradgmas e pensarmos por nós mesmos. Mas como? Se ainda limpamos em nossa histórias o fato de termos sido a colônia mais explorada e sugada de todos os tempos. De 1960 a 1980, tivemos um "BOOM" em nossa história, onde artistas se puseram a frente do povo, e os guiaram rumo aos interesses da massa, contra o fim da ditadura militar, todos colocaram suas carreiras em risco fazendo isso, foram expulsos de seu país, e obrigados a mudar de comportamento. Mas isso foi jogar gasolina no fogo, e o brasileiro por uma única razão saia as ruas: mudar o país. Hoje em BH, terão quase vinte mil jovens nas ruas, para um protesto vazio e superficial. Quem não estiver participando, desejará apenas que acabe logo para o trânsito ser liberado, ou que cessem o barulho pois precisam trabalhar... Isso é a favor de todos mesmo? Ou só de quem não tem nada mesmo o que fazer? Voltando ao assunto, no brasil, me vem a mente apenas duas pessoas que vão ao oposto do que falei, são eles: Lobão e Tico Santa Cruz. Muitos além deles tambem falam vezes ou outras. Mas são pitacos, e não opiniões consistentes... Vi essa matéria m.ego.globo/famosos/noticia/2013/06/famosos-se-reunem-em-movimento-que-pede-mudancas-no-brasil.html e gostei muito de me deparar com ela. Não quero saber o que os atores globais fazem em seu tempo livre, muito menos estou preocupado com a qualidade de música feita pelos sertanejos, pagodeiros, funkeiros e etc. Imagina a legião de mini-putas que seguem o Restart em uma manifestação? Nuss lotaria até o Maracanã... Enfim, a princípio, seria de grande valor a classe artítica começar a ter opinião e influenciar positivamente todos seus seguidores. Lucas Carneiro.
Posted on: Mon, 17 Jun 2013 14:33:52 +0000

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