Momento, o "Bebê de Rosenildo": Tem muita gente no mundo virtual e no real tecendo loas sobre a decisão do governo de contratar médicos estrangeiros e sobre a questão de saúde no Brasil, em geral. Inclusive eu! E isso é muito bom, pois mostra que a saúde pública entrou no radar das pessoas antenadas e não está mais confinada na rotina das "vítimas do SUS". Contudo, acredito que é preciso fazer reflexõesmais profundas: 1) Quantos de nós debatedores apaixonados e bem intencioandos (os demais não veale!) usamos o SUS? 2) Quantos de nós conversamos com integrantes da área médica? (Não vale os medalhões que só atendem os próceres da República e mantem milionários consultórios privados ou operam particular, na rede pública) 3) Quantos de nós vamos além da superfície político partidária e do FlaXFlu e tentamos, de fato, enxergar o problema pela ótica de quem sofre com o problema? É claro que existem espertalhões na classe médica. E o escândalo dos "dedos de silicone", do desviod e remédios, dos plantões sem médicos etc., provam isso! Aliás onde não faltam espertalhões no Brasil é no serviço público. Até porque, muitos entram nessa área apenas para fraudar. Felizmente, eles são, no máximo, 10% mas têm um poder deletério tremendo e intimidam os muitos honestos e profissionais de alto nível de dedicação. Pois bem, tenho diversos amigos e familiares que atuam na área médica no Rio de Janeiro. Atuam na perifa e em PS onde ninguém quer estar. Onde o político manda, a verba não chega e os profissionais são ameaçados de morte to-dos-os-di-as. E o diagnóstico deles que estão no olho do furacão é que nem com 1 milhão de médicos a coisa anda. Primeiro, é preciso colocar ordem no que já existe e instituir padrão mínimo de qualidade (em todos os níveis) no atendimento. Se isso não for feito, continuaremos fazendo o jogo dos 10% (se é que chega a tanto) de bandidos e mal intencionados que se locupletam com o serviço público. E o povo vai seguir, ao fim de mais essa onda marketeira, na mais absoluta M.E.R.D.A! Saúde não se trata com discursos nem com marketing. Mas com bons médicos, bons equipamentos, bons remédios e, acima de tudo, respeito e muita competência de gestão. Tudo ao mesmo tempo, agora!
Posted on: Thu, 18 Jul 2013 16:24:54 +0000